Rúben Amorim: "Foi um jogo completo"
13 Jan, 2024
Técnico satisfeito após o triunfo frente ao GD Chaves
Após o triunfo em casa do GD Chaves (0-3), no último jogo da primeira volta da Liga, o treinador Leonino Rúben Amorim destacou a “capacidade de adaptação dos jogadores” às condições adversas do relvado, que devido à muita chuva que caiu durante o dia acabou por dificultar as jogadas com bola corrida, permitindo assim à formação de Alvalade garantir mais três pontos.
“Enquanto se conseguiu jogar bem, levámos a bola até à frente. Depois disso fomo-nos adaptando, principalmente na segunda parte com bolas longas. Conseguimos controlar e criámos várias ocasiões, apesar de termos falhado alguns golos no início do jogo que podiam ter-nos complicado a vida porque o resultado está sempre em aberto”, começou por dizer na conferência de imprensa após a partida, realçando a importância do 0-1 em cima do intervalo.
“É completamente diferente ir para o descanso a ganhar ou empatado. A partir do momento em que marcámos, sentimo-nos mais confiantes em mudar a nossa forma de jogar tendo em conta as características do campo. O impacto desse golo foi muito grande, não só mental mas também físico e, principalmente, estratégico”, reconheceu o técnico, salientando ainda o facto de os Leões terem conseguido manter a baliza a zeros e não terem permitido ocasiões de golo ao rival.
“No início, tivemos uma ou outra pequena dificuldade, mas depois adaptámo-nos bem. Quase não deixámos o GD Chaves criar situações porque andámos sempre muito longe da zona de cruzamentos. Empurrámos e pressionámos sempre o adversário porque sabíamos que eles são perigosos nesse momento. Estou muito satisfeito com a entrega e a esperteza dos jogadores a bloquear os corredores para não deixarem cruzar. Seguiram o plano e estou muito satisfeito por não termos sofrido golos, mas principalmente por não termos concedido oportunidades. Fomos competentes nesse aspecto, foi um jogo completo de acordo com as condições que tínhamos”.
Rúben Amorim justificou depois a troca de Eduardo Quaresma pelo capitão Sebastián Coates, ao intervalo, com o facto de o experiente central uruguaio ser mais forte nos lances de cabeça.
“Foi uma opção difícil de tomar. Começámos a ver ao intervalo que era difícil a bola correr e estávamos a perder algumas segundas bolas na zona do Quaresma, apesar de ele ter sido até o melhor central a colocar passes no Esgaio e no Trincão. Ele estava muito bem, mas depois vem a estratégia. Queríamos colocar o Seba e os melhores jogadores de cabeça, o Inácio é muito bom de cabeça e o Seba também. Já estávamos em vantagem e, como o jogo ia virar-se para as bolas longas, mesmo pressionando podíamos levar com mais bolas no ar. Daí o Luís Neto ter entrado, porque também é mais forte nas bolas longas. O Quaresma estava a fazer um excelente jogo, mas foi sacrificado para salvaguardar a equipa. Estará pronto para o próximo jogo”, assegurou.