Reacção da treinadora Leonino ao triunfo sobre o Clube Albergaria

Mariana Cabral mostrou-se satisfeita pelo triunfo expressivo frente ao Clube Albergaria (5-0), referindo que nesta partida as Leoas conseguiram ser eficazes e que isso acabou por fazer toda a diferença.

“Sabíamos que iria ser um jogo um bocadinho diferente do último em que as tínhamos defrontado aqui porque mudaram um bocadinho a forma de estruturar a equipa com um 5x4x1, uma equipa um bocadinho mais baixa, mais fechada, a dar pouco espaço e nós demorámos algum tempo até conseguir perceber melhor por onde é que tínhamos de entrar. Acho que podíamos ter estado um bocadinho melhor e mais vivas na primeira parte, mesmo tendo criado várias oportunidades de golo antes de marcar, mas após marcarmos o jogo ficou mais tranquilo. Ainda assim, sabemos que nestes jogos ninguém vai dar nada a ninguém até ao final. Os jogos só ficam fáceis, se nós os tornarmos fáceis porque, se não marcarmos e não criarmos oportunidades de golo, aí sim o relógio começa a apertar e a ansiedade começa a apertar. Portanto, cabe-nos a nós resolver os jogos o mais rapidamente possível para continuarmos a ganhar”, começou por dizer a treinadora Leonina, dizendo aquilo que fez a diferença para as Leoas terem conseguido um resultado tão volumoso: “O que fez a diferença foi mesmo a eficácia”.

“Nós temos criado muito, mas em alguns jogos não conseguimos concretizar e depois falta-nos consistência emocional para controlar a ansiedade e sabermos que temos de continuar a fazer bem as coisas, assim como para não deixar a frustração entrar, mas hoje fomos eficazes”, referiu ainda Mariana Cabral, que deixou elogios a Brittany Raphino: “É uma jogadora com muita qualidade e que nos dá a eficácia que precisamos na frente de ataque, sobretudo, nos jogos em que os adversários estão muito fechados atrás”.

A norte-americana, que bisou frente ao Clube Albergaria, também falou após o encontro, dando conta da satisfação por mais um triunfo e por mais dois golos: “Quando cheguei prometi muitos golos e estou contente por estar a conseguir fazer isso, mas deve-se tudo à equipa que me tem facilitado o trabalho”.

“A adaptação tem sido muito boa, elas receberam-me muito bem e têm sido importantes para que me sinta à vontade e consiga corresponder dentro de campo. Por isso, estou muito feliz por ter tomado a decisão de vir para o Sporting CP”, disse ainda a avançada.

Triunfo por 5-0 valeu aproximação à liderança

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, neste sábado, o Clube Albergaria por 5-0 em jogo da 17.ª jornada do Campeonato Nacional.

Para este encontro, Mariana Cabral apostou de início em Hannah Seabert, Ana Borges, Andrea Norheim, Alícia Correia, Brenda Pérez, Joana Martins, Andreia Bravo, Cláudia Neto, Brittany Raphino, Ana Capeta e Maísa Correia.

As Leoas entraram em campo a saber que o líder tinha perdido pontos e, por isso, vencer era ainda mais importante para as aproximar do primeiro lugar e o objectivo foi cumprido, com o Sporting CP a somar o terceiro triunfo seguido.

Joana Martins deixou o primeiro aviso verde e branco logo no primeiro minuto de jogo, mas o remate saiu ao lado, e a seguir foi Ana Capeta, num remate em jeito, também a falhar o alvo.

Pouco depois também Britanny Raphino tentou o golo de cabeça, após receber da direita, mas a bola saiu ligeiramente por cima da baliza adversária, e a seguir foi Cláudia Neto, num remate à entrada da área, a atirar ao ferro.

O Sporting CP somava assim oportunidades, enquanto do outro lado o Clube Albergaria, mais preocupado em defender, não conseguiu assustar Hannah Seabert. Por isso, percebia-se que era uma questão de tempo até as Leoas marcarem. Isso acabou por acontecer apenas em cima do intervalo, com dois golos em três minutos.

