​Filipe Neto elogiou postura da equipa Leonina frente ao CD Mafra

Após o triunfo sobre o CD Mafra (1-0), na jornada inaugural do Campeonato Nacional de sub-19, o treinador Filipe Neto analisou a partida, que foi totalmente dominada pelos Leões, apesar de estes só terem conseguido chegar ao golo do triunfo já na recta final, perante um adversário que se apresentou muito fechado.

“O que aconteceu hoje provavelmente vai acontecer mais vezes no campeonato. Equipas que baixam mais o bloco fazem com que tenhamos de ter paciência para encontrar espaços. Na primeira parte tivemos muita dificuldade em encontrar os momentos certos para atacar esses espaços”, começou por dizer à Sporting TV.

“Ao intervalo alterámos posicionamentos, principalmente no lado direito, e conseguimos libertar espaços por fora e por dentro, o que nos deu mais possibilidades de marcar”, explicou, antes de elogiar a resposta que os jogadores deram durante toda a partida, mesmo quando estava difícil chegar à vantagem.

“Já conseguimos fazer muita coisa bem, mas sabemos que é um caminho. Ainda nos falta outras coisas para adicionar a este tipo de jogo, mas vamos lá chegar e começámos com o pé direito. Começar a vencer é sempre bom”.

Filipe Neto abordou ainda o facto de o plantel contar com jogadores muito jovens, como por exemplo o extremo Chris Grombahi, que foi titular com apenas 15 anos.

“O propósito do nosso projecto é conseguir colocar os jogadores nos jogos certos. Hoje foi uma boa prova de que não interessa a idade, mas sim o que podemos retirar dos jogadores dentro de campo. Eles provaram neste jogo, com uma média de idades bastante baixa, que são capazes de reagir às adversidades”, sublinhou.

Já Atanásio Cunha, defesa-central Leonino, admitiu que o duelo com o CD Mafra foi “muito difícil”, mas frisou a boa resposta da equipa e as melhorias após o intervalo.

“Na primeira parte o CD Mafra apresentou um bloco baixo e as linhas estavam muito juntas, tivemos dificuldades em encontrar espaços. Ainda assim, tivemos muita posse de bola. O adversário ficou à espera do nosso erro e criou algumas oportunidades, mas nós tivemos mais”, lembrou, prosseguindo com a análise.

“Na segunda parte o míster deu-nos algumas dicas e começámos a encontrar os espaços certos. Com o decorrer do jogo começámos a crescer, a criar mais ocasiões e acabámos por fazer o golo. Além disso, depois ainda podíamos ter voltado a marcar na bola que o Rodrigo Viola atirou ao poste”, referiu o jovem de 17 anos.

A fechar, Atanásio Cunha realçou a resiliência da equipa, que insistiu e resistiu sempre apesar das dificuldades. “Somos da raça que nunca se vergará, lutamos sempre até ao fim e ser for preciso marcar aos 90+5’ ou no primeiro minuto, é isso que faremos. Vão ter de lidar connosco pois vamos dar o máximo do início ao fim”.