Domínio total na recepção ao Dom Fuas AC (42-23)

De regresso ao Campeonato Nacional, a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu o Dom Fuas AC por claros 42-23, esta sexta-feira à noite, na partida que inaugurou a décima jornada da primeira fase do Campeonato Nacional.

E dez é também o número de vitórias dos Leões de Ricardo Costa, que continuam a contar as jornadas por triunfos, desta feita graças a um jogo de sentido único no Pavilhão João Rocha que funcionou como remédio caseiro na ‘ressaca’ da derrota em Bucareste (33-29) – a primeira na EHF Champions League.

Depois de dominar do início ao fim um dos emblemas recém-promovidos ao principal escalão, o Sporting CP alargou o pleno de vitórias (dez) e de pontos (30) para continuar na liderança, agora com mais três pontos que o FC Porto – adversário Leonino na próxima jornada -, que neste fim-de-semana visita o CS Marítimo.

Rafael Vasconcelos, de apenas 17 anos, e Kiko Costa foram os melhores marcadores Leoninos na partida com seis golos cada.

O Dom Fuas AC, assente no décimo lugar (de 12) e vindo da sua primeira vitória no campeonato - na jornada anterior com o também ascendido SC Horta (41-27) -, até inaugurou o marcador no Pavilhão João Rocha, mas cumpridos os primeiros cinco minutos já os Leões se fizeram com a vantagem - e nunca mais a perderam. Martim Costa, Diogo Branquinho e Kiko Costa construíram o 5-2.

A partir daqui, o jogo rápido, objectivo e eficaz da equipa Ricardo Costa – hoje sem João Gomes e Pedro Martínez - elevou o ritmo e começou a marcar de maneira acentuada as diferenças em campo e no marcador. Com Mohamed Ali – titular - a brilhar entre os postes e muito espectáculo ofensivo - ‘mísseis’ dos irmãos Costa, William Höghielm a mostrar-se por dentro e Branquinho muito certeiro na ponta esquerda -, o Sporting CP disparou do 5-4 até um expressivo 17-4 sem qualquer resposta do conjunto da Nazaré, que somou mais de dez minutos sem marcar.

Aproveitando a prematura mas já sólida vantagem, a formação verde e branca rodou de forma constante as suas peças, contando desde logo com a participação dos jovens Maiko Vázquez (21 anos) e Rafael Vasconcelos (17), com este último a deixar a sua marca de imediato com belos detalhes no ataque que arrancaram aplausos das bancadas.

A superioridade dos Leões, que não tiraram o pé do acelerador, foi a tendência constante até ao intervalo, tal como o 24-10 que fechou os primeiros 30 minutos ilustrava. Estava muito bem encaminhado o décimo triunfo seguido no campeonato. Por esta altura, Kiko e Branquinho, cada um com quatro golos, destacavam-se na lista de marcadores, embora a grande maioria dos jogadores Leoninos já tivesse ‘facturado’.

A segunda parte começaria com um parcial de 2-3 (26-13) a favor dos visitantes, mas rapidamente o Sporting CP – agora com André Kristensen na baliza - retomou a sua portentosa cadência ofensiva para continuar a dilatar a sua liderança (32-14). Nesta fase, também o jovem Maiko Vázquez se mostrou no ataque.

Já sem história quanto à discussão da vitória, os actuais Campeões Nacionais mantiveram o ritmo alto e, através de golos sucessivos face ao 7v6 tentado pelo adversário, chegaram aos 38-18 e ainda ultrapassaram rapidamente a barreira dos 20 golos de diferença. Com seriedade até ao fim, o indiscutível triunfo verde e branco teve como resultado final um expressivo 42-23, reflexo fiel do domínio total exercido e fechado desde a linha de sete metros por Rafael Vasconcelos.

Cumprido com sucesso o regresso ao Pavilhão João Rocha, os Leões de Ricardo Costa voltam a fazer-se à estrada com duas deslocações altamente exigentes pela frente. Primeiro, rumam a França para enfrentar o PSG, esta quarta-feira (19h45), em mais uma jornada europeia, enquanto no fim-de-semana segue-se o clássico com o FC Porto, no Dragão Arena, onde a liderança do campeonato estará em jogo.

Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (1), Kiko Costa (4), Natán Suárez (6), Jan Gurri (3), William Höghielm (2), Salvador Salvador [C] (3), Orri Þorkelsson (2), Mamadou Gassama (3), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (4), Maiko Vázquez (3), Christian Moga, Martim Costa (3), Mohamed Ali [GR], Rafael Vasconcelos (6)

Declarações após a derrota na Roménia

No final do desaire da equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal em casa do CS Dinamo București por 33-29, esta quarta-feira, Ricardo Costa fez a análise ao desafio.

"Nada apontar à equipa, mas a este nível estar fora sete ou oito minutos implica perder a vantagem conquistada e fora de casa é difícil virar o jogo outra vez a nosso favor. O início da segunda parte marca o resultado final. Era importante entrar bem e conseguir que o CS Dinamo București não se sentisse confortável. Não o conseguimos fazer e pagámos por isso", começou por dizer ao Jornal Sporting.

O treinador Leonino lembrou que "o CS Dinamo București é uma grande equipa" que demonstrou a sua qualidade "em sua casa". "Sabíamos que isto podia acontecer, estamos a jogar com os melhores do mundo e temos de voltar mais fortes na próxima oportunidade e aproveitar para ver o que podemos melhorar. Fizemos um jogo digno de uma enorme competição, gostava de ter somado pontos. Devemos dar os parabéns ao CS Dinamo București, hoje foi melhor do que nós", acrescentou.

Por fim, Ricardo Costa apontou o "foco para o Campeonato Nacional e para os três jogos até à paragem" para os compromissos das selecções nacionais.

Leões derrotados em Bucareste

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, esta quarta-feira, em casa do CS Dinamo București por 33-29 na sexta jornada da fase de grupos da EHF Champions League. Foi o primeiro desaire do emblema de Alvalade nesta edição da competição.

Num pavilhão sempre difícil na capital romena, os Campeões Nacionais entraram a defender com André Kristensen, Kiko Costa, Mamadou Gassama, Edy Silva, Salvador Salvador, Jan Gurri e Orri Þorkelsson para uma primeira parte equilibrada.

O CS Dinamo București inaugurou o marcador, Edy Silva empatou com uma bela rotação para finalizar, e André Kristensen foi brilhando cada vez mais entre os postes - chegou ao intervalo com 11 defesas em 24 remates, cerca de 46% de eficácia.

Nas bancadas, Marius Niculae, antigo jogador de futebol do Sporting CP, viu o conjunto de Ricardo Costa aproveitar a boa exibição do seu guarda-redes para chegar à primeira vantagem aos 13 minutos, com um golaço de Jan Gurri. Os empates foram-se sucedendo até aos últimos instantes do primeiro tempo.

Aí, o Sporting CP conseguiu um parcial positivo de 4-0 com três golos de Orri Þorkelsson e virou de 12-11 para 12-15. Os visitados ainda reduziram e foram para o intervalo a perder para os portugueses por 13-15.

Contudo, o CS Dinamo București voltou mais forte do balneário e apontou quatro golos consecutivos, conseguindo virar para 17-15 logo no início do segundo tempo. O Sporting CP respondeu, mas foi cometendo várias falhas técnicas e reduzindo a eficácia no ataque, permitindo ao adversário afastar-se no resultado.

Já com Mohamed Ali na baliza, os romenos - muito ajudados pela fantástica prestação do seu guarda-redes Vladimir Cupara - chegaram aos sete golos de diferença (27-20), fosso que se revelou demasiado grande para o Clube Leonino, que ainda apostou no 7x6 e contou com um Natán Suárez inspirado nos cinco últimos minutos, período em que apontou quatro golos e ajudou a reduzir para os 33-29 finais.

Com seis golos, Orri Þorkelsson foi o melhor marcador do Sporting CP. Do outro lado, e principalmente na segunda parte, Vladimir Cupara foi a figura de maior relevância, defendendo de todos os lados.

Os Leões vão, agora, receber o Dom Fuas AC para o Campeonato Nacional esta sexta-feira, regressando à EHF Champions League na próxima semana com uma visita ao Paris Saint-Germain.

Sporting CP: Edy Silva (1), Pedro Portela (1), Kiko Costa (1), Natán Suárez (4), Jan Gurri (3), Pedro Martínez (1), William Höghielm (1), Salvador Salvador [C] (1), Orri Þorkelsson (6), Mamadou Gassama (4), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (2), Christian Moga, Martim Costa (4), Mohamed Ali [GR] e Rafael Vasconcelos.

