Triunfo do Sporting CP por 3-0 frente ao Belenenses, num jogo muito bem disputado de parte a parte
Que o Belenenses possui uma das boas escolas de formação do País não é novidade. Que o Sporting CP está no topo desse particular também não. Posto isto, um dérbi lisboeta entre os dois conjuntos, no escalão de juvenis, só poderia resultar em jogo 'de gente crescida', independentemente da idade dos principais intervenientes. O triunfo dos bi-campeões nacionais, por 3-0, engana a história da segunda jornada do campeonato (2.ª fase), mas faz jus à superior qualidade individual dos leões no momento que mais interessa: o da finalização.
Era importante responder à entrada 'em falso' na 2.ª fase da competição (derrota por 1-0 frente ao Benfica, no Seixal), até para regularizar os índices de confiança dos orientados de João Couto. Do outro lado, esteve uma equipa que vinha de uma vitória em casa (1-0 sobre o Sintrense) e com os mesmos objectivos do que o Sporting CP na prova, ou seja, sagrar-se campeã nacional. Mais do que na teoria, o Belenenses mostrou-o em campo, pois contam-se pelos dedos de uma mão as formações que vão ao Estádio Aurélio Pereira jogar com as linhas subidas.
A partida iniciou com muita luta a meio-campo, sendo que os 'azuis' do Restelo conseguiram ter a bola mais tempo em seu poder, ainda que sem criar situações de perigo junto da baliza de Hugo Cunha - as duas formações posicionavam-se muito bem no momento defensivo, dificultando ao máximo a acção dos extremos criativos. O equilíbrio era tal que, na primeira vez em que o Sporting CP conseguiu desorganizar as 'peças do tabuleiro', chegou à vantagem no marcador - o passe de ruptura de Gonçalo Inácio, da esquerda para a direita, desposicionou os contrários, deixando Bruno Tavares solto na quina direita da área. Com um remate em arco, de belo efeito, o número 7 fez o 1-0. Destaque para o toque de Gonçalo Batalha antes de a bola ter chegado ao extremo leonino.
Até ao intervalo, as equipas mantiveram-se tacticamente encaixadas, registando-se um bom remate de Diogo Costa para defesa aplicada do guardião verde e branco (31') e um passe extraordinário de Bruno Tavares, que merecia outra finalização do avançado Bruno Santos, isolado na cara de Tomás Carvalho (35').
Os restantes golos ficaram guardados para a etapa complementar, novamente marcada por um arranque forte do Belenenses, sempre mais agressivo no ataque às segundas bolas e pressionante no centro do terreno. Os leões chegaram ao 2-0, por intermédio de Hevertton Santos (61'), no melhor período do adversário. O lateral leonino apareceu ao primeiro poste num pontapé de canto cobrado por Gonçalo Batalha do lado esquerdo.
A partir daí, o conjunto da casa conseguiu controlar melhor a zona central, muito por culpa da excelente exibição de Rodrigo Fernandes, inteligente a perceber os vários ritmos que tinha de dar ao encontro. Correspondendo às substituições de João Couto, que só fez entrar jogadores de ataque, o Sporting CP chegou ao terceiro, em novo momento de inspiração de Bruno Tavares. Conduziu a transição rápida pelo lado esquerdo, deixando milimetricamente para a cabeça de Jorge Ferreira (80'), com tempo e espaço para visar as redes - ele que tinha entrado para o lugar de Bruno Santos.
Esta vitória permite aos leões ascenderem ao segundo lugar da tabela classificativa, somente atrás do Sacavenense, único emblema que soma por triunfos os dois desafios disputados. Na próxima ronda, há visita a Leiria (10 de Dezembro às 11h00).
Resultados da segunda jornada:
Real-Benfica, 2-1
SPORTING CP-Belenenses, 3-0
Sintrense-U. Leiria, 1-0
Sacavenense-Estoril, 1-0