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Sporting CP conquista Taça de Portugal

Por Jornal Sporting
08 maio, 2016

'Leões' bateram o rival Benfica por 4-2 na final e levantaram o troféu pela quinta vez na sua história

O futsal do Sporting CP conquistou a sua quinta Taça de Portugal de seniores masculinos, esta tarde, ao bater o Benfica por 4-2 no derradeiro jogo da prova, disputado no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim. Miguel Ângelo, João Matos, Cavinato e Fortino assinaram os golos com que os ‘leões’ superaram o rival ‘encarnado’.

O encontro começou equilibrado, com ambas as equipas a tentarem assentar o seu jogo nos minutos iniciais da partida e o Sporting CP a apresentar uma equipa pressionante, de pendor ofensivo, com Miguel Ângelo, Diogo e Fortino a acompanharem Caio e Marcão no ‘cinco’ inicial. Uma recuperação de bola no meio-campo defensivo ‘leonino’ permitiu a Fortino sair isolado em direcção à baliza adversária, onde, frente a Juanjo, atirou ao lado do alvo. O Benfica respondeu por Patias, que obrigou Marcão a defender bem para canto, antes de Fernando assustar o guardião ‘leonino’ com um desvio ao lado.

A zona central dos ‘encarnados’ parecia permeável e Fortino, de primeira, disferiu um grande tiro, que só parou com um estrondo no poste direito de Juanjo. Caio voltou a ameaçar, assim como Merlim, mas o espanhol mostrou-se à altura e manteve o nulo no resultado. À semelhança de tantos outros ‘derbies’, o Sporting CP pressionava alto, com linhas bem subidas e a jogar a bola de pé para pé, como mais ninguém em Portugal; por outro lado, o Benfica habituava-se ao seu meio-campo e apostava em bolas longas, característica típica do seu jogo. Cavinato, primeiro de cabeça e depois de fora da área, obrigou Juanjo a manter o nível de trabalho elevado, nesta metade inicial da primeira parte; na resposta, Fábio Cecílio, numa transição rápida, atirou ao lado da baliza de Marcão.

O Sporting CP pressionava, empurrava o rival para trás e continuava a ameaçar: Djô, com um excelente trabalho individual sobre dois adversários, desenvencilhou-se da concorrência e atirou para boa defesa de Juanjo, seguido por Fortino, que obrigou o espanhol a mais uma grande intervenção, defendendo para canto. Na sequência da bola parada, Djô cabeceou à trave, com a bola a bater na linha de golo e a sair, aumentando a série de oportunidades para os ‘leões’.

Enquanto do lado ‘encarnado’, perante a falta de qualidade na quadra, as bancadas pediam coisas menos dignas do espectáculo da Taça de Portugal  (“Queremos porrada”, entoava a claque afecta ao Benfica), do lado ‘verde e branco’ o foco era outro e o primeiro objectivo era atingido: roubo de bola de Miguel Ângelo sobre Chaguinha, com o ‘leão’ a tirar Juanjo do caminho e a empurrar para o fundo das redes, inaugurando o marcador e colocando o Sporting CP a vencer por 1-0. Os ‘encarnados’ tentaram, de imediato, reagir, mas o remate de Patias, na sequência de um livre directo, passou perto do poste direito de Marcão. Por esta altura, o Benfica tentava subir no terreno em busca do empate, mas o processo defensivo dos ‘leões’ estava bem consolidado e a ameaça ‘encarnada’ era praticamente inexistente.

Nuno Dias tinha referido, na conferência de imprensa após a vitória de ontem sobre o Olivais, que os ‘leões’ precisavam de melhorar a eficácia porque a criação de oportunidades já lá estava; dito e feito: na sequência de um pontapé de canto, a bola chegou a Diogo, que atirou cruzado para o desvio certeiro do capitão João Matos, que atirou para o fundo das redes e colocou o Sporting CP a vencer por 2-0, anulando, da melhor forma, a tentativa de resposta do rival. Com dois golos de vantagem, as melhores oportunidades continuavam a pertencer ao conjunto de Nuno Dias e Merlim, após um roubo de bola, virou bem, mas atirou ao lado do alvo, ameaçando o terceiro dos ‘leões’. O Sporting CP estava melhor na partida e assim chegou até ao intervalo, com os ‘encarnados’ a nunca conseguirem assustar os comandados de Nuno Dias durante toda a primeira parte.

Se os ‘leões’ saíram para o descanso por cima no jogo, assim se mantiveram no início da segunda parte, com Diogo a deixar logo o primeiro aviso e a pressão ‘verde e branca’ a surtir efeito – o Benfica não se aproximou da baliza de Marcão até ao quarto minuto do reatamento e, mesmo aí, a bola morreu sem problemas nas mãos do guardião ‘leonino’. Por essa altura, já Caio tinha aparecido na cara de Juanjo e permitido a defesa ao espanhol e Merlim atirado à malha lateral da baliza ‘encarnada’, enquanto o Benfica continuava a acumular faltas e somava já três infracções no espaço de quatro minutos. Empurrados por uma Onda Verde que pedia golos em vez de “porrada”, os comandados de Nuno Dias eram donos e senhores do jogo, que se desenrolava quase por completo no meio-campo defensivo do adversário. Aí, Diogo, por duas vezes, ficou perto do 3-0, mas primeiro Juanjo e depois a direcção pouco certeira impediram o brasileiro de inscrever o seu nome na lista de marcadores. Os ‘leões’ procuravam dar aos seus adeptos aquilo que eles pediam e Miguel Ângelo ficou perto de bisar, mas Juanjo esteve à altura; por outro lado, Patias parecia também ele decidido a oferecer à claque ‘encarnada’ aquilo que esta queria e insistia em distribuir “porrada” na quadra, sem que qualquer cartolina lhe fosse mostrada.

Contra a corrente do jogo e sem nada o fazer prever, o Benfica conseguiu reduzir no seu primeiro remate do segundo tempo, já com sete minutos jogados, por intermédio de Gonçalo Alves, que comemorou efusivamente… junto dos adeptos do Sporting CP. O Sporting CP continuou com a mesma toada e Diogo, Merlim e Miguel Ângelo obrigaram Juanjo a aplicar-se para evitar o terceiro ‘’leonino’. Um dado, no mínimo, curioso: com dez minutos da segunda parte jogados, o Sporting CP levava nove faltas em todo o jogo e quatro cartões amarelos; Patias já cometera quatro faltas, duas delas para amarelo e… continuava com o registo disciplinar limpo. Assim como toda a equipa do Benfica…

O golo fez bem ao conjunto de Joel Rocha, que conseguiu subir no terreno e ter mais bola, aumentando a incerteza no marcador, mas esbarrando sempre no processo defensivo dos ‘leões’. Com cerca de três minutos por jogar, o Benfica apostou no 5x4, mas, nem assim o perigo rondava a baliza de Marcão. A um minuto do fim, o feitiço virou-se contra o feiticeiro e Cavinato apanhou a bola no seu meio-campo defensivo, atirando a contar para a baliza deserta, fazendo o 3-1 para os ‘leões’. Jefferson ainda reduziu, logo de imediato, assinando o 3-2, mas Fortino voltou a apanhar a baliza vazia e atirou a contar para o 4-2 final com que se fechou a partida e o Sporting CP conquistou a Taça de Portugal, com toda o mérito e justiça. A Onda Verde na Póvoa de Varzim teve o que desejou; aos adeptos benfiquistas resta-lhes contentarem-se com o que pediram durante a partida…