Leões voltam a conquistar a Taça da Liga
27 Fev, 2022
Vitória por 5-2 no dérbi valeu segundo troféu da época
Tal como na época passada, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal e o SL Benfica voltaram a protagonizar a final da Taça da Liga e, de novo, foram os Leões a levantar o troféu, este domingo, vencendo o eterno rival por 5-2. Assim, aquela que foi a quinta vitória consecutiva em dérbis valeu à formação de Nuno Dias a conquista do segundo título em dois possíveis, até ao momento, em 2021/2022.
Ultrapassados o CRC Quinta dos Lombos (7-3) e o Eléctrico FC (7-1), o Sporting CP voltou a pisar a quadra Pavilhão Desportivo Municipal de Loulé – com lotação esgotada – para disputar o terceiro jogo em três dias seguidos. Para iniciar o dérbi, o treinador Nuno Dias lançou Guitta, o capitão João Matos, Tomás Paçó, Alex Merlim e Diego Cavinato, mas terminada a primeira posse de bola Leonina entraram Pany Varela, Erick Mendonça e Pauleta.
Intenso dentro e fora da quadra desde o primeiro segundo, os lances discutiam-se no limite, como é habitual nos dérbis, sobretudo com um troféu em disputa. Depois de algumas paragens – numa delas Erick sairia, em definitivo, lesionado -, surgiram as primeiras oportunidades: Arthur, de calcanhar, atirou ao poste da baliza de Guitta e Merlim respondeu com um remate à figura de André Sousa.
À passagem do minuto seis, Rocha atingiu o rosto de Cavinato, que ficaria a sangrar, e o pivô das águias seria expulso com vermelho directo. Ora, os Leões não podiam ter aproveitado de melhor forma a superioridade numérica: em zona frontal, Merlim tirou o adversário da frente e chutou rasteiro e a contar para o 1-0. Pouco depois, só o guardião André Sousa evitou o segundo a remate de Pauleta.
A seguir foi a vez de Guitta brilhar, levando a melhor sobre Jacaré com uma 'mancha' antes de travar mais duas tentativas encarnadas. Com a intensidade sempre nos píncaros, o jogo aquecia a cada lance - sempre impetuosos e por vezes demasiado agressivos - levando a equipa de arbitragem a mostrar os primeiros cartões amarelos: para Chishkala e Robinho no SL Benfica e Cardinal no Sporting CP. A cerca de três minutos do intervalo, ambos os emblemas atingiram as cinco faltas.
Apesar do ascendente encarnado, que procurava reagir à desvantagem, o bloco defensivo dos Leões manteve a sua solidez – com Guitta intransponível – e nunca deixou de ameaçar de contra-ataque, sobretudo por Merlim. Ora, seria num destes lances e através do mesmo protagonista que chegaria o 2-0: o mágico de Alvalade repetiu a fórmula, driblando antes de fazer balançar as redes quando faltavam apenas 20 segundos de jogo. Seguro atrás e eficaz no ataque, o conjunto de Nuno Dias mandava na final e os muitos Sportinguistas faziam-se ouvir nas bancadas.
A abrir os derradeiros vinte minutos, Guitta defendeu por instinto um remate de Arthur, impedindo a reacção imediata das águias. No entanto, a turma de Alvalade assumiu as rédeas da partida – mais fluída nesta fase - e voltou a marcar. Após tentativas perigosas de Cavinato e Paçó, Pauleta correspondeu de forma perfeita a um canto, fazendo o 3-0 com um pontapé acrobático.
Embora o futsal rápido e objectivo dos Leões estivesse a causar muitos problemas ao SL Benfica, as águias conseguiram aproveitar uma recarga para reduzir através de Bruno Cintra e ganharam novo ânimo na partida. A cerca de oito minutos do fim, Chishkala concluiu uma bola parada com sucesso, aumentando a incerteza no dérbi e na final.
Contudo, os Leões não tremeram. Logo a seguir, Zicky teve nos pés uma oportunidade soberana e Paçó acertou na trave, mas a insistência recompensaria o Sporting CP, a cinco minutos do fim, com o quarto golo. Pauleta conduziu um lance genial pela direita, tirou dois rivais do caminho e assistiu para o golo de Pany Varela.
De seguida, Cardinal ficou perto de marcar e o SL Benfica partiu para o guarda-redes avançado. Apesar do tudo por tudo encarnado, a equipa de Nuno Dias manteve a serenidade e não só conteve o último esforço adversário como ainda perfez a mão cheia de golos em Loulé. Aproveitando a baliza deserta, Cardinal foi altruísta, deu o 5-2 final a Pany e a festa pintou-se de verde e branco.
A hegemonia verde e branca continua no futsal, com a turma de Alvalade a juntar a Taça da Liga desta época à Supertaça conquistada, em Dezembro, também frente ao SL Benfica.
Sporting CP: Tomás Paçó, Zicky Té, Fernando Cardinal, Erick Mendonça, João Matos [C], Pauleta, Guitta [GR], Bernardo Paçó [GR], Diego Cavinato, Pany Varela, Miguel Ângelo e Alex Merlim.