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Hóquei em Patins

Chave? O inferno de Alvalade

Por sporting
23 Abr, 2015

Vitória na Taça das Taças de 1985 frente ao Walsum

Um mês e meio. Mais concretamente, 49 dias: foi este o tempo que o Sporting necessitou para vencer a Taça das Taças de hóquei em patins de 1985, segunda na história do Clube, com o primeiro jogo a 11 de Maio e o último a 29 de Junho. Logo nos quartos-de-final, os ‘leões’ encontraram o ‘brinde’ da campanha: o frágil conjunto francês do La Vendeene, goleado em casa (21-6) e em Alvalade (19-3). Nas meias-finais, e como já é habitual, a formação ‘verde e branca’ cruzou com uma equipa espanhola, neste caso o Liceo. Do mal o menos, porque ainda havia o Reus na competição. Ainda assim, os três golos de vantagem conseguidos em Alvalade (8-5) não faziam antever uma tarefa fácil, apesar de a eliminatória estar sempre controlada na Corunha (terminou com uma derrota por 4-3). Na final, ao contrário do expectável, surgiu o Walsum da Alemanha, que conseguiu bater o pé ao favorito Reus. E a missão não foi nada fácil: após o empate a uma bola em terras germânicas, os ‘leões’ venceram no inferno de Alvalade por 8-4, apesar da boa resistência. Mais uma festa rija para comemorar o quarto título europeu do Sporting em hóquei em patins. Luís Barata, técnico que rendeu António Livramento (rumou a Itália), tinha à sua disposição Ramalhete, Serra, Parreira, José Carlos, Trindade, Campelo, Rosado, Camané, Realista, João Silva, Sérgio Nunes e Vítor Oliveira.

“As eliminatórias são sempre mais difíceis”

Por sporting
23 Abr, 2015

Carlitos lança o encontro da meia-final da Taça CERS

Carlitos, jogador ‘leonino’, aponta as dificuldades que uma eliminatória podem trazer na antevisão à meia-final da Taça CERS com o Igualada, explicando, também, como a preparação de uma equipa pode traduzir-se no resultado final. “Para estarmos na final, temos de vencer este encontro, dê por onde der”, atirou o atleta ‘verde e branco’. “Quando estamos perante uma eliminatória é sempre mais difícil. Um jogo deste tipo exige mais de nós, tanto física como emocionalmente”, explicou. No entanto, Carlitos acredita que, com trabalho e concentração, a vitória é possível. “Para vencermos este jogo e até a competição temos de trabalhar muito. E é isso que temos vindo a fazer, a prepararmo-nos de forma a sairmos vitoriosos. Esta semana, principalmente, temos de estar o mais concentrados do que nunca para atingirmos o nosso objectivo. Com a ambição e motivação certa da equipa, seremos capazes de vencer”, concluiu o jogador ‘leonino’. O Sporting-Igualada realiza-se sábado, dia 25, pelas 20h30, na Catalunha.

“Queremos muito ganhar”

Por sporting
23 Abr, 2015

João Pinto antevê o encontro frente ao Igualada

O Sporting desloca-se à Catalunha para jogar a fase final da Taça CERS e no sábado, dia 25 de Abril, defronta o Igualada, o clube ‘da casa’, na meia-final da competição. “Vai ser um jogo muito difícil”, começou por referir João Pinto. “No entanto, se queremos chegar à final temos de vencer, seja quem for. O Igualada tem a vantagem de estar a jogar em casa. Temos de respeitar o adversário, mas vamos fazer tudo para os eliminar”, confessou o atleta ‘verde e branco’. Apesar das dificuldades que esperam os ‘leões’, João Pinto aponta a vontade e a união da equipa como factores determinantes para a vitória. “Temos de manter a nossa coesão de grupo e a nossa humildade. Se o fizermos, a conquista da Taça CERS fica cada vez mais próxima de nós. É uma competição que queremos muito ganhar. Este troféu faz parte da história do Clube e por isso mesmo temos de manter a tradição”, rematou o jogador. O Sporting-Igualada joga-se no próximo sábado, dia 25, pelas 20h30.

