Sucede a Alejandro Domínguez no comando técnico dos Campeões Europeus

Edo Bosch é o novo treinador da equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal.

O ex-técnico da UD Oliveirense chega a Alvalade com o objectivo de proporcionar muitas alegrias aos Sportinguistas, com a grande vontade de trabalhar a servir de mote na conversa com os meios de comunicação Leonino: “É uma honra e um orgulho vestir esta camisola. As primeiras sensações de estar no Sporting CP são muito boas. Estamos a conhecer os cantos à casa e vamos começar a trabalhar para começar com toda a força”.

Edo Bosch tem bem claro as ideias de jogo que pretende trabalhar na equipa de hóquei em patins do Sporting CP, mas deixou um ponto prévio de reconhecimento à qualidade do trabalho do seu antecessor. “Primeiro que tudo queria dar os parabéns pela excelente época que fez o Alejandro [Domínguez] e sobretudo desejar-lhe a melhor saúde para toda a família e dizer-lhe que espero que tudo melhore para que volte ao hóquei, porque é uma pessoa que faz falta ao hóquei em patins. No que respeita a tácticas, o nosso hóquei tem muitas coisas parecidas às que o Alejandro Domínguez implementou no Sporting CP, logicamente com algumas mudanças, sobretudo na defesa, mas muito vertical. Um hóquei agradável, um hóquei que conquiste os nossos adeptos e, sobretudo, estando aqui no Sporting CP, que nos dê o máximo de títulos possíveis”, referiu.

O novo técnico verde e branco apelou ao "fundamental" apoio dos Sportinguistas nas bancadas para a equipa atingir os objectivos na pista. “A verdade é que o Campeonato está muito igualado. Não só nos jogos grandes são precisos os adeptos, mas em todo o ano porque por vezes esses pormenores fazem a diferença. Queremos fazer uma grande época, queremos que os adeptos se identifiquem com a nossa equipa, que gostem da garra da equipa e que nos ajudem a lutar, porque nem todos os jogos começam bem, nem todos são fáceis e aquela força extra que vem das bancadas é necessária”, garantiu.

Com tradição ganhadora, Edo Bosch quer manter a matriz vitoriosa que caracteriza o emblema de Alvalade: “O Sporting CP tem uma equipa de excelência, com grandíssimos jogadores que estão habituados a proporcionar muitos êxitos. Vamos trabalhar para que esses êxitos continuem e conseguir os máximos possíveis”.

Quanto ao estilo de jogo que quer implementar, Edo Bosch levantou um pouco a ponta do véu. “Vamos colocar em prática um jogo colectivo, em que, depois, as individualidades, que são um dos pontos fortes da equipa, consigam ajudar. A táctica, para mim é sempre aquele instrumento que ajuda as individualidades dos nossos jogadores e é isso que vamos implementar no ataque e na defesa. Vamos tentar fazer uma defesa coesa, na qual se ajudem uns aos outros também, para que a bola chegue o menos vezes possível à nossa baliza”, contou.

Com muitas competições para disputar e tentar ganhar, o novo técnico da equipa de hóquei em patins do Sporting CP já deixou o ‘aperitivo’: “É bom ter muitas provas em que vamos participar, é sinal de que se fizeram as coisas bem feitas na época anterior. Temos seis provas para disputar e, sendo o Sporting CP, temos de entrar nas seis para vencer”.

O técnico não deixou passar a oportunidade para uma mensagem aos Sportinguistas. “Vai ser um Sporting CP que vai trabalhar muito, que vai ser muito unido e, sobretudo, que vai procurar praticar um bom hóquei e que vai lutar para conseguir os seis títulos a que nos propomos. Espero que apareçam, porque juntos é tudo mais fácil”, concluiu.

Técnico Leonino realça identidade, carácter e grande ano da equipa verde e branca

No final da partida em casa do FC Porto, Alejandro Domínguez não escondeu a tristeza por a equipa de hóquei em pains do Sporting Clube de Portugal não ter passado à final do Cameponato Nacional, mas fez notar a entrega nos limites e qualidade da formação que orienta.

“Era uma grande final para as duas equipas e a equipa do FC Porto, com o ambiente dos seus adeptos, vai para cima com o início do jogo e estiveram muito acertados e muito rápidos no contra-ataque, estavam muito fortes. Não fizemos uma má primeira parte, o que se passou foi que cada desajuste que tivemos, pagámos caríssimo. Depois, metemos um golo nos primeiros segundos da segunda parte e o FC Porto suponho que começaram a pensar que estava cada vez mais perto o final do jogo e que era definitiva. Já não foram tanto, nem foram tão eficazes e nós crescemos, realmente a nossa equipa cresceu na segunda parte. Na última jogada do prolongamento tivemos uma bola no poste, por trás de Malián, faz parte do desporto. Terminámos hoje a temporada, disse aos jogadores que não me ocorre um final mais digno para esta equipa, um final mais honesto, mais fiel ao que trabalhámos e mais digno do que este. Disse antes da partida que se este fosse o nosso último jogo, vamos jogá-lo da maneira como trabalhámos desde o primeiro dia, sendo fiéis ao que somos e ao que tentámos criar. E fizemos isso. Estou muito triste, porque não gosto de perder e somos uma equipa feita para ganhar, mas a ter de ser, que seja assim. Sinto-me muito orgulhoso desta equipa, em dois anos jogámos uma final da Taça de Portugal que perdemos da maneira que perdemos, fomos à final do Campeonato da época passada que perdemos como perdemos, ganhámos a Liga dos Campeões e hoje caímos na meia-final contra uma grande equipa. Há que felicitar o FC Porto, que em sua casa foi em alguns momentos demolidor, difícil de conter. Fizeram um bom jogo, mas não quero terminar sem dizer que todos os nossos adeptos, todos os Sportinguistas, olhem com carinho para esta equipa, que é um ‘milagre’ é uma grande equipa, um grande grupo e este ano fez um grande ano”, referiu em conferência de imprensa.