Ana Capeta abriu o marcador, aos 41 minutos, após canto batido por Joana Martins, em que a camisola 10 verde e branca viu primeiro a guardiã adversária defender, mas depois, após a recarga de Andrea Norheim, só teve de encostar perante alguma confusão.

O Sporting CP colocava-se assim em vantagem de forma justa e logo a seguir chegou ao 2-0, com Ana Capeta a receber ao segundo poste e a entregar para Brittany Raphino na cara de Cat Sheppard finalizar de cabeça.

A equipa verde e branca foi, por isso, para o intervalo a vencer confortavelmente e na segunda metade o resultado ganhou expressão de goleada, ainda antes da hora de jogo. Maísa Correia – em mais uma excelente exibição – cruzou para o segundo poste e Ana Capeta só precisou de encostar.

Mariana Cabral começou depois a mexer, fazendo sair Ana Borges, Joana Martins e Ana Capeta e entrar Rita Fontemanha, Olivia Smith e Diana Silva, e as mudanças deram logo resultado com o Sporting CP a chegar ao 4-0 nem dez minutos depois.

Jogada de insistência das Leoas na área, com Diana Silva a ser travada em falta, mas Olivia Smith não deu a jogada por terminada e atrasou para Brittany Raphino que, à entrada da área, rematou certeiro para mais um golo Leonino, que ainda mereceu a análise do VAR.

A 15 minutos do final do encontro, também entraram Ana Teles e Mariana Rosa para os lugares de Brittany Raphino e Andrea Norheim, e também essa mexida se revelou certeira, com a primeira a assistir Olivia Smith para o 5-0.

As Leoas acabaram assim por vencer com um resultado expressivo e totalmente justo, num jogo em que controlaram e foram melhores do início ao fim.

O Sporting CP volta agora a jogar no próximo sábado em casa do FC Famalicão, às 11h00.

​Leoas recebem o Clube de Albergaria este sábado

A equipa feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe este sábado (15h00) o Clube de Albergaria, no Estádio Aurélio Pereira, em duelo referente à 17.ª ronda da Liga.

Antes de perspectivar esta partida, a treinadora Mariana Cabral deixou elogios à exibição das jogadoras Leoninas no triunfo da última jornada, frente ao SCU Torreense, por 0-3.

“Estivemos muito bem, num campo difícil e sem as melhores condições atmosféricas. Algumas jogadoras estiveram fora por lesão, mas as que jogaram responderam muito bem. É continuar neste percurso para continuarmos a ganhar”, disse aos meios de comunicação do Clube, sublinhando ainda as melhorias na equipa, que encontrou o equilíbrio defensivo.

“Temos vindo a crescer bastante, não só em termos técnico-tácticos mas também emocionais, que tem sido o que nos tem afectado esta época. Precisamos de ser um pouco mais estáveis na forma como lidamos com as contrariedades, mas às vezes as coisas não correm bem. Temos de seguir, tentar novamente e não ficar em baixo pois faz parte do jogo”.

Quanto ao embate que aí vem, Mariana Cabral deixou um alerta pois, apesar as Leoas já terem vencido o Clube de Albergaria duas vezes esta época, por 0-3 na Liga e 8-0 na Taça de Portugal, o adversário vem de um triunfo moralizador e está na luta pela manutenção.

“O Clube de Albergaria agora tem uma forma diferente de jogar tendo em conta aquilo que era o padrão com a nova treinadora. Vem de uma vitória muito importante frente ao CS Marítimo, na Madeira, que é sempre um terreno difícil. Isso demonstra que a equipa está a crescer e a conhecer melhor a sua forma de jogar”, frisou, indicando a receita para o triunfo.

“Cabe-nos impor a nossa forma de jogar e não levar o jogo como fácil, porque não é. Nesta altura da época, nenhum desafio é fácil e quanto mais complicarmos a nossa vida, pior. Temos de estar focadas no que podemos fazer e controlar e, obviamente, ganhar o jogo, porque queremos os três pontos”, garantiu a líder verde e branca, que não poderá contar com as lesionadas Maiara Niehues, Fátima Pinto e Fátima Dutra, mas tem mais soluções.