​Andebol visita o CS Dinamo București esta quarta-feira

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal desloca-se à Roménia, esta quarta-feira (17h45, hora de Portugal continental e Madeira), para defrontar o CS Dinamo București em jogo da sexta jornada do grupo A da EHF Champions League.

A realizar uma excelente campanha europeia, os Leões lideram o grupo de forma destacada com nove pontos, resultado de quatro vitórias e um empate, mas o técnico Ricardo Costa alerta para as dificuldades que a equipa poderá encontrar diante da formação de Bucareste, que é o actual quinto classificado da tabela.

“Não havendo deslocações fáceis na Champions, esta à Roménia é muito difícil. Vamos encontrar um ambiente complicado e o CS Dinamo București – que tem um novo treinador com ideias diferentes - está a jogar muito bem. Vai ser certamente um jogo complicado”, garantiu o técnico aos meios de comunicação do Clube, antes de analisar mais ao detalhe o adversário, que é o líder invicto da liga romena..

“O CS Dinamo București mudou bastante a equipa desde a época passada, embora se mantenham dois ou três jogadores. Saíram e entraram muitos jogadores de características completamente diferentes. Tem vindo a fazer uma boa Liga dos Campeões e certamente será um jogo muito difícil, com uma defesa bastante agressiva e o Haukur Thrastarson no ataque, que é um central muito rematador”.

Ricardo Costa sublinhou que a equipa vai procurar “continuar a fazer o seu caminho” na competição, apesar de saber da “dificuldade que é jogar fora”.

“Vamos jogar olhos nos olhos e tentar fazer um jogo positivo. Conquistar dois pontos seria fantástico”, afirmou, realçando que “a parte mental é importante” e que o plantel não pode relaxar à boleia dos excelentes resultados que tem alcançado na competição, pelo que deverá entrar em campo com a atitude certa.

“Temos de manter os pés no chão e saber que só seremos competitivos se formos humildes e defrontarmos cada adversário de forma séria. Não podemos achar que está tudo feito. Vamos passar por maus momentos, mas tenho a certeza de que a equipa está preparada para competir e para seguir o seu caminho de crescimento”.

​Reacção do técnico ao triunfo em casa do CS Marítimo

Confirmada a vitória em casa do CS Marítimo (23-31), na nona jornada da fase regular do Campeonato Nacional de andebol, o treinador Ricardo Costa lamentou a postura do adversário, que jogou sempre de forma muito lenta e apostou constantemente no 7x6, mostrando-se ainda assim satisfeito com os três pontos.

“O jogo ficou marcado pelo ritmo que o CS Marítimo quis impor. Quis jogar demasiado pausado, com ataques muito longos, por isso era difícil marcarmos mais de 30 golos. Fico com a sensação de que o CS Marítimo quis perder por poucos. Ao atacar 7x6 durante os 60 minutos, fez com que o jogo fosse aborrecido, chato e lento”, lamentou o técnico aos meios de comunicação do Clube Leonino.

“Ainda assim, vínhamos preparados para isso e queríamos jogar mais rápido, mas o mais importante eram os três pontos e que ninguém se lesionasse. Para mim não era obrigatório jogarmos bem, depois da quantidade de minutos que temos acumulado nas pernas e de tantas viagens o mais importante eram os três pontos”.

O técnico deixou ainda alguns reparos à sua equipa. “Na primeira parte podíamos ter aproveitado se calhar uma ou outra situação de finalização e a baliza vazia, pois falhámos alguns remates, mas não esperava um jogo muito diferente do que se viu”, admitiu, elogiando a atitude dos seus jogadores, que respeitaram sempre o opositor. “Sabemos que cada jogo tem a sua história e cada adversário tem as suas armas. A arma do CS Marítimo é esta e sabemos que temos de sofrer para ganhar”.

​Andebol triunfa em casa do CS Marítimo e continua 100% vitorioso no campeonato

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal continua imparável no Campeonato Nacional. Este domingo, os Leões foram à Madeira derrotar o CS Marítimo por 23-31, na ronda nove da fase regular da competição, mantendo assim o pleno de vitórias e a liderança da tabela em igualdade pontual com o FC Porto.

Após mais uma noite europeia memorável, com um triunfo sobre o Füchse Berlin, os Campeões Nacionais não tiveram problemas em mudar o ‘chip’ para as provas internas e, apesar de os madeirenses – que vinham de cinco triunfos seguidos - terem vendido cara a derrota -, acabou mesmo por imperar a lei do mais forte.

