"Serão jogos muito intensos"
10 Jun, 2016
O capitão da equipa de futsal, João Benedito, falou das finais que aí vêm com o Benfica
Falta muito pouco para os corações de todos os jogadores da equipa de futsal do Sporting CP voltarem a bater forte esta temporada. Depois da conquista da Taça da Liga e da Taça de Portugal, joga-se o título do Campeonato Nacional.
Caso o conjunto de Alvalade se sagre campeão, o futsal ‘leonino’ pintará de verde e branco os três troféus portugueses mais importantes. Uma realidade que passa pela mente de João Benedito, apesar do capitão conhecer bem os vários obstáculos que terão de ser ultrapassados para que a temporada tenha um final feliz. Na consciência, o desenho de um sonho. Na quadra, as tintas que o podem colorir.
“É o título maior que está em causa. Quando se ganha um campeonato, os jogadores esquecem tudo o que se passou para trás”, salientou o guarda-redes, relembrando os oito campeonatos nacionais que já venceu de 'leão' ao peito. Na verdade, as memórias guardadas por João Benedito são também aquelas que os Sportinguistas não esquecem e das quais se recordam quando lhe oferecem o estatuto de figura incontornável no Clube.
No jogo 3 das meias-finais do ‘playoff’, diante do Sp. Braga, os ânimos exaltaram-se no Pavilhão Multiusos de Odivelas devido ao anti-jogo extremamente forçado do conjunto visitante, mas houve uma particularidade interessante protagonizada pelo guardião que já disputou mais de 550 jogos a defender as cores do único de Portugal: os treinadores tentaram serenar os adeptos, a polícia pediu calma, mas só João Benedito teve mãos para a missão.
“Sinto-me muito bem com todo este carinho que as pessoas demonstram por mim, mesmo em fases em que sou menos interventivo em termos de tempo de jogo”, confessou, admitindo que não tem palavras para descrever esse tipo de acontecimentos: “É algo que não consigo explicar e, sinceramente, faço o meu melhor em prol do espectáculo, desta modalidade e tendo sempre em mente que os objectivos do Sporting CP estão em primeiro lugar”.
Das dez vezes em que, nas finais, encontrou o ‘eterno rival’, o internacional português festejou metade, um equilíbrio que espera ver desfeito já este ano. A voz da experiência faz despertar o valor das várias fases psicológicas que todos os atletas em competição irão atravessar.
“Serão jogos muito intensos, onde iremos atravessar situações psicológicas bastante opressivas. Quem ganhar, no final de um determinado encontro, está felicíssimo. Quem perde, tem de lidar com uma enorme tristeza. No dia seguinte, os papéis podem inverter-se, ou seja, os momentos anímicos das duas formações alteram-se várias vezes. Veremos quem irá terá mais estofo para aguentar e quem passará para a semana do terceiro jogo mais ou menos contente”, projectou, para depois explicar a dimensão que estas finais ganham na cabeça de qualquer jogador: “Tudo isto será vivido durante cerca de três semanas, mas é um período que tem o valor de um ano inteiro”.