“Temos muita qualidade no plantel e há outras jogadoras prontas para entrar. Queremos que estejam todas preparadas para corresponder, independentemente da idade. Temos jogadoras muito jovens, mas que respondem, como a Maísa [Correia], a [Andreia] Bravo e a própria Alícia [Correia]. São todas muito novas, mas têm qualidade e ADN Sporting”.

Também Maísa Correia, extremo Leonina, frisou que a equipa não pode relaxar frente ao Clube de Albergaria, até porque o adversário não vai facilitar dentro das quatro linhas.

“Apesar de termos vencido 0-3 para a Liga e 8-0 para a Taça de Portugal, o Clube de Albergaria vem de uma vitória e está numa fase muito boa. Vai ser um jogo difícil e temos de dar tudo, não podemos dar o triunfo por garantido”, lembrou a jovem de 17 anos. “Temos de dar continuidade não só às vitórias, mas de defender e atacar bem. Somos capazes”.

Maísa Correia voltou aos golos na última partida, diante do SCU Torreense, facturando pela quarta vez esta temporada, algo que não acontecia desde Setembro. Ainda assim, a Leoa prefere repartir os louros. “Foi bom voltar aos golos, mas o principal foi ter ajudado a equipa. Se marquei não foi só graças a mim, mas sim à ajuda e ao contributo da equipa”.

A fechar, a internacional sub-19 portuguesa deixou um apelo aos adeptos para que se desloquem a Alcochete para apoiar a equipa. “Sportinguistas, esperamos por vocês este sábado no Estádio Aurélio Pereira. O vosso apoio será fundamental, contamos convosco”.

Portuguesa mais internacional de sempre cumpre a oitava época no Sporting CP

Considerada uma das maiores referências da história do futebol feminino nacional, Ana Borges vai continuar de Leão ao peito. A extremo de 33 anos, que também pode actuar como lateral, renovou esta terça-feira contrato por mais uma época, até 2025, mantendo-se assim no emblema ao qual chegou em 2016/2017, no início do projecto verde e branco.

“Estou muito feliz, é fácil aceitar renovar quando estamos no nosso clube. O mais fácil é ficar e conquistar muitos títulos pelo meu clube, acima de tudo quero dar alegrias aos adeptos”, começou por dizer aos meios de comunicação Leoninos a experiente jogadora, que prolongou a ligação ao Sporting CP pela segunda vez, mas “é como se fosse a primeira”.

“É como se me estivessem a ligar pela primeira vez a dizer que vai passar a haver uma equipa de futebol feminino no Sporting CP. É sempre uma alegria e um orgulho enorme, hoje tenho cada vez mais a certeza de que nunca dei um passo atrás ao vir para o Sporting CP. Estou no clube onde sempre quis jogar e no qual me vou retirar de certeza”, revelou.

175 jogos e 30 golos depois, Ana Borges conta já com duas Ligas, três Taças de Portugal e duas Supertaças conquistadas de Leão ao peito, sendo uma referência para muitas das jogadoras mais novas do plantel, mas não vê isso como uma responsabilidade acrescida.

“Não acho que seja um peso. Fazer o que mais gostamos e no clube que mais queremos, isso sim é uma responsabilidade. Vão passar muitas jogadoras pelo Sporting CP que vão fazer a sua história e deixar a sua marca, mas o Clube é que fica sempre”, sublinhou, fazendo questão de realçar a aposta que o Sporting CP tem feito nos escalões de formação.

“É gratificante. Temos uma excelente formação, com jogadoras de muita qualidade nas selecções jovens que certamente vão chegar à equipa A. O futebol feminino tem tendência para evoluir cada vez mais”, afirmou a portuguesa mais internacional de sempre (169 internacionalizações), sem esquecer o percurso trilhado pelas atletas que foram pioneiras.

“[Nós que] estamos mais perto do fim [da carreira], sabemos do legado que deixamos. Somos privilegiadas por termos visibilidade devido ao crescimento que tem havido, mas temos de agradecer às primeiras jogadoras que apostaram no futebol feminino. Daqui a uns anos não vamos ouvir falar da Ana Borges, mas de outros nomes que estão a aparecer”.