Numa primeira parte de grande equilíbrio, o Sporting CP arrancou a todo o gás e colocou-se a vencer por 0-3, mas a resposta insular foi imediata. O CS Marítimo - quinto classificado e a atravessar um bom momento - reagiu e empatou 4-4, dificultando bastante a vida aos Leões com a ajuda das defesas de Diogo Valério.

A partir daí, viu-se um jogo muito disputado, com o Sporting CP a conseguir apenas vantagens curtas. Apesar da boa réplica da equipa da casa - que apostou sempre no 7x6 e pausou muito a partida -, já na recta final do primeiro tempo a turma de Alvalade logrou voltar a distanciar-se e foi para o tempo de descanso a liderar o placard por 12-15.

No regresso dos balneários, a história foi diferente. Apesar de os maritimistas terem feito tudo para se manterem na discussão do resultado, lutando por cada bola até à última, os Leões foram conseguindo distanciar-se no marcador aos poucos, o que lhes permitiu ganhar uma vantagem significativa e gerir o jogo de outra forma.

No final, a diferença de oito golos (23-31) pode até enganar quem não assistiu ao jogo, pois o Sporting CP teve de se aplicar, mas o triunfo foi inquestionável e assentou bem à melhor equipa.

Nota de destaque para Kiko Costa (7 golos) e para Salvador Salvador (6), que estiveram em bom plano e foram os melhores marcadores do conjunto de Alvalade.

Os Leões voltam a jogar na quarta-feira, dia 23, com os romenos do CS Dinamo București, em partida da sexta ronda da fase de grupos da EHF Champions League.

Sporting CP: Edy Silva (1), Pedro Portela, Kiko Costa (7), Natán Suárez, Jan Gurri (3), Pedro Martínez, William Höghielm (3), Salvador Salvador [C] (6), Orri Þorkelsson (4), Mamadou Gassama (3), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (1), Christian Moga, Martim Costa (2), Mohamed Ali [GR] e Rafael Vasconcelos (1).

Treinador enalteceu trajecto Leonino nesta EHF Champions League

Após mais uma grande vitória europeia no Pavilhão João Rocha, Ricardo Costa, treinador dos Leões do andebol, compareceu em conferência de imprensa para analisar a partida frente aos alemães do Füchse Berlin (35-33).

"Foi realmente um jogo muito difícil para as duas equipas. Julgo que podia ter caído para qualquer um dos lados", começou por dizer, passando a traçar a mentalidade que tem guiado a sua equipa, que continua a liderar de forma isolada o grupo A da EHF Champions League.

"A nossa equipa é muito ambiciosa e a nossa ideia na Liga dos Campeões não era só jogar, mas competir e lutar cada jogo pela vitória. Temo-lo feito de uma forma brilhante e este trajecto tem muito que ver com a nossa forma humilde de estar em campo, respeitando cada adversário e tendo a audácia necessária para ganhar qualquer jogo", considerou Ricardo Costa, lembrando ainda o papel do Pavilhão João Rocha nesta caminhada – três jogos em casa e outras tantas vitórias até agora no palco europeu.

"Se calhar, se fizéssemos o jogo que fizemos hoje mas em Berlim, provavelmente não ganhávamos, porque o peso dos adeptos é muito grande para nós", realçou.

De seguida, questionado sobre a ausência de Mathias Gidsel, melhor marcador da formação germânica, Ricardo Costa relativizou, embora tenha sublinhado que gosta “de jogar contra os melhores”.

"Se não fizemos um jogo tão bom não foi por ele não jogar. Estávamos a contar com ele na preparação e nas últimas duas vezes ele jogou e nós tivemos sucesso", referiu, acrescentando ainda que "esse papel foi tomado pelo Nils Lichtlein e pelo Lasse Andersson, que fez um grande jogo".

Agora, com nove pontos somados em cinco jornadas, “falta continuar”, declarou de forma sintética o treinador dos Leões, que quer a equipa “de pés assentes no chão”, mas disposta a continuar a sonhar.

"Temos feito muito pelo andebol português. Somos um conjunto de pessoas sonhadores e acreditamos, um dia, em poder estar numa final-four da EHF Champions League. Não estou a colocar a exigência lá em cima, é o que nos sentimos e queremos, sabendo que é tremendamente difícil. Só existe um caminho para que sejamos recordados como uma grande equipa: continuando a vencer e a conquistar títulos para o Sporting CP e a forma apaixonada como os jogadores estão em campo contagia os adeptos", salientou o técnico verde e branco, sem mãos a medir nos elogios pelo que a sua equipa está a construir na modalidade.

