Equipa de Nuno Dias derrotou as águias por 3-2, após prolongamento

A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal venceu, este sábado, o SL Benfica por 3-2, após prolongamento, no jogo 3 da final da Liga Placard e está assim a uma vitória do terceiro título nacional consecutivo, ou seja, do tri-campeonato.

Num jogo empolgante, que durou 50 minutos – os habituais 40 do tempo regulamentar e mais dez de prolongamento -, o Sporting CP somou o triunfo, depois de ter estado em vantagem por 2-0, na primeira metade do tempo regulamentar.

A primeira parte foi de domínio absoluto do Sporting CP, à qual faltou apenas melhor finalização e também uma pontinha de sorte, num espectacular remate de Tomás Paçó à trave, após jogada individual. Foi o momento de maior perigo do primeiro tempo, pese embora o Sporting CP tenha assinado as melhores oportunidades da etapa inicial, com Zicky, endiabrado, a obrigar Leo Gugiel a boas defesas.

O SL Benfica era uma equipa mais calculista, sem conseguir criar oportunidades que colocassem em perigo a baliza Leonina, com o Sporting CP a recuperar bolas em zona alta e Erick a disparar, de pé direito, mas por cima. Minutos depois, Pauleta ganhou em velocidade, mas o desvio do ala Leonino saiu ligeiramente ao lado da baliza de Leo Gugiel. O volume de oportunidades mostrava um Sporting CP mais ambicioso na procura da baliza adversária e a justificar o que não se verificava no resultado: a vantagem no final dos 20 minutos iniciais, nos quais só se viu uma oportunidade encarnada, já no último segundo, num desvio de Afonso Jesus, à boca da baliza de Guitta. Assim registava-se ao intervalo empate a zero no dérbi de futsal.

A segunda parte começou com uma grande oportunidade de Pany Varela, que recuperou a bola junto da área defensiva, mas o remate foi defendido por Leo Gugiel.   

Ainda assim, o ascendente Leonino em jogo jogado acabaria por ser materializado nos primeiros cinco minutos do segundo tempo, num lance genial de Zicky. Um golo prodigioso, para ver e rever dezenas de vezes. Uma jogada magistral de Zicky, primeiro a tirar perto da linha de fundo um jogador benfiquista com um túnel e depois a proteger a bola, antes de a trabalhar para um golo de calcanhar, mesmo em cima de Leo Gugiel. Uma jogada estratosférica do pivô Leonino, um golo de antologia do craque formado no Sporting CP.

Os Leões colocavam-se assim numa justa situação de vantagem, que já justificavam levar para o balneário, ao intervalo. O Sporting CP galvanizou, como não podia deixar de ser, com o golo marcado e ficou bem perto de aumentar a diferença, num tiro de Pany Varela à trave.

Continuava a ser do Sporting CP o sinal mais e o segundo golo não tardaria muito. Com 14 minutos e sete segundos para jogar, Tomas Paçó teve uma sensacional iniciativa individual e descaído para a esquerda, assistiu Pauleta, que na área, desviou para o 2-0, num golo pleno de oportunidade do ala canhoto.

Totalmente contra a corrente, o SL Benfica reduziu, com Arthur a bater uma reposição lateral, a bola a desviar num jogador Leonino e a trair Guitta. Um golo inesperado, que o SL Benfica não havia justificado, mas que relançou a incerteza. Depois disso, foi o SL Benfica a crescer no jogo e Diego Nunes, solto na área, a 10’11 para o final da partida, empatou o jogo (2-2).

Depois, o Sporting CP voltou a carregar sobre a área benfiquista, com Zicky muitas vezes perigoso e Tomás Paçó a obrigar Gugiel a boa defesa. Sokolov ainda teve um remate descaído para a esquerda à malha lateral, mas o jogo iria mesmo para prolongamento, com o empate a dois golos no final do tempo regulamentar.

Mais dez minutos de jogo – cinco em cada parte – para encontrar o vencedor. Zicky continuava a dar espectáculo e, em remate acrobático, obrigou Gugiel a grande defesa. Os bi-campeões nacionais voltariam a colocar-se em vantagem em nova magnífica jogada colectiva, com Erick muito bem, a servir Sokolov e o pivô a entregar a Pauleta, que atirou para o fundo da baliza benfiquista, já dentro do último minuto da primeira parte do prolongamento.

Nos segundos cinco minutos, o SL Benfica procurou explorar o 5x4, com o Sporting CP a controlar e Guitta a responder bem, quando chamado a intervir. O Sporting CP teve ainda um livre de 10 metros, devido à sexta falta do SL Benfica, mas Pany Varela atirou ao lado. A festa fez-se a verde e branco, num jogo de incansável apoio dos Sportinguistas.    

Sporting CP: Guitta, João Matos [C], Alex Merlim, Cavinato, Zicky, Pauleta, Estebán Guerrero, Pany Varela, Sokolov, Tomás Paçó, Erick Mendonça e Bernardo Paçó.