Ana Borges foi uma das jogadoras portuguesas que tiveram a oportunidade de participar tanto nos Europeus de 2017 e 2022, como no Mundial de 2023, os primeiros do futebol feminino nacional, mas segundo a Leoa esse foi só o início de uma bela página de história.

“O futuro de Portugal é risonho. Hoje em dia conseguimos jogar olhos nos olhos com qualquer selecção, como se viu no Mundial com os Estados Unidos, os Países Baixos e o Vietname, portanto tenho a certeza de que Portugal está muito bem representado e podemos e devemos afirmar-nos ainda mais nas fases finais das grandes competições”.

A jogadora do plantel liderado por Mariana Cabral dirigiu-se ainda aos Sócios e adeptos do Sporting CP, a quem deixou uma mensagem de agradecimento e confiança para o futuro.

“Somos umas privilegiadas pelos adeptos que temos, há anos que não conseguimos dar-lhes uma alegria mas eles nunca deixaram de apoiar. Tenho de agradecer-lhes e quero pedir que nunca deixem de apoiar, acreditem em nós porque vamos retribuir o carinho que têm demonstrado por nós. Tenho a certeza de que ainda lhes vamos dar muitas alegrias”.

Ana Borges iniciou a carreira de futebolista na Fundação D. Laura dos Santos, onde cumpriu a formação e se estreou como sénior, antes de rumar ao estrangeiro. Passou por alguns dos melhores campeonatos do Mundo, vestindo as cores de Zaragoza CFF e Club Atlético de Madrid (Espanha), SC Blue Heat (Estados Unidos) e Chelsea FC (Inglaterra), emblema que a emprestou ao Sporting CP na segunda metade da temporada 2016/2017.

Treinadora gostou da exibição verde e branca

Após o triunfo por 0-3 em casa do SCU Torreense, Mariana Cabral, treinadora das Leoas, fez o rescaldo da partida em declarações ao Jornal Sporting.

"Foi um bom jogo da nossa parte. Era um jogo difícil, o SCU Torreense tem boas jogadoras, um bom treinador, as condições climatéricas também não eram as mais favoráveis, mas as jogadoras estiveram muito bem a identificar os espaços que queríamos atacar. Criámos muitas oportunidades de golo e podíamos até ter marcado mais. Foi um jogo bastante completo de toda a gente", resumiu, considerando ainda que esta foi uma "vitória importante colectivamente porque todas as jogadoras contam". 

"Fruto do último jogo tivemos algumas baixas, como a Fátima Pinto e a Fátima Dutra, a Cláudia Neto não está a cem por cento. Contámos com todas e têm dado uma resposta, desde as mais velhas até às mais novas", destacou, abordando em particular o contributo das jovens da formação.

"Hoje a Carolina Santiago voltou a entrar, a Rita Almeida também, além de jovens como a Maísa Correia, a Andreia [Bravo] e da Alícia [Correia]. Faz parte do ADN do Sporting e é isso que nos vai levar para a frente", apontou a técnica verde e branca.

Ora, olhando em frente, Mariana Cabral mostrou-se confiante na sua equipa para estes últimos dois meses da temporada, recheados de decisões.

"Neste momento, todos os jogos são importantes, valem três pontos e nas outras competições queremos continuar a avançar. Estamos em Março e praticamente em dois meses 'arrumamos' a época, portanto acaba muito rápido. Todos os jogos são importantes, todas as equipas querem ganhar e nós também. Temos estado bem no ataque e na defesa, a criar e a concretizar, o que é importante", realçou, por fim.

Leoas não deram hipótese ao SCU Torreense (0-3)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e bateu o SCU Torreense por 0-3, este sábado à tarde, no duelo referente à 16.ª jornada da Liga.

Numa primeira parte de total controlo verde e branco, Brittany Raphino foi a protagonista ao assinar um ‘bis’ – um golo logo a abrir e outro a fechar -, seguindo-se com naturalidade o 0-3 final apontado por Maísa Correia já no segundo tempo. No Estádio Manuel Marques, as Leoas apresentaram-se com autoridade e deram a melhor sequência ao triunfo sobre o SC Braga (3-1) na jornada anterior.