O técnico rejeitou a ideia de que o desempate de grandes penalidades seja, por natureza, uma lotaria. “Os penáltis não são uma lotaria e treinamos os penáltis todos os dias. Também treinamos os movimentos tácticos de saída em transição e nem todos são golos. Eles [FC Porto] tiveram mais acerto, nós não acertámos na marca dos penáltis, mas é uma faceta mais do jogo, treinámo-los às vezes sai bem, outras vezes não sai tão bem”.

O treinador Leonino explicou o que mudou ao intervalo e onde incidiu a tónica das palavras que dirigiu aos jogadores do Sporting CP no tempo de descanso. “No balneário, ao intervalo, fizemos duas valorizações: uma eram aspectos tácticos, porque eles estavam a correr na transição com muito perigo em superioridade numérica porque nós estávamos a seleccionar mal as opções de quatro para quatro. Fizemos aí uma correcção e depois houve uma outra parte da conversa, muito mais emocional, muito mais relacionada com a maneira como nos comportamos num ambiente hostil, contra um rival que está a ganhar. E a mensagem foi de que temos de jogar de frente, no um contra um, com o nosso bloqueio de continuidade e crer que lhes podemos causar dano. Logo na primeira jogada metemos um bloqueio de continuação e marcámos. E a equipa acreditou. A única mudança foi que havia uma parte da mensagem que era táctica e a outra era emocional, era a de que não podíamos jogar como aconteceu nos outros dois jogos, em que por momentos o rival está por cima de nós emocionalmente, o que é normal, porque quando jogámos no Pavilhão João Rocha, a energia é outra, mas os jogadores amadurecem, crescem, aprendem a jogar nestes ambientes e fazem-se grandes. Não recebemos o prémio, mas o Sporting CP foi um grandíssimo rival contra um senhor FC Porto que ganhou a Champions na época passada, a Taça de Portugal esta época e que é uma grande equipa e passou após prolongamento e penáltis. O Sporting CP virou um 4-1 de desvantagem, uma vénia aos meus jogadores, a esta equipa, ao espírito que tem, eu vou sair, mas não acabou, esta equipa seguirá a crescer e alutar, porque tem um espírito que já tinha também antes de eu chegar, não fui eu que o impus, esse espírito têm-no os jogadores, não é mérito meu”.

Por fim, o técnico explicou o sentimento que deixa com a saída do Sporting CP, com palavras emocionadas e de gratidão. “A única palavra que me ocorre e disse aos jogadores, porque não me quero emocionar é obrigado, ‘gracias’. Tenho 53 anos estive em muitos lugares, como jogador e treinador e é muito especial. O que vivi aqui [no Sporting CP] é único, único na energia, no tratamento que recebi por parte do Clube, dos dirigentes do Clube em todo este processo de dois anos e não tenho palavras para agradecer a maneira como me trataram pessoalmente e profissionalmente. Os jogadores são uma família, uma família, mesmo nas decisões em que se sentiram injustiçados, questionaram-me com uma maturidade e uma positividade fora do normal, colocando sempre o Sporting CP à frente. Foram dois anos de que nunca me vou esquecer na vida e vou voltar muitas vezes, porque sinto o Sporting CP como minha casa, como um lugar que quero muito e ao qual quero voltar muitas vezes, porque quero muito bem ao Clube”.

Desaire no jogo cinco das meias-finais dos play-offs

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal perdeu esta quarta-feira frente ao FC Porto, por 2-0 nas grandes penalidades, após empate a quatro golos no final dos 50 minutos regulamentares e a cinco golos já no prolongamento, resultado que afasta os Campeões Europeus da final do Campeonato Nacional, uma vez que o jogo na Dragão Arena era o decisivo para apurar um dos finalistas da liga da modalidade.

Um desaire que não fez justiça ao enorme esforço e capacidade da equipa Leonina, que assinou uma notável segunda parte, em que recuperou de 4-1 para 4-4, com grandes golos e muito talento e, depois, com os jogadores de Alejandro Domínguez a protagonizarem ainda uma situação de vantagem já no prolongamento. Mas vamos por partes.

Nos minutos iniciais da primeira parte, o Sporting CP criou diversas oportunidades, ensaiou vários remates perigosos, mas esbarrou noa boa exibição do guarda-redes da equipa azul e branca.

Foi o FC Porto a inaugurar o marcador, com pouco mais de 17 minutos para jogar no primeiro tempo, em remate na meia direita de Gonçalo Alves. A formação verde e branca respondeu de imediato e da melhor maneira ao golo sofrido, empatando num remate ‘enrolado’ de grande execução de Alessandro Verona.

Di Benedetto fez o 2-1 num contra-ataque em que se isolou e contornou a tentativa de defesa de Ângelo Girão, isto depois de muitos lances de perigo junto das duas balizas e do Sporting CP andar bem perto de se colocar em vantagem. Foi o FC Porto a consegