Nuno Mourão não escondeu toda a sua felicidade com a conquista da dobradinha no Jamor

Poucos minutos após a conquista da Taça de Portugal de sevens femininos de râguebi, o técnico Nuno Mourão não poupou nos elogios às jogadoras do Sporting CP, que se revelaram autênticas leoas no Jamor, onde bateram na final o Sport Porto por 36-19, celebrando a dobradinha.

"Esta final foi dos melhores jogos que já fizemos. Começámos a perder por três ensaios, 19-0, portanto - um resultado bastante complicado em sevens-, ao intervalo já estava 19-14 e na segunda parte só deu Sporting CP: 36-19. Foi uma grande exibição das nossas jogadoras, com uma vontade, uma força e uma garra de verdadeiras leoas. Conseguiram dar a volta ao marcador e celebrar a primeira dobradinha, que acaba por ser a cereja no topo do bolo", começou por dizer o treinador leonino ao Jornal Sporting, mostrando-se feliz com o final de temporada verde e branco.

"Só nos faltava a Taça, que culmina numa época de ouro. Foi chegar, ver e vencer. Realmente, este ano, conseguimos trabalhar bem e estivemos sempre por cima de todas as equipas. Mostrámos em campo o nosso domínio, vencendo todas as formações", rematou.

Bravo, leoas!

Depois da vitória no circuito nacional de sevens, a equipa feminina do Sporting CP conquistou a Taça de Portugal

Não há uma sem duas, já dizia (mais ou menos assim) o velho ditado popular. Neste caso, conquistas. Uma teoria que a equipa feminina de râguebi do Sporting CP colocou em prática este sábado, no CAR Rugby do Jamor, no Estádio Nacional, onde conquistou a Taça de Portugal, ao vencer na final da competição o Sport Porto por 36-19.

Um feito que juntaram ao título do circuito nacional de sevens, celebrado (pela primeira vez na história) há duas semanas. Na fase de grupos, as leoas bateram o MRC Bairrada (50-0), o Lifeshaker (42-0) e a Agrária de Coimbra (21-0), apurando-se para a final de uma prova que juntou as oito melhores equipas das etapas de apuramento.

Na discussão do troféu, a formação leonina até esteve a perder por 19-10, mas conseguiu operar a reviravolta e terminou a partida com um triunfo de raça (36-19).

A dobradinha acaba por ser a 'cereja no topo do bolo' de uma época perfeita, em tons de verde e branco.

Jogos da Taça de Portugal:
Fase de grupos 
Sporting CP - Bairrada [50-0]
Sporting CP - Lifeshaker [42-0]
Sporting CP - Agrária [21-0]
Final: Sporting CP - Sport Porto [36-19]

Segunda etapa acabou anulada e resultados estão em suspenso, mas o espanhol conseguiu o primeiro triunfo da época na tirada inaugural

Grande dia para o Sporting-Tavira que, na abertura do Grande Prémio do Dão, se sagrou a melhor equipa e teve Marque como melhor ciclista.

Em Nelas, o espanhol cumpriu os 19,5 quilómetros em 25,33 minutos – o único, inclusivamente, a baixar da barreira dos 26 minutos –, batendo o mais próximo adversário, Daniel Mestre (Efapel), por 47 segundos. Num percurso acidentado, com várias zonas de altos e baixos, Marque consolidou o estatuto e ganhou na tirada inaugural da terceira e última prova da Taça de Portugal. “Fiz um bom trabalho, ao longo dos últimos meses, na bicicleta de contra-relógio. Hoje [último sábado], finalmente, encontrei um exercício individual com uma distância adequada para os contra-relogistas fazerem a diferença e aproveitei…”, explicou o ex-atleta da LA Alumínios, que, assim, valeu a terceira vitória da época ao Sporting-Tavira (depois de Nocentini/Volta ao Alentejo e Ezquerra/Volta à Bairrada), curiosamente, todas em etapas inaugurais.

A regularidade do plantel do Sporting-Tavira valeu ainda mais dois lugares no ‘top-10’, com Joni Brandão a finalizar em sexto, a 59 segundos de Marque, e Oscar Brea em oitavo, a 1.15 minutos. Naturalmente, a equipa de Vidal Fitas terminou o primeiro dia de prova como a melhor equipa.

Na segunda etapa, problemas de policiamento levaram a que a etapa fosse anulada, ficando os resultados em suspenso. Recorde-se que esta era a última etapa da Taça de Portugal, ficando-se, portanto, a aguardar a decisão sobre a pontuação final, sendo que o regulamento prevê que o portador da camisola de líder (que era Marque) seja decidido como vencedor.

Sporting CP conseguiu recuperar de duas desvantagens, mas acabou derrotado nos penáltis pelo Benfica

O sonho de voltar a conquistar a Taça de Portugal esfumou-se na meia-final diante do Benfica que, assim, se desforrou da derrota de 2016 na finalíssima (4-2).

A superioridade do Sporting CP no controlo do jogo foi evidente, mas o Benfica foi mais forte a explorar a transição, apostando num jogo directo para Elisandro. A grande diferença acabou por ser a eficácia, sendo que o Benfica foi muito mais feliz na finalização. Ao contrário, Bebé foi adiando o que pôde. Nos penáltis, novamente, a competência ou sorte como se queira chamar, foi maior no lado dos encarnados.

Aos oito minutos, Fortino sofreu uma falta dura. O livre estudado teve sucesso, com Leo a servir na perfeição Diogo, que, de cabeça, abriu a contagem. Aos 16’, Chaguinha igualou depois de um lance individual, com um remate à entrada da área.

