Leão ruge bem alto em dérbi europeu de sonho e vence rival
17 Jan, 2024
Triunfo do Sporting CP frente ao SL Benfica, por 7-6, na 2.ª jornada, em atraso, da WSE Champions League de hóquei em patins
A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu o SL Benfica, por 7-6, na 2.ª jornada (em atraso) da fase de grupos da WSE Champions League, num jogo sensacional de hóquei em patins, sobretudo o protagonizado pelo conjunto verde e branco. A equipa Leonina teve como cinco inicial: Ângelo Girão [GR] [C], Gonzalo Romero, Matías Platero, Alessandro Verona e Toni Pérez e entrou com mais iniciativa atacante, mas com 20 minutos e 54 segundos para jogar na etapa inicial, Nil Roca inaugurou o marcador para as águias, num remate colocado, fora do alcance de Ângelo Girão.
A ter de patinar atrás no marcador, a equipa Leonina foi carregando muito sobre a área adversária, mas os remates não levavam a melhor direcção, ou quando levavam, eram defendidos por Pedro Henriques. Com 17’54 para jogar, Pedro Henriques viu um cartão azul (suspensão de dois minutos) por atingir Toni Pérez e foi assinalada grande penalidade contra a equipa encarnada, mas o remate de Gonzalo Romero foi defendido por Bernardo Mendes. Com 16 minutos e 45 segundos para jogar no primeiro tempo, o técnico Leonino, Alejandro Domínguez, pediu uma pausa técnica e, quase como efeito, os Leões empataram, numa stickada indefensável de Ferran Font, com 16 minutos para o intervalo. O jogo entrou depois numa toada mais calculista de parte a parte, ainda que pertencessem ao Sporting CP as jogadas mais perigosas da partida, mas sem a desejada finalização.
Até que com oito minutos e seis segundos para o final dos primeiros 25, Gonzalo Romero teve um lance de génio e depois de patinar meia pista, armou um remate indefensável para o 2-1. Um golo de soberba execução, um golo à Romero. Mas dois minutos depois, o SL Benfica empatou, com Nicolía, na recarga a grande penalidade que foi defendida por Girão e fez o 2-2. Num jogo que entrou então numa velocidade vertiginosa, houve oportunidades e boas defesas nas duas balizas e ao intervalo, o marcador registava empate a dois golos.
No segundo tempo e com pouco mais de um minuto jogado, Roberto Di Benedetto deu vantagem às águias, com a resposta pronta dos Leões através de João Souto, oportuno na área a dar seguimento à condução de bola com classe de Ferran Font 3-3). Mas num dérbi quase sem tempo para respirar, Nil Roca, num remate indefensável, fez o 3-4, com mais de 23 minutos para jogar. Num jogo que exigiu grande intensidade aos Leões, a equipa verde e branca teve de aguentar dois minutos a jogar com menos um jogador, por cartão azul a Ferran Font e conseguiu não sofrer golos, o que foi muito importante para manter bem vivas as ambições por parte da equipa verde e branca.
Um remate de Di Benedetto à trave deixou nova marca de perigo das águias na partida, mas a equipa Leonina foi sempre muito brava e corajosa, conseguindo retirar dessa atitude os melhores dividendos, quando Gonzalo Romero empatou a quatro golos, num remate indefensável, com cerca de dez minutos jogados no segundo tempo. Num jogo frenético, a equipa Leonina voltou a marcar, num golo primoroso de Matías Platero, de recarga, com pouco mais de 14 minutos para jogar. Estava consumada a reviravolta Leonina, que, no entanto, também não duraria muito, pois cerca de três minutos depois, Gonçalo Pinto igualou a cinco golos, em novo remate colocado, sem hipóteses para Ângelo Girão.
Faltavam pouco mais de dez minutos para o final da partida e com nove para jogar, Gonzalo Romero foi travado em falta para grande penalidade. Chamado à transformação, o hoquista argentino viu o remate e a recarga serem defendidos por Pedro Henriques, que assim evitou nova vantagem dos comandados de Alejandro Domínguez no marcador. À terceira nas bolas paradas foi mesmo de vez e João Souto fez o 6-5 para o Sporting CP, numa execução perfeita, com oito minutos e dez segundos para o final da partida. Os Leões atingiram a décima falta, que levou Carlos Nicolía para a marcação de um livre directo, superiormente defendido por Ângelo Girão e na resposta, e contra-ataque, o Pavilhão João Rocha veio abaixo, quando Romero patinou pista fora e marcou um golo sublime para o 7-5 no marcador. Um momento de grande superação Leonina, numa equipa verde e branca cheia de fibra e de alma.
O jogo continuava em ritmo diabólico e o SL Benfica dispôs de uma grande penalidade, concretizada por Lucas Ordoñez, para o 7-6. Gonzalo Romero continuava o recital e sofreu nova grande penalidade, mas não concretizou – nova boa defesa de Pedro Henriques – e o resultado continuou na incerteza, com as águias a terem um livre directo – cartão azul para Ferran Font, com pouco mais de dois minutos para jogar. Girão voltou a ser enorme – espectacular exibição do guarda-redes – e defendeu a execução de Ordonñez. Os Leões seguraram um triunfo memorável, com um ambiente arrebatador e extraordinário de apoio à equipa por parte dos adeptos Leoninos, num enorme jogo da formação verde e branca que somou a segunda vitória em três jogos na fase de grupos da WSE Champions League de hóquei em patins.
Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Gonzalo Romero, Matías Platero, Alessandro Verona, Toni Pérez, Ferran Font, Henrique Magalhães, Facundo Bridge, João Souto, Zé Diogo [GR]