Para entrar em campo diante de um SCU Torreense assente no oitavo lugar, Mariana Cabral, treinadora das Leoas, fez quatro alterações relativamente a essa última jornada, duas delas forçadas: Maísa Correia, Alícia Correia, Brenda Pérez e Diana Silva foram titulares em detrimento de Cláudia Neto, Jacynta Gala e das lesionadas Fátima Dutra e Fátima Pinto, as quais se juntaram a Maiara Niehues nas baixas para o encontro.

Ainda antes do apito inicial, quatro das cinco ‘mundialistas’ Leoninas foram homenageadas pelo SCU Torreense, que na pessoa do seu presidente ofereceu flores às internacionais Ana Borges, Ana Capeta, Diana Silva e Alícia Correia pela seu contributo na inédita e histórica participação da selecção nacional no último Campeonato do Mundo, em 2023 – Fátima Pinto, lesionada, não esteve em Torres Vedras.

Já com a bola a rolar, o Sporting CP pisou cedo o acelerador e não tardou nem dez minutos em chegar ao golo inaugural, assinado pela avançada Brittany Raphino, que pouco antes já tinha ficado muito perto de marcar. Depois disso, a reforço norte-americana voltou a surgir na área e, de forma oportuna, aproveitou um corte defeituoso adversário para fazer balançar as redes com o seu primeiro golo na Liga – o terceiro já de Leão ao peito, todos em competições diferentes.

Não podia ter sido melhor o arranque das Leoas, que continuaram a monopolizar a posse de bola com um domínio territorial seguro e total - algo que nem a grande carga de água momentânea que se abateu sobre Torres Vedras viria a mudar.

Assim, com paciência, criaram-se mais calafrios na área da equipa da casa, que embora intranquila na defesa até conseguiu resolver - com alguma felicidade - alguns lances, mas isso já não aconteceria à passagem dos 34 minutos, quando chegou o 0-2.

Repetindo a receita do 0-1, Capeta foi lançada em profundidade, cruzou de trivela e, desta feita, a um mau alívio seguiu-se um remate de Maísa Correia defendido pela guardiã Makenna Gottschalk e, finalmente, a recarga vitoriosa de Brittany Raphino, novamente a aparecer no sítio certo para ‘facturar’. E, sem sobressaltos de maior, o Sporting CP foi a vencer por dois golos para o intervalo - um reflexo mais fiel da superioridade verde e branca na primeira parte.

Já os segundos 45 minutos quase começaram também com um golo das Leoas, mas o remate em arco de Capeta saiu ligeiramente por cima da trave. Pouco depois, Diana Silva ainda introduziu a bola na baliza, mas no início da jogada Raphino foi apanhada em fora-de-jogo.

No entanto, foi apenas uma questão de tempo até que a formação liderada por Mariana Cabral, dilatasse o marcador. Novamente numa jogada nascida à esquerda e dos pés de Capeta, a guardiã do SCU Torreense errou na abordagem aérea e a jovem Maísa Correia completou uma primeira cabeçada de Brittany Raphino com um desvio à boca da baliza - quarto golo na Liga da avançada de apenas 17 anos.

De seguida, aproveitando o confortável 0-3, Rita Fontemanha, Jacynta Gala e Bruna Lourenço entraram para os lugares de Ana Borges, Diana Silva e Andrea Norheim – mais tarde, a jovem Carolina Santiago substituiu Raphino.

Já depois dos 80 minutos, a equipa Leonina relaxou ligeiramente, cometeu mais erros na construção e o SCU Torreense criou as suas principais situações para marcar, porém sem sucesso - Hannah Seabert ainda foi chamada a intervir por duas vezes.

Confirmada a segunda vitória consecutiva, o Sporting CP atingiu os 36 pontos e aproximou-se dos 40 que valem a liderança ao SL Benfica, que só disputa esta jornada amanhã, domingo. Agora, para as Leoas de Mariana Cabral segue-se a recepção ao Clube de Albergaria.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Maísa Correia, Ana Borges [C] (Rita Fontemanha, 68’), Andrea Norheim (Bruna Lourenço, 68’), Alícia Correia, Ana Capeta, Andreia Bravo, Brenda Pérez (Rita Almeida, 83’), Joana Martins, Diana Silva (Jacynta Galabadaarachchi, 68’), Brittany Raphino (Carolina Santiago, 74’).