"Somos uma equipa de topo mundial, com grandes jogadores, um público conhecedor e que está apaixonado por esta equipa e a mistura disto tudo é explosiva. Temos de continuar assim", concluiu Ricardo Costa.

Sobrevivência em final de nervos valeu para superar o Füchse Berlin (35-33)

Os Leões de Ricardo Costa voltaram a fazê-lo: transformaram mais um enorme desafio numa nova noite europeia no Pavilhão João Rocha para emoldurar. Ainda invicta na Europa, a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu os alemães do Füchse Berlin por 35-33, esta quinta-feira à noite, no emocionante embate da quinta jornada do grupo A da EHF Champions League.

Foi até ao fim frente ao actual líder do campeonato germânico, mas a formação verde e branca sobreviveu a uns derradeiros minutos de ‘cortar a respiração’ e, de forma abnegada, fez valer as melhorias conseguidas a meio da segunda parte, com Martim Costa e Orri Þorkelsson - ambos com oito golos - e o importante contributo de André Kristensen na baliza em destaque.

Entre constantes reviravoltas no marcador, o Sporting CP de Ricardo Costa saiu do Pavilhão João Rocha com a liderança isolada do grupo intacta (nove ponto) e obrigou o Füchse Berlin, que só tinha perdido com o Veszprém HC (31-32), a voltar a ‘escorregar’ – algo que os Leões já tinham feito por duas vezes na época passada (31-32 e 32-28), então na EHF European League.

E três, agora, é também o número de vitórias Leoninas nos três jogos de EHF Champions League feitos em casa, onde o Sporting CP só sabe ganhar a nível europeu desde Abril de 2023. Para continuar a fazer jus aos números, Pavilhão João Rocha voltou a contar com um ambiente fervilhante que serviu de fortaleza - inexpugnável, mais uma vez.

Sem o lesionado João Gomes nas opções, onde surgiu, por seu turno, o jovem Rafael Vasconcelos (17 anos), Ricardo Costa apostou de início em André Kristensen, Pedro Portela, Kiko Costa, Jan Gurri, Edy Silva, Martim Costa e Orri Þorkelsson para enfrentar um Füchse Berlin de Jaron Siewert que em 2024/2025, tal como o Sporting CP, venceu a Supertaça do seu país e lidera o respectivo campeonato. Do lado alemão, o lateral Mathias Gidsel, melhor marcador do Füchse Berlin, foi a grande ausência.

Foi por cima no marcador e a dar espectáculo ofensivo que os Leões entraram em cena, chegando ao 3-1 com Gurri a rodar no ar e, depois de uma defesa de Kristensen que negou o empate aos alemães, o central espanhol voltou a lançar a ‘fuga’ verde e branca (5-2). No entanto, antes dos dez minutos, com velocidade e simplicidade de processos, o Füchse Berlin voltou a ‘embrulhar’ o jogo e o resultado, que passou a toda a velocidade para um 5-6 e, logo a seguir, 7-6 para se manter muito equilibrado.

Já aos 15 minutos, o pivô Mijajlo Marsenic recebeu ordem de expulsão devido a um toque grosseiro na cara de Kiko Costa, porém a formação da capital da Alemanha não sentiu o golpe, encontrava sempre soluções para finalizar e, à base de vantagens mínimas, foi obrigando os Leões a irem em busca do empate constantemente (12-12).

Sob um apoio vindo das bancadas em crescendo, o Sporting CP respondeu com velocidade e potência no ataque e, aos 25 minutos, voltou a assumir a liderança do marcador graças a um golo do capitão Salvador (16-15). Além disso, na recta final do primeiro tempo, nem as exclusões de Kiko Costa e Þorkelsson travaram o ímpeto verde e branco.

Após um ataque falhado – bola no ferro - do Füchse Berlin, os Leões lançaram-se ao ataque com tudo: Martim Costa recolocou os dois golos de vantagem no marcador, o conjunto germânico, a muito custo, ainda respondeu, mas já em cima da buzina uma tentativa de longe de Salvador Salvador teve final feliz, ateou-se a festa no Pavilhão João Rocha e o Sporting CP foi a vencer por 21-19 para o intervalo.