No segundo parcial, o Sporting CP voltou a procurar incessantemente o golo, enquanto o Benfica se ficava (cada vez mais) pelo jogo directo e pelas saídas rápidas. Foi assim que os encarnados chegaram à vantagem. Fábio Cecílio tirou a bola a Fortino, entregou a Chaguinha que, depois, serviu Cecílio para um remate bem-sucedido. Aos 28', agressão de Fernando Wilhelm a Varela. O jogador leonino também empurrou o adversário e ambos acabaram expulsos.

Aos 29’, Fortino, que até não havia tido sucesso na finalização, acabou por empatar o jogo. O pivot tirou Bruno Coelho da frente e desferiu um remate indefensável ao canto superior direito da baliza de Bebé, numa altura em que Nuno Dias arriscara o guarda-redes avançado, com ambas as equipas reduzidas a quatro jogadores.

Três minutos volvidos e Elisandro conseguia roda para fazer o terceiro do Benfica. Até à lesão de Leo, o brasileiro tinha sido completamente condicionado, mas acabou por aproveitar algum espaço dado por João Matos, após excelente passe de Chaguinha.

O Sporting CP apostou no 5x4 e, mesmo sem sucessos práticos durante três minutos, os últimos dois foram de total sufoco para o Benfica. Bebé ainda evitou três remates, mas Merlim, a cinco segundos do fim, surpreende o guardião do Benfica com o movimento habitual. 

Nos penáltis, Fortino abriu as hostes, mas acabou por atirar por cima. A partir daí, sucesso para os três jogadores do Benfica (Patias, Bruno Coelho e Franklin Cavalcante) e para os dois do Sporting CP (Diogo e Merlim). 

Sporting CP entrou a perder diante do Benfica e, mesmo estando na discussão da partida até final, não conseguiu o apuramento para a finalíssima

Não foi desta que o Sporting CP conseguiu vencer a Taça de Portugal em futsal feminino. As leoas enfrentaram o Benfica na meia-final e acabaram arredadas da competição ao perderem por 4-3.

No primeiro minuto, Janice Silva aproveitou um mau passe da Sportinguista Maria Martins para inaugurar o marcador a favor do Benfica. Aos oito, Cátia Morgado remata para a baliza deserta e empata o jogo, igualdade registada ao intervalo.

No segundo parcial, a capitã dos encarnados, Inês Fernandes, restaurou a vantagem vermelha e branca, marcando aos 22’. Aos 28, a guardiã leonina, Naty, travou os intentos das encarnadas e lançou Cátia Morgado que desferiu um remate indefensável para nova igualdade. Só que, aos 32’, e mesmo perante várias oportunidades desperdiçadas pelos leões, Janice Silva bisou depois de ultrapassar Ana Marques.

O Sporting CP procurou, através do 5x4, igualar, mas o Benfica ainda beneficiou de um livre directo face à quinta falta cometida pelas leoas. Catarina Fernandes ampliou para 4-2, a 40 segundos fim. A oito segundo do término do encontro, Maria Martins ainda reduziu, convertendo uma grande penalidade.

Nuno Dias afirma que o jogo foi equilibrado e assume que não estar na final da Taça de Portugal é um objectivo que cai por terra

Na conferência de imprensa de rescaldo à eliminação da Taça de Portugal, Nuno Dias concordou que o afastamento da prova não era o resultado pretendido: "Acreditámos e trabalhámos para um resultado diferente, que não este. É um objectivo que cai por terra, não há que o esconder. Foi um jogo equilibrado, duro, apropriado aos guerreiros. Podíamos ter chegado à vantagem nos momentos em que fomos melhores. O Benfica aproveitou e está de parabéns".

Sobre a eliminação nas grandes penalidades, o técnico não se alongou, destacando que as derrotas são sempre indesejadas: "Independentemente da forma como saímos, o sabor é sempre amargo. A partida nem sempre foi bem jogada, mas 'partida', com momentos em que tanto Sporting CP e Benfica estiveram por cima. Penso que em 10 disputas nos penáltis, só por uma vez acabámos por vencer".

Por fim, alguns reparos à arbitragem, mas apenas na componente disciplinar, motivados, certamente, por alguma agressividade e por faltas localizadas em zonas perigosas que não foram assinaladas com cartão amarelo: "Em cinco anos, só por uma vez comentei a arbitragem. Venci por 7-2 o Modicus e falei. O capítulo técnico foi bom, mas não gostei do capítulo disciplinar. Mais cartões ficaram por mostrar. Enquanto os infractores não são punidos, os jogos continuarão a endurecer e os jogadores infringirão até à admoestação".

A guarda-redes Inês Pereira destacou que as leoas só pensam em derrotar novamente o Estoril e garantir o apuramento para a final da Taça de Portugal

O Sporting CP desloca-se este domingo (16h) ao terreno do Estoril, em jogo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Apesar de terem uma vantagem de dois golos, Inês Pereira assegurou que não passa pela cabeça das leoas defender o resultado. “Queremos ganhar o jogo. Temos uma vantagem de dois golos, mas não a vamos defender. Vamos atacar, tentar marcar o máximo de golos possíveis e dar mais uma alegria aos nossos adeptos”, começou por dizer, em declarações à Sporting TV, antes de explicar onde podem estar as chaves para garantir o apuramento para a final: “Temos de continuar a ter eficácia, mas acima de tudo temos, de ter a máxima concentração na defesa. Já pensámos em como será jogarmos no Jamor, mas primeiro temos de fazer o nosso trabalho no domingo e, depois, se tudo correr bem, aí sim, festejarmos”, finalizou.