Sporting CP desloca-se a casa do SCU Torrense no sábado (15h00)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal desloca-se, este sábado (15h00), a casa do SCU Torrense, para a 16.ª jornada da Liga e, em antevisão à partida, a treinadora Mariana Cabral mostrou-se ciente das qualidades da equipa do Oeste.

“O SCU Torreense tem uma posição muito tranquila no campeonato, é uma equipa que tem jogadoras de qualidade e um treinador muito competente, que já esteve aqui connosco e conhece muito bem a nossa equipa, a nossa forma de trabalhar e de jogar. Acho que será um jogo muito competitivo, muito interessante, e nós temos de estar focadas em nós, ligadas. Entrar como se estivéssemos a perder, com a atitude de querer sempre mais, de ir para cima e ganhar o jogo. Isso é o que nos interessa, com todas as jogadoras que tivermos disponíveis, porque houve jogadoras que frente ao SC Braga infelizmente saíram lesionadas, faz parte, mas haverá outras que estão disponíveis para o jogo”, referiu a técnica das Leoas sobre Maiara Niehues, Fátima Dutra e Fátima Pinto, que serão baixas por lesão.

A equipa Leonina vem de um importante triunfo em casa diante do SC Braga, por 3-1, num jogo em que muito houve para destacar na exibição, desde logo a forma como a equipa Sportinguista reagiu à desvantagem inicial no marcador. “Sabíamos que era um jogo bastante complicado e nunca é fácil entrar num jogo a perder, portanto a equipa teve de ter uma atitude muito boa, uma estabilidade emocional muito grande para conseguir jogar o nosso jogo, independentemente do resultado, e foi isso que aconteceu. Acho que as jogadoras estiveram muito bem nesse prisma, muito ligadas, muito focadas naquilo que tinham de fazer e quando há contrariedades, estando ligadas, é mais fácil superar essas contrariedades, independentemente da capacidade táctica, técnica, física. Esta é a primeira condicionante e é a que nos leva mais para a frente”, sublinhou Mariana Cabral aos meios de comunicação do Clube.

Assim, dar continuidade ao triunfo diante das bracarenses torna-se obrigatório, mas sempre com o máximo respeito pelo adversário. “É sempre importante ganhar, era um jogo difícil, mas é tal e qual como disse no final do jogo: não nos interessa ganhar ao SC Braga se esta semana não ganharmos ao SCU Torreense. Interessa-nos ganhar todos os jogos, todos valem o mesmo, os adversários são todos muito competitivos. Temos de ir com a mesma atitude para os jogos, não desvalorizar o adversário, porque esse é um erro que já cometemos esta época, que temos de assumir e já nos responsabilizámos por causa disso. Queremos voltar a entrar neste jogo com uma grande atitude e, obviamente, ganhar o jogo”.

Depois, a média Andreia Bravo fez também a antevisão à partida frente ao SCU Torreense. “Temos de entrar com o pensamento de que vamos ganhar, nenhum jogo é fácil e temos de encará-lo como qualquer outro”, começou por dizer, acrescentando: “Vai ser um jogo difícil, mas nós temos consciência que temos de dar tudo. Queremos ganhar pontos e conquistar o primeiro lugar”.

Sobre o jogo da jornada anterior, no qual o Sporting CP venceu o SC Braga, com um dos golos a ser apontado por Andreia Bravo, a centrocampista ressalvou o mais importante: a conquista dos três pontos. “Marcar é sempre bom, mas acima de tudo é a vitória da equipa. É bom a nível individual, mas o que conta é a equipa”, reforçou.

Jogadora vai na quarta temporada no Sporting CP

O Sporting Clube de Portugal assinou contrato de formação com Bianca Oliveira, futebolista de 17 anos da equipa feminina sub-19.

Nas primeiras palavras depois da assinatura do vínculo, a avançada garantiu tratar-se de um momento "incrível". "É um sentimento inacreditável. Queria mesmo muito [assinar este contrato] e é algo muito bom. Fico muito grata ao Sporting CP por me dar esta oportunidade", disse aos meios de comunicação do Clube.