O 'milagre' de 91

Por sporting
22 Abr, 2015

Chambell e Amato recordam a última vitória europeia 'leonina'

25 de Maio de 1991. Joga-se a final da Taça das Taças, o Sporting desloca-se a Itália para defrontar o Novara, num ambiente de grande tensão. “Inesquecível. Para dar uma pequena noção do quão os adeptos de Novara viviam o hóquei, tínhamos sete carros policiais à porta do pavilhão no treino de ambientação ao rinque. No dia do jogo subiram para 20 os carros policiais. Um público conhecedor da modalidade e que demonstrava um tremendo amor ao clube”, lembra António Chambell, guardião ‘leonino’ por duas vezes campeão do Mundo, sendo que na primeira, em 1991, esteve em risco de não participar, como conta 23 anos depois. “No encontro em Itália lesionei-me no ombro direito. O jogo esteve parado durante sete minutos para me assistirem e ainda consegui jogar mais oito, onde defendi uma grande penalidade antes de ser substituído. Foi a pior lesão da minha vida. Um jogo que me despertou um misto de emoções pela vitória e tristeza pelo infortúnio. Fiquei em dúvida não só em relação à segunda mão que se realizava uma semana depois, mas também para o Mundial cujo estágio também começaria na semana seguinte”. Nessa primeira mão o Sporting perdia por 6-4 ao intervalo mas no segundo tempo virou para 7-6. Uma verdadeira surpresa para os adeptos ‘verde e brancos’ que, ao intervalo, recebiam a chamada vinda de Itália na cabine telefónica junto à porta 10 A, comentando que um resultado negativo com diferença de um ou dois golos já seria bom. “Só nós, jogadores, acreditávamos na vitória. E a verdade é que saímos de Novara aplaudidos, o que revela bem da justiça da nossa vitória”. Uma semana depois tudo corria pelo melhor, bem antes do encontro começar. Com uma recuperação fantástica, António Chambell encontrava-se apto para actuar na segunda mão. “Fiz dois testes e, de acordo com o diagnóstico, tinha de estar parado para não ter alguma recaída. Tinha o estágio da selecção na semana seguinte e estava a pôr em causa a minha presença num Mundial realizado em Portugal e que acabámos por vencer, mas arriscando igualmente a fazer uma exibição menos conseguida nessa final, deitando tudo a perder. Optei por jogar a final e correu tudo bem”, recorda com saudade o penúltimo título europeu conquistado pelo Sporting até hoje. “Duas horas antes de o jogo começar a Nave já estava cheia. Devo dizer que pusemos em rinque o lema do Clube: honra, dedicação, devoção e glória”. Desta vez, o piso escorregadio cedo ficou apto, devido às condutas que os bombeiros colocaram atempadamente de modo a dar ar ao interior do pavilhão. Do lado italiano estava o actual terceiro melhor marcador de sempre da selecção italiana, Franco Amato, também ele campeão do Mundo por uma vez. Apesar de habituado a grandes ambientes em Novara, não conseguiu evitar a surpresa perante o ambiente em Alvalade, chegando ao ponto de afirmar: “se tivéssemos ganho em Lisboa estou convencido de que seria difícil de sairmos do balneário, tal era a efusividade demonstrada pelos adeptos do Sporting”. O empate a dois ao intervalo acabou por ser desfeito na etapa complementar com mais três tentos a favor da equipa ‘verde e branca’. “Todos tivemos uma prestação memorável. Aproveito esta oportunidade para homenagear o capitão João Campelo e José Leste que já não estão entre nós e que nesse jogo estiveram excepcionais”, afirma o ex-guardião. No final houve tempo para duche, não só para os jogadores, mas para os dirigentes ‘leoninos’ que presenciaram o encontro. “Foi um momento de grande efusividade, as pessoas estavam em êxtase completo”.