Terminados uns primeiros 30 minutos em que os ataques levaram claramente a melhor sobre as defesas e guarda-redes (apenas quatro defesas somadas entre todos os guardiões), como ilustravam os números, Martim Costa (cinco golos) e Þorkelsson (quatro) eram os melhores marcadores Leoninos, enquanto os visitantes se escudaram na eficácia de Lasse Andersson e Nils Lichtlein, ambos com quatro golos - ambos acabaram o jogo com sete, tal como Jerry Tollbring.

Com o reatamento da partida veio, contudo, uma revigorada equipa de Berlim pronta para ‘amarrar’ o jogo ao equilíbrio quase total da etapa anterior e ir mais além. Aproveitando a entrada errática do Sporting CP ofensivamente, com muitas perdas sem finalização, o Füchse Berlin não só empatou como voltou a assumir rapidamente a frente do resultado, conseguindo alargá-lo ainda para 23-25 antes dos 37 minutos.

Pedia-se uma nova reacção verde e branca e surgiu após o desconto de tempo pedido pelo técnico Sportinguista. Mais um golo de Þorkelsson - sempre fiável - e o aparecimento de Kristensen entre os postes ligaram de novo a equipa e as bancadas ‘à corrente’ e foi, precisamente, o ponta islandês o responsável por mais uma cambalhota no marcador, alcançada desde a linha de sete metros (26-25).

E, com ela, seguiu-se a melhor fase dos Leões de Ricardo Costa. Electrizantes e sustentados por uma defesa e guarda-redes – em evidência -, Kiko Costa, Mamadou Gassama e Salvador deram ‘asas’ ao Sporting CP – como nunca até então - para colocar o líder da liga alemã – sem resposta - à distância de quatro golos (30-26).

Ainda assim, tudo estava longe de estar decidido. O incessante Füchse Berlin reduziu até chegar ao 32-32 a quatro minutos do fim e reservou um final de nervos e tremenda luta para decidir este duelo. Um ‘chapéu’ de luxo de Gassama e um golo em esforço de Martim Costa aferraram os Leões à liderança e o poste ainda deu uma ajuda na resposta tentada pelos alemães, mas tudo se resumiria a um último ataque visitante, fruto do jogo passivo verde e branco. Contudo, quando Nils Lichtlein se preparava para atacar, escorregou e Martim Costa esgueirou-se para a baliza adversária e confirmar, com o 35-33 e o Pavilhão João Rocha em ebulição, mais um triunfo europeu em casa – e a invencibilidade continua.

O regresso - em grande - à principal prova continental de clubes da modalidade continua a fazer sonhar e o Sporting CP mantém-se invicto, líder isolado e vai ‘agigantando’ a sua muralha na casa das modalidades. Após um amargo empate na Macedónia do Norte (24-24) cedido no fim, desta vez a sorte inverteu-se e recolocou a equipa verde e branca no caminho das vitórias.

O ritmo de jogos não pára e seguem-se duas deslocações para os Leões de Ricardo Costa, primeiro em casa do SC Marítimo (dia 20) para o campeonato e, depois, mais uma jornada europeia, desta feita na Roménia (dia 23) perante o CS Dinamo București.

Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (1), Kiko Costa (4), Natán Suárez (1), Jan Gurri (4), Pedro Martínez, William Höghielm (1), Salvador Salvador [C] (4), Orri Þorkelsson (8), Mamadou Gassama (2), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, Christian Moga, Martim Costa (8), Mohamed Ali [GR], Rafael Vasconcelos

Sporting CP enfrenta Füchse Berlin na quinta-feira (19h45)

De regresso ao palco europeu, a equipa do Sporting Clube de Portugal recebe, esta quinta-feira (19h45), o poderoso Füchse Berlin no jogo da quinta jornada da EHF Champions League e a liderança do grupo A vai estar em jogo.

Ainda invictos – os únicos no grupo –, os Leões de Ricardo Costa lideram de forma isolada com sete pontos, enquanto o conjunto alemão é terceiro com seis pontos - perdeu na primeira jornada na recepção ao Veszprém HC (31-32).

O capitão Salvador Salvador foi o porta-voz do grupo na ‘antecâmara’ de mais um duelo europeu e garantiu que a equipa “está bem e confiante” depois de ter encadeado a oitava vitória em oito jogos para o campeonato. Agora, a nível europeu, a intenção verde e branca passa por “vencer” e “rectificar os erros cometidos” na jornada anterior na Macedónia do Norte (24-24 HC Eurofarm Pelister).