A vestir de verde e branco desde 2020/2021, Bianca Oliveira explicou que "a adaptação foi fácil", uma vez que recebeu ajuda de todos os lados: "Tanto a equipa técnica como a coordenação e ainda as minhas colegas ajudaram-me imenso e senti-me integrada logo quando cheguei".

A jovem Leoa contou ainda aquilo que entende ser Sporting CP: "Para mim, ser Sporting CP é representar um clube gigante, tentar ser melhor e dar o meu melhor todos os dias, ser resiliente, ser corajosa, ser forte e ter inteligência".

Tendo como principal objectivo "melhorar a cada dia e ser melhor jogadora e pessoa", Bianca Oliveira quer repetir o feito do ano passado e conquistar a Liga feminina sub-19 e ainda, no futuro, "chegar à equipa principal". É precisamente lá que tem a sua maior referência.

"A jogadora que sigo com mais atenção é a Ana Capeta. Joga na minha posição, marca muitos golos e admiro-a muito, tanto no Sporting CP como na Selecção Nacional", referiu, antes de se dar a conhecer como jogadora.

"Onde sou melhor é na resistência. Sou muito raçuda e agressiva, sou rápida e gosto de marcar golos", assegurou, deixando uma última mensagem aos Sportinguistas: "Prometo dar o meu melhor e progredir todos os dias".

Declarações depois do triunfo sobre o SC Braga

No final da vitória da equipa principal feminina sobre o SC Braga por 3-1, Mariana Cabral mostrou-se muito satisfeita na análise ao desafio.

“Tivemos uma atitude excepcional. Não é fácil entrar e começar logo a perder. Foi muito importante ter a capacidade emocional de entender que ainda faltava muito tempo para poder estabilizar o nosso jogo. Fizemos isso e começámos a ficar por cima do jogo logo na primeira parte, criámos oportunidades, conseguimos o empate e podíamos ter virado o resultado, o que fizemos na segunda parte e de forma completamente justa. A forma como a equipa esteve hoje em campo foi muito boa, muito ligada entre si e com uma atitude excepcional”, começou por dizer aos meios de comunicação Leoninos.

A treinadora falou também do momento do emblema de Alvalade, explicando que, “neste momento, é importante ganhar todos os jogos”.

“Não nos importa ganhar ao SC Braga se, na próxima semana, não ganharmos ao SCU Torreense. Temos tido alguns jogos em que não conseguimos ser estáveis emocionalmente para conseguir jogar o nosso jogo. Temos de ter isso daqui para a frente, seja contra quem for e independentemente das contrariedades. Hoje, a equipa esteve muito forte e muito ligada e é isso que tem de estar na nossa mente para o futuro. É assim que vamos continuar a crescer e ganhar”, afirmou.

Por fim, Mariana Cabral comentou o facto de Ana Capeta ter chegado aos 150 jogos pelo Sporting CP: “É uma jogadora excepcional que trabalha sempre a 100%, todos os dias, em tudo o que faz. Tem uma alma gigantesca e traz isso para a equipa. Por vezes falta um pouco de estabilidade emocional, tal como à equipa, mas hoje teve-a e tem tido muito mais. É isso que tem feito dela um exemplo para as jogadoras do Sporting CP, para os adeptos e, principalmente, para as mais jovens da formação”.

Foi precisamente Ana Capeta, que marcou um golo, quem também esteve na zona de entrevistas rápidas para comentar o triunfo.

“Sabíamos que ia ser um jogo importante em que os três pontos iam solidificar o nosso segundo lugar. Os dois primeiros lugares dão acesso à UEFA Women's Champions League e é lá que queremos estar”, disse.

A avançada internacional portuguesa falou ainda sobre os 150 jogos de Leão ao peito: “Para mim, uma das palavras que melhor define estes 150 jogos é paixão, paixão por este clube. Quero somar mais 150”.

Leoas superam SC Braga por 3-1

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, este domingo, o SC Braga por 3-1 na 15.ª jornada da Liga. Depois de estar a perder, o conjunto de Mariana Cabral conseguiu dar a volta e somar mais três pontos no campeonato.

