Pedro Gomes faz um balanço do ‘Hope for Mundial’

Depois da eliminação nos quartos-de-final frente à Ucrânia, nas grandes penalidades, o técnico Manuel Pedro Gomes disse que a partida não correu de feição aos seus pupilos. “Acusámos a responsabilidade de jogar os quartos-de-final. Cometemos alguns erros que foram prejudicando o nosso futebol que esteve longe daquele que praticámos na fase de grupos”, avançou o técnico que também salientou o facto de a equipa se ter ressentido do golo sofrido.

As grandes penalidades, onde o jogo se decidiu, também foram preparadas, mas o que se passou nos treinos contrastou com o que aconteceu frente à Ucrânia, em que os ‘leões’ falharam dois castigos máximos. “Treinámos os penaltis e nesse capítulo os jogadores demonstraram-se confiantes ao longo dos treinos, ninguém falhava. Mas no jogo as sensações têm uma palavra importante a dizer e o nervosismo tomou conta das cabeças daqueles que marcaram, agudizando a precipitação”, realçou o timoneiro.

Em jeito de balanço da prova, Manuel Pedro Gomes gostava de ter feito mais mas considera positiva a prestação dos jogadores portugueses. “Nestes torneios o mais importante é o convívio entre os povos, a aproximação social destes miúdos e a troca de experiências culturais e filosofias. Essa é a maior vitória. Em termos desportivos ultrapassámos a classificação do ano passado, fomos a equipa com menos golos sofridos e ainda tivemos o terceiro melhor marcador. Não fico desiludido com este desfecho. Estavam presentes equipas que treinam juntas há meses, muitos dos seus jogadores jogam em clubes; nós pelo contrário treinámos durante três dias em condições precárias. Penso que grande parte da mensagem que quis passar foi assimilada”, rematou.

Quanto à experiência de treinar uma equipa composta por miúdos oriundos de instituições sociais, a antiga glória ‘leonina’ demonstrou toda a satisfação em fazer parte do projecto. “Fiz parte de um contexto singular, ao conviver com esta juventude. Aceitei o convite com agrado, aliás, fui um dos treinadores que mais jovens lançou ao longo da minha carreira. Fizemos uma captação dentro dos possíveis em todo o país e dentro do curtíssimo tempo que tivemos para integrá-los penso que conseguimos fazer um bom trabalho e uma óptima prova. Claro que a perspectiva era ganhar mas faltou-nos uma maior sincronização que só um maior período tempo nos poderia proporcionar”, finalizou.