A revolução de Alvalade

Por sporting
21 Abr, 2015

Chana recorda conquista da Taça dos Campeões Europeus

Por vezes, uma equipa maravilha não vem só. No Sporting alinhavam elementos de fazer sonhar qualquer treinador de hóquei em patins. Ramalhete na baliza, Sobrinho e Rendeiro na rectaguarda e, por fim mas não menos importantes, Chana e Livramento na frente atacante. O técnico Torcato Ferreira havia juntado este quinteto de luxo para a época de 1976/1977, naquela que seria a época de estreia dos ‘leões’ em competições europeias. Após duas eliminatórias ultrapassadas com relativa facilidade frente aos suíços do Montreux e os holandeses do Lichtstad, surgiu à formação ‘verde e branca’ o todo-poderoso Voltregà, da Catalunha. “Era uma final antecipada. Eles contavam com elementos de uma classe tremenda e que tinham sido bi-campeões europeus nas duas temporadas anteriores”, recorda Chana, à época, um dos jogadores mais virtuosos do Mundo. Se do lado português tínhamos uma equipa maravilha, do lado catalão não o era menos. Miquel Recio, Miquel Cabanas, Humbert Ferrer, Ramón Nogué e Catxo Ordeig, compunham um dos quintetos mais famosos da história da modalidade. Na primeira mão, sob uma chuva intensa, o Sporting cedeu por 5-2. “Os catalães estavam mais habituados a jogar com o piso molhado. A bola praticamente não se mexia, tal foi o dilúvio”, explica Chana. Em Lisboa, apesar da desvantagem considerável, o pavilhão encheu. “Era um apoio fenomenal e fundamental para conseguirmos dar a volta a uma eliminatória que já seria difícil de passar com um bom resultado na primeira mão. Com uma desvantagem de três golos, era praticamente impossível”, recorda. Para motivação, o técnico Torcato Ferreira aconselhou os seus pupilos a estarem concentrados, analisarem bem o jogo e a terem sempre presente a calma. “Acabámos por fazer uma partida à beira da perfeição, graças a esta mentalidade incutida pelo Torcato (Ferreira). De facto, só assim seria possível passar a eliminatória. Vencemos por 8-3 com uma ajuda tremenda do público que fez toda a diferença. É um jogo que recordo com grande saudade, quer pelo ambiente, quer pela qualidade das duas equipas que batalharam até ao último segundo, sob níveis de concentração tremendos”, afirma Chana. Na final a tarefa foi bem mais fácil, como os próprios resultados demonstram. “Jogámos a primeira mão em Lisboa e alcançámos um resultado volumoso que nos permitiu actuar com mais calma na Catalunha”, diz o antigo avançado da selecção e do Sporting. O Sporting acabou por vencer 6-0 em Alvalade e 6-3 em Vilanova, arrecadando a primeira vitória de um clube português em competições europeias, precisamente no ano de estreia do Clube ‘verde e branco’ na Taça dos Campeões Europeus. “Era um pavilhão cujo ambiente muito nos ajudava. Em jogos de grande dificuldade e principalmente em eliminatórias em que a primeira mão não nos tinha corrido tão bem, era o nosso meio de motivação para fazermos jogos a um nível que talvez com um ambiente menos empolgante, nunca conseguiríamos igualar ou superar. Numa modalidade como o hóquei em patins, em que as pessoas assistem ao jogo bem perto do rinque, os adeptos jogam um papel importante para o desempenho dos intervenientes”, completa Chana.

Uma estreia de sonho

Por sporting
21 Abr, 2015

Vitória na Taça das Taças de 1981 com Livramento como técnico

Há estreias que nunca mais se esquecem e a primeira experiência do Sporting na Taça das Taças de hóquei em patins é exemplo paradigmático disso mesmo: com António Livramento no papel de timoneiro pela primeira vez, os ‘leões’ encontraram o caminho para a vitória naquela que foi a sua segunda conquista em termos internacionais. Bastaram seis encontros para alcançar um troféu que começou a ser escrito no dia em que se celebravam sete anos da Revolução de Abril: na recepção aos franceses do Fresnay, a formação ‘verde e branca’ não teve contemplações e aplicou uma goleada por 26-1. Na segunda mão, que mais não foi do que um passeio com jogo pelo meio, triunfo por 10-4. Nas meias-finais, a oposição aumentou mas nem por isso o cenário foi alterado: os alemães do Herten ainda conseguiram resistir em Lisboa, perdendo apenas por 5-3, mas não conseguiram travar o ímpeto ‘leonino’ na segunda mão, que os comandados de Livramento venceram com relativa facilidade por 6-1, num agregado de 11-4 que levou a equipa para a final. A eliminatória decisiva apresentou, como era frequente, um duelo ibérico, surgindo o Cibelles como verdadeiro opositor na final da Taça das Taças. E as coisas nem começaram nada bem, com os ‘leões’ a perderem por 4-1 em Oviedo. Com um Pavilhão de Alvalade a abarrotar (consta que acima da capacidade a nível de lotação), Chana, que regressara ao Clube depois de uma passagem pelo Cascais com Sobrinho, fez uma exibição de sonho que conseguiu levar o jogo para prolongamento, mesmo com o Cibelles a beneficiar de uma vantagem de 6-2 na eliminatória durante a primeira parte. Os espanhóis tentaram de tudo para levar a decisão para a lotaria das grandes penalidades mas, no segundo tempo do prolongamento, o inevitável Chana e Salema fizeram os golos que arrumaram a questão e motivaram uma invasão pacífica para comemorar aquele que seria também o primeiro título de António Livramento como treinador. Faziam parte dessa equipa os guarda-redes António Fernandes e João Oliveira e os jogadores de campo José Rosado, Vítor Rosado, Sobrinho, Chana, Salema, Carlos Alberto e Joaquim Carvalho, entre outros.

