Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

"Ter o poder de milhões de pessoas na mão"

Por Jornal Sporting
20 Abr, 2016

Bruno de Carvalho analisou 'O Futebol como Ciência e Consciência'

“Estou aqui como pai e não como Presidente do Sporting Clube de Portugal” – Este foi o mote de um discurso improvisado, contudo bastante sentido, de Bruno de Carvalho. Por motivos profissionais, o professor Manuel Sérgio não teve a oportunidade de conversar com uma plateia que esteve à espera da última temática do congresso ‘The Future of Football’ para ouvir o valioso conhecedor. O Presidente ‘leonino’ tomou as rédeas da situação de uma forma categórica, deixando os ouvintes interessados ao longo de toda a palestra.

“O futebol não é apenas um mundo de emoções e reacções. Como fenómeno de massas, é cientificamente arrojado fazer parte desta modalidade, onde eu defendo que os princípios que nos caracterizam devem reger a nossa actuação”, salientou, lamentando logo de seguida o grave problema que tem invadido as quatro linhas: “Existe uma crise tremenda de valores. Conseguir conciliar a ciência que é o futebol com a consciência que devemos ter do que deve ser o futebol humanisticamente não é fácil. É conhecida a minha opinião: são necessários novos paradigmas, mudar positivamente as coisas”. E Bruno de Carvalho soltou estas declarações apontando para a geração juvenil que o observava do outro lado da sala, numa tentativa de empurrar as suas palavras para o imaginário daqueles estudantes.

“O entendimento próprio sobre a vida e sobre aquele que deverá ser o vosso comportamento no mundo do desporto ditará a capacidade que terão de fazer parte de um destes dois grupos: os milhares que entram e os poucos que fazem a diferença”, prosseguiu, antes de concluir a conferência com um alerta pertinente: “Estar no futebol é ter o poder de milhões de pessoas na mão e ele tem de ser muito bem gerido. É das profissões mais aliciantes, mas também é uma daquelas que, no nosso dia-a-dia, nos coloca mais desafios enquanto seres humanos”.

O primeiro dia do congresso encerrou com chave de ouro e quem o disse foram os olhares dos rapazes e raparigas que foram abandonando o Auditório Artur Agostinho.