Desaire dos 'leões' por 1-0 permitiu ao rival fazer a festa do título

A tarefa dos comandados de Pedro Venâncio na quinta e penúltima jornada do Campeonato Nacional de juniores C não era fácil. Nos confrontos anteriores entre Sporting e Benfica, os jovens ‘leões’ nunca tinham conseguido vencer o rival e, esta manhã, a história repetiu-se. Foram quatro os confrontos ao longo de toda a temporada onde se contabilizam zero golos marcados pelo conjunto ‘leonino’ e 11 sofridos.

Com a difícil missão de procurar o primeiro triunfo diante do Benfica, a equipa ‘verde e branca’ até entrou a querer mandar no jogo, oferecendo o nervosismo ao opositor, que disputava um duelo decisivo. Aos dois minutos, o Sporting já tinha conquistado dois pontapés de canto, mas a defensiva ‘encarnada’ mostrou-se superior nos duelos aéreos e até foram os dois centrais do Benfica a transmitir serenidade para os restantes companheiros. Edivan Pascoal – o mais esclarecido da formação de Alvalade – ganhou praticamente todas as disputas a meio-campo nos momentos iniciais, permitindo ao Sporting ter a bola em sua posse. As iniciativas atacantes dos ‘leões’ esbarravam invariavelmente numa defesa muito bem organizada e forte liderada pelo capitão das ‘águias’, Francisco Saldanha. O golo do Benfica, aos 11’ da primeira parte, acabou por surgir um pouco contra a corrente da partida, apesar de relevar as debilidades sentidas pelos jogadores 'leoninos' ao nível do posicionamento táctico. A pressão alta exigida por Pedro Venâncio deixava algum espaço no sector defensivo e foi isso que Gonçalo Gomes soube explorar para abrir o marcador. Até ao intervalo, o jogo continuou equilibrado, mas era o Benfica a única equipa a criar perigo em zona de finalização, sendo que Rafael Pereira, o guarda-redes ‘leonino’, foi uma peça fundamental para aguentar a vantagem mínima do conjunto da casa.

A etapa complementar trouxe um Sporting CP menos acutilante que ofereceu todo o domínio do encontro aos ‘encarnados’. Faltou agressividade, discernimento e velocidade ao jogo dos ‘leões’, que se viam ameaçados pela dinâmica constante imposta pelos extremos e laterais do Benfica. Edison Ceita, depois de já ter entrado para o lugar de Félix Correia e a um minuto do final da partida, foi o único capaz de furar a muralha ‘encarnada’ e quase visar a baliza, mas quando a bola já estava fora do alcance do guarda-redes, apareceu um corte in extremis de Francisco Saldanha, que não permitiu a finalização de Tiago Gouveia. O Benfica sagrou-se campeão nacional quando ainda falta uma jornada para o final do calendário. Na última ronda, o Sporting desloca-se a Braga para defrontar o clube local.