Três ‘leões’ na Selecção Nacional

Por sporting
21 Abr, 2015

Centro de Treinos número 2 para Sub-20 e Sub-17

O Sporting estará representado com três jogadores no Centro de Treinos número 2 da Selecção Nacional Sub-20 e Sub-17, que se vai realizar nos próximos dias 27 e 28 na vila do Luso. João Campelo foi um dos 13 elementos chamados por Luís Duarte para a equipa portuguesa de Sub-20, que prepara a participação no Campeonato do Mundo da categoria. Nos Sub-17, que trabalham tendo em vista o Campeonato da Europa do escalão, António Estrela e Frederico Neves fazem parte da convocatória de 13 atletas de Nuno Ferrão.

1984, o ano de todos os recordes

Por sporting
20 Abr, 2015

Vitória ‘leonina’ na Taça CERS com muita história pelo meio

Três décadas depois, o Sporting tenta conquistar a Taça CERS em Espanha, onde irá defrontar a equipa anfitriã, o Igualada. Tal como em 1984, os ‘leões’ terão de passar pelo duelo ibérico, tal como aconteceu com os vencedores do único troféu no historial ‘verde e branco’ mas que foi marcado pelos registos que perpetuou durante anos. O sorteio não foi benéfico para a equipa comandada por António Livramento, que mediu forças com os espanhóis do Noia logo na primeira ronda da prova. Os 29 jogos cumpridos até essa altura (20 vitórias, um empate e três derrotas no Campeonato, mais cinco triunfos na Taça de Portugal) davam uma outra dinâmica ao conjunto ‘leonino’, que venceu em casa por 5-0 no primeiro encontro e repetiu a dose fora (4-1). Seguiu-se o Gujan… e um pedaço de história: a formação ‘verde e branca’ goleou a equipa francesa por 33-1, naquele que ficou como resultado mais volumoso das competições europeias durante mais de uma década. Na segunda mão, a dose foi menor mas ainda assim significativa: 23-4. Nas meias-finais, na altura jogadas a duas mãos, o Sporting começou novamente em casa mas encontrou grandes dificuldades para superar outra equipa catalã, o Voltregá: o 10-9 no final da partida fazia antever uma deslocação terrível a Espanha, local onde os comandados de Livramento se agigantaram, vencendo por claros 6-3 onde poucos conseguiam passar. Faltava apenas superar o último obstáculo mas a missão começou mal. A derrota em Itália por 4-1 colocava a experiente equipa do Novara como favorita à vitória final, algo que o inferno de Alvalade facilmente ultrapassou: ao intervalo, os ‘leões’ já venciam por 4-0 e, com um público em completo delírio com uma semana onde atletismo e ciclismo já tinham brilhado, vulgarizaram o adversário com um concludente 11-3 que selou não só a vitória na competição mas colocou também o Sporting como primeira equipa de sempre a conquistar os três troféus internacionais de hóquei em patins. Faziam parte do conjunto liderado por António Livramento: Ramalhete, Serra, Parreira, Rosado, Realista, Trindade, Camané, Campelo, Gonzada, Sérgio Nunes e Luís Nunes.

