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Foto D.R.

Rúben Amorim: "Acreditamos que podemos ganhar em qualquer campo"

Por Sporting CP
30 Set, 2024

Sporting CP enfrenta PSV em Eindhoven na terça-feira (20h00)

De regresso à acção na UEFA Champions League, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visita, esta terça-feira (20h00 hora de Portugal continental), os neerlandeses do PSV no jogo referente à segunda jornada da nova fase de liga.

Já em Eindhoven, Rúben Amorim lançou o embate em conferência de imprensa, imediatamente a seguir a Daniel Bragança. O treinador dos Leões começou por comentar os muitos elogios de Peter Bosz, treinador adversário, ao projecto verde e branco, que lembrou ainda o confronto no Troféu Cinco Violinos de 2021, quando liderava o Olympique Lyonnais – Sporting CP venceu 3-2.

“É uma boa observação, porque evoluímos no nosso modelo de jogo, todos nós, e eu também me lembro bem desse jogo. O que retiro desse jogo é que o Peter [Bosz] joga sempre para a frente, acho que é algo cultural aqui, é sempre ao ataque e isso é o que podemos esperar amanhã: duas equipas de ataque, culturas diferentes, mas com resultados semelhantes durante e época”, apontou.

Tanto o Sporting CP como o PSV perderam as respectivas Supertaças e têm plenos de vitórias nos seus campeonatos, contudo entraram de forma diferente na UEFA Champions League: os Leões venceram e o PSV perdeu em casa da Juventus FC (3-1).

Por isso, o técnico verde e branco considerou que, apesar desse desaire dos neerlandeses, “não há assim tanta diferença”, entre as duas formações. “Foi só um jogo: o nosso em casa e o PSV fora, em Itália, contra um clube com História nas competições europeias”. Já com os olhos postos no embate, Amorim não teve dúvidas em afirmar que “vai ser um bom jogo e com golos”.

Depois, embora tenha reconhecido que não sabia do registo de invencibilidade caseiro do PSV que dura há 41 jogos, o treinador Leonino sublinhou que esse factor não altera a mentalidade e a intenção da sua equipa: “Da mesma forma que, quando jogamos em Alvalade, não pensamos que como ganhamos sempre vai ser fácil, agora do outro lado pensamos sempre em fazer o nosso jogo e acreditamos que podemos ganhar em qualquer campo”.

Além disso, Amorim considerou que o Sporting CP está “num patamar diferente”, actualmente e quer “manter essa consistência” também a nível europeu. O foco, neste momento, está em “melhorar o que foi feito com o Lille OSC”, traçou. “Ter capacidade para jogar num estádio destes com uma pressão intensa de uma equipa neerlandesa, temos de ter outra capacidade a construir e ter uma presença diferente até da que tivemos no primeiro ano, em que até passamos da fase de grupos”, detalhou, mas sem esquecer a valia dos adversários sorteados nesta caminhada.

“Provámos que somos competitivos, ano após anos, temos a consistência exibicional em Portugal e agora as pessoas esperam que possamos dar o passo seguinte na Europa, mas também temos de perceber que há equipas como o PSV, de um campeonato similar ao nosso e habituado a estas andanças, e outras com investimentos diferentes, para lutas desiguais, um pouco como acontece no nosso campeonato”, analisou.

A seguir, Amorim falou sobre o ponto de situação de Jeremiah St. Juste, que embora já esteja de volta a treinar com a equipa, “não está apto para este jogo”. “Vamos jogar e, depois, vamos ter um treino aqui, na manhã seguinte, e queremos o St. Juste o máximo possível com a equipa, não o queríamos deixar em Lisboa. Queremos que sinta esta relação com os colegas e tudo é importante na sua recuperação”, justificou, realçando que “ainda falta algum tempo” para contar com o defesa neerlandês em pleno.

“O St. Juste sente-se muito bem, está feliz e é importante também para o Marcus Edwards, com quem tem uma grande ligação e que também está a passar por uma lesão. Estamos no país dele e, quanto a mim, é um jogador claramente de selecção, sem as lesões que tem. Acreditamos muito nele”, acrescentou Amorim. “Esperamos por ele, porque é um jogador acima da média e já o provou”, atentou.

Franco Israel e Daniel Bragança foram outros dos jogadores abordados na conferência de imprensa. “O Franco é um jovem mais adulto, mais preparado, com muito boas características. É um guarda-redes de selecção e está preparado, se for chamado, para corresponder”, disse. Já sobre o médio canhoto, Amorim revelou que “tem sido uma surpresa”, sobretudo a forma como se tornou “melhor jogador depois da lesão”. “Isso é difícil”, enalteceu.

“É difícil escolher um [dos três médios: Hjulmand, Morita e Bragança], mas o Bragança atingiu outra dimensão, é um jogador diferente e que tem capacidade para chegar à selecção nacional. Para mim é um titular, mas às vezes tenho de rodar os médios-centros, porque todos podem jogar e é uma posição que não me preocupa nada”, confessou.

Por seu turno, questionado sobre o substituto em equação para o lugar do lesionado Pedro Gonçalves, o técnico verde e branco não deu qualquer informação. “Vamos jogar muito em função do que queremos do jogo, de forma a criar mais problemas. Vai estar lá um jogador preparado para o desafio”, garantiu.

Por fim, desafiados pela imprensa local a comparar a liga portuguesa e a neerlandesa, Amorim falou em inglês e deu a sua opinião, equivalendo ambos os campeonatos, apesar das diferenças culturais no futebol.

“São similares, mas em Portugal temos uma mentalidade diferente. As equipas ‘pequenas’ tentam, sobretudo, não sofrer e apostar no contra-ataque. Aqui é diferente, todas as equipas tentam dividir sempre os jogos. São duas ligas boas, com bons jogadores e treinadores e, tal como em Portugal, as outras equipas vêm cá comprar todos os jogadores”, atirou, a fechar, Rúben Amorim.