Antes do apito inicial, o emblema de Alvalade homenageou Filipa Mandeiro, antiga futebolista Leonina que faleceu, entregando à família uma camisola com o seu nome pelas mãos de Rita Fontemanha (que esteve no banco e utilizou o nome de Filipa Mandeiro nas costas) e de Margarida Batlle Y Font, coordenadora-geral do futebol feminino. Cumpriu-se ainda um minuto de silêncio em sua homenagem, sendo que todas as atletas do Sporting CP jogaram com uma braçadeira preta.

O encontro não podia ter começado pior para as Leoas, uma vez que o SC Braga marcou logo aos três minutos quando Caroline Kehrer facturou de cabeça na sequência de um pontapé de canto.

A correr atrás do prejuízo desde bem cedo, o Sporting CP começou a subir no terreno e, cada vez mais, a encostar as minhotas às cordas. Logo aos cinco minutos, Patrícia Morais, que teve muito trabalho, agarrou uma bola rematada por Jacynta Gala.

Aos 20 minutos, o empate: grande jogada colectiva com Ana Capeta a tabelar na perfeição com Cláudia Neto antes de servir Joana Martins, que, perto da marca de pontapé de penálti, rematou com força e colocação para o fundo das redes.

A partir daí, só deu Sporting CP. Cláudia Neto atirou por cima, Ana Capeta - servida na perfeição por Andrea Norheim - também falhou o alvo por pouco e, a seguir, voltou a testar Patrícia Morais.

A guardiã do SC Braga salvou novamente a sua equipa aos 42 minutos, quando negou o tento a Brittany Raphino, que estava isolada. Em cima do intervalo, foi a vez de Jacynta Gala, com um remate cruzado, ficar a centímetros da baliza. No descanso, 1-1 no marcador.

Com Brenda Pérez no lugar de Fátima Pinto para o segundo tempo, o Sporting CP ameaçou logo no primeiro minuto, quando Ana Capeta cabeceou para mais uma defesa de Patrícia Morais. No entanto, o número de oportunidades e a intensidade baixaram.

Tudo mudou quando, aos 66 minutos, Tânia Rodrigues viu o cartão vermelho directo depois de uma entrada muito dura sobre Cláudia Neto, deixando o SC Braga reduzido a dez jogadoras. Na conversão do livre correspondente, e já com Maísa Correia no lugar de Jacynta Gala, Ana Capeta atirou por cima.

O domínio verde e branco acentuou-se com a superioridade numérica e, nesse sentido, foi com naturalidade que, aos 70 minutos aconteceu o 2-1. Num pontapé de baliza do SC Braga, Maísa Correia cabeceou de primeira e a bola foi ter com Ana Capeta, que surgiu isolada e, com um forte remate, não deu hipóteses a Patrícia Morais e levantou o Estádio Aurélio Pereira.

A vantagem podia ter sido aumentada logo a seguir (e já depois do bis de Ana Capeta ter sido anulado por fora-de-jogo), quando Maísa Correia, com um grande passe, desmarcou Brittany Raphino, mas Patrícia Morais voltou a responder bem. Pouco depois, Cláudia Neto deu lugar a Diana Silva.

O 3-1 chegou mesmo, mas aos 80 minutos. No seguimento de uma grande jogada de Maísa Correia e Diana Silva, Andreia Bravo rematou contra uma defesa, mas não desiludiu na recarga e confirmou o importante triunfo.

Até ao final, destaque para as entradas de Rita Almeida e Alícia Correia para as saídas de Brittany Raphino e Ana Capeta e para a tentativa de Diana Silva negada por Patrícia Morais, com o jogo a prosseguir tranquilamente até ao final.

Na próxima jornada, o Sporting CP visita o SCU Torreense.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C], Andrea Norheim, Fátima Dutra, Andreia Bravo, Fátima Pinto (Brenda Pérez, 46’), Joana Martins, Cláudia Neto (Diana Silva, 78’), Ana Capeta (Alícia Correia, 88’), Jacynta Gala (Maísa Correia, 67’) e Brittany Raphino (Rita Almeida, 88’).