Vila Franca de Xira recebe Taça

Por sporting
20 Abr, 2015

Pavilhão da UD Vilafranquense recebe Final Four da prova

A cidade de Vila Franca de Xira vai receber a Final Four da Taça de Portugal de hóquei em patins, mais concretamente o Pavilhão da UD Vilafranquense, conforme foi hoje anunciado pela Federação Portuguesa de Patinagem. As meias-finais da competição realizam-se no dia 23 de Maio, sábado, com o Sporting a defrontar a Oliveirense e o OC Barcelos a medir forças com o Benfica. A final da competição realiza-se no dia seguinte, domingo. Recorde-se que os ‘leões’ já venceram a competição por quatro vezes, nas temporadas de 1975/76, 1976/77, 1983/84 e 1989/90. Curiosamente, na última vez que o Clube ergueu o troféu venceu nas meias-finais o Benfica (4-3) e, na final, o OC Barcelos (5-4, após prolongamento).

Os dois minutos que mudaram a história

Por sporting
20 Abr, 2015

Sérgio Nunes recorda conquista da Taça CERS em 1984

Ao sétimo dia de Julho de 1984 a equipa de hóquei em patins ‘leonina’ entra no rinque do pavilhão de Alvalade. Como sempre, a lotação supera as seis mil pessoas que as bancadas comportam, sendo necessário arranjar outros lugares para assistir à partida, tais como as tabelas que se utilizam no basquetebol. Os jogadores respiram o suor dos fervorosos adeptos, tal é o calor e a proximidade dos mesmos ao recinto de jogo. O Sporting tem uma desvantagem de três tentos para recuperar, após derrota por 4-1 em Novara, formação que contava com elementos de luxo como Massimo Mariotti, Tommaso Colamaria, Fredy Luz ou Stefano Dal Lago. Na semana que antecedeu o encontro, Livramento não mudou rigorosamente nada. “Treinámos como sempre treinávamos. Não preparámos novas tácticas. Nada foi corrigido. Livramento sabia que se jogássemos no nosso melhor e com a ajuda do público sairíamos vencedores”, revela Sérgio Nunes. Ao intervalo os ‘leões’ recuperam a desvantagem que tinham antes do início do jogo e colocam-se na frente do marcador por 4-1. A eliminatória está empatada. Livramento, técnico ‘leonino’, lança um jovem de 18 anos para o rinque, aquele a quem chamavam Serginho, e que acaba por resolver a eliminatória. “Assim que entro marco dois golos em pouco menos de dois minutos. No primeiro senti uma emoção muito grande e uma libertação de todo o nervosismo que tinha por estar a fazer parte de um jogo tão importante como este e com uma idade tão jovem. No segundo, já menos ansioso, explodi por completo. Sentir toda aquela gente praticamente em cima de nós é uma sensação indiscritível”. Sérgio Nunes, o tal Serginho, não se fica por aqui. Depois de colocar o resultado em 6-1, sofre uma grande penalidade e é substituído, tudo em apenas dois minutos. “Fiquei possesso com Livramento, não compreendia como era possível ter feito dois golos e sofrido uma grande penalidade e sair logo a seguir, nunca mais voltando a entrar. Hoje, passados muitos anos, consigo perceber a decisão de Livramento e por aqui percebe-se por que é que ele era de facto o ‘mestre dos mestres’ do hóquei em patins. Ao tirar-me, ele queria proteger-me porque na realidade as coisas estavam a correr bem demais e seria impossível que as coisas continuassem a correr daquela forma porque os italianos eram muito fortes. Como eu era um miúdo, ele decidiu tirar-me para que eu saísse em grande”. As palavras de Sérgio Nunes sobre Livramento são elucidativas. “Tenho muitas saudades de ser treinado por Livramento. Nós corríamos e esforçávamo-nos só para o agradar. Motivávamo-nos como se fossemos uns campeões do Mundo, treinávamos como uma intensidade incrível, na minha opinião era mais interessante ver os treinos que os jogos. Quando morrer quero ser treinado de novo por Livramento”, afirma. Com 7-1 no marcador, o Sporting não desce o nível exibicional e arrecada a Taça CERS com um resultado esclarecedor, 11-3. José Rosado (1), Carlos Realista (4), Sérgio Nunes (2), Luís Nunes (2) e Trindade (2) foram os marcadores. Para a história fica a conquista do terceiro troféu europeu para o hóquei ‘leonino’.

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