Sporting vence Barcelona por 2-0 na primeira mão da Taça Continental

Mais uma vez, a equipa de hóquei em patins do Sporting continua a testar os seus limites e, ao mesmo tempo, a comprovar de que não há impossíveis. E, desta vez, quem esteve no outro lado a testar essa ideia foi ‘apenas’ o bicampeão europeu, o Barcelona. Todavia, a dose foi a mesma a que já se tinha assistido na Supertaça de Portugal: vitória por 2-0 na primeira mão da Taça Continental. Foi mais uma página de história (ainda a meio).

O encontro começou muito equilibrado e com duas temperaturas distintas: morno no rinque, a escaldar fora dele. O Pavilhão do SC Livramento teve uma autêntica enchente sem precedentes para apoiar os ‘leões’ rumo à conquista do único troféu ainda em falta no Museu, mas os dois conjuntos mantiveram sempre mais receio de sofrer do que vontade de marcar, num período caracterizado pelo estudo mútuo e pela adaptação ao piso algo escorregadio face à humidade que se criava no piso pelo ambiente fervoroso.

A partir dos 11 minutos, após uma bola ao poste de Luís Viana, a partida ganhou um pouco mais de ritmo mas, ainda assim, as defesas superaram quase sempre os ataques, com Egurrola (sobretudo) e Girão a corresponderem nas raras oportunidades de golo. Assim, o nulo ao intervalo aceitava-se, apesar do ligeiro ascendente ‘verde e branco’.

O segundo tempo começou com a mesma toada, apesar de algumas faltas ofensivas da formação ‘verde e branca’ que colocou a décima falta mais próxima (oito). No entanto, tudo mudou com o primeiro golo, aos 11 minutos, com Cacau a conseguir um oportuno desvio após remate de Ricardo Figueira de meia-distância. O Livramento... explodiu!

Em desvantagem no marcador, os catalães subiram as linhas defensivas, perturbando e muito o ataque organizado dos comandados de Nuno Lopes, mas sem criar muitas chances para restabelecer o empate (Pablo Álvarez e Panadero colocaram Girão à prova mas sem um grande volume ofensivo que justificasse o 1-1). E esse feitiço acabou por virar-se contra o feiticeiro: já depois de João Pinto ter falhado uma transição rápida após combinação com Luís Viana, aos 47 minutos, Tuco teve uma grande arrancada pela esquerda em velocidade e disparou um grande tiro ao ângulo da baliza de Egurrola. Aí, o Livramento não só explodiu como... quase veio abaixo. E o resultado estava feito.

Em resumo, o Sporting fez uma exibição que roçou a perfeição, não concedendo qualquer veleidade ao Barcelona em termos de ataque organizado e tendo transições muito fortes que evitaram quase sempre situações de inferioridade numérica. Ao mesmo tempo, os comandados de Nuno Lopes interpretaram na íntegra todos os momentos de jogo, sabendo dosear muito bem em termos ofensivos o uso da meia-distância, as transições rápidas para criar situações 3x2 e as combinações perto da baliza catalã. E tudo isso contribuiu para a segunda vitória em 11 partidas frente aos ‘blaugrana’.

Os ‘leões’ deslocam-se agora à Catalunha para defrontarem o Barcelona no próximo sábado, dia 17, tendo uma vantagem de dois golos para tentarem conquistar de novo naquela região mais um título europeu depois da Taça CERS, em Abril.