"Temos de voltar a ser eficientes no ataque e manter as coisas a nível defensivo. O importante é manter a intensidade, ter a ambição lá em cima e a mentalidade certa", sublinhou, já com os olhos postos no Füchse Berlin.

"Estamos a jogar a melhor competição de clubes do mundo e queremos olhar o Füchse Berlin nos olhos. Estamos a crescer ao longo da época e a jogar em casa somos muito fortes. Vamos jogar para ganhar", apontou Salvador Salvador, sem esquecer as épicas vitórias sobre a mesma equipa germânica, tanto fora (31-32) como em casa (32-28), na época passada, então a contar para a EHF European League.

"Depois não chegámos a atingir a final-four e a única coisa que ganhámos foi o respeito neste patamar. De certeza que agora vão encarar o jogo de forma diferente", atirou o lateral internacional A português, que traçou de seguida o perfil do actual líder do campeonato alemão.

"Não mudaram muito a equipa, mantiveram praticamente os mesmos jogadores. Têm uma grande equipa, jogam no melhor campeonato do mundo e também estão confiantes. Vai ser um excelente jogo e esperemos que caia para o nosso lado", atentou o capitão dos Leões.

Para isso, Salvador destacou “entrar forte” como um dos preceitos a cumprir pelos comandados de Ricardo Costa, mas entregou aos Sportinguistas também têm um papel importante: "Ter um bom ambiente no Pavilhão João Rocha também ajuda".

"Se pudermos contar com esse tipo de ambientes outra vez, vamos estar sempre mais perto de ganhar. Assim, qualquer equipa que venha aqui jogar vai sentir mais dificuldades e maior pressão", referiu, acrescentando: "Estamos a colher os frutos do trabalho que esta equipa tem desenvolvido e não queremos parar por aqui".

Balanço do triunfo frente ao Póvoa AC por 38-25

No final da partida, o treinador da equipa de andebol do Sporting CP, Ricardo Costa, fez a análise ao triunfo dos campeões nacionais por 38-25 frente ao Póvoa AC, na 8.ª jornada do Campeonato, aos meios de comunicação do Clube.

“Foi um jogo dominado por nós, fizemos uma primeira parte muito boa, com um ritmo muito alto, com várias situações de um contra um frente ao guarda-redes contrário. Defendemos muito bem o 5x1 na primeira parte e na segunda parte já não correu tão bem, se calhar um pouco desconcentrados pelo avolumar do resultado. Após a primeira parte e a ganhar por 13 golos, se calhar relaxámos um pouco. Mas foi um bom jogo da nossa parte, conseguimos rodar toda a gente, dar minutos e todos cumpriram o seu papel, e agora é descansar amanhã e preparar aquilo que é mais um ciclo de EHF Liga dos Campeões e de Campeonato Nacional”.

O técnico falou ainda da importância de gerir fisicamente o esforço do plantel, promovendo a rotação da equipa com tempo de jogo a todos os atletas, mas também algumas experiências tácticas.

“Tínhamos pensadas várias coisas para este jogo, desde a situação de defesa 5x1, trabalhar cm três destros no nosso ataque de seis contra seis, trabalharmos com dois canhotos na situação de ataque posicional, com o Kiko [Francisco Costa] e o Rafinha [Rafael Vasconcelos] e julgo que todas essas situações de jogo nos correram bem, com um ou outro erro que também é bom para podermos corrigir. Mas acima de tudo contentes por aquilo que foi o global do jogo, porventura na segunda parte não tão bem quanto na primeira, mas muito contentes por aquilo que fizemos”.      

Orri Þorkelsson, ponta esquerdo islandês da equipa de andebol do Sporting CP, também fez a análise ao jogo em declarações aos meios de comunicação do Clube. 

“Fizemos bem o nosso papel, marcámos muitos golos rápidos e tivemos um bom equilíbrio entre boa defesa e bom ataque e assim assegurámos a vitória”, explicando de seguida o segredo para oito vitórias em oito jogos no Campeonato: “Manter o momento e pensar num jogo de cada vez. Pensámos neste, e pensamos a seguir no jogo frente ao Fuchse Berlin, em que vamos novamente dar o nosso melhor, perante um Pavilhão João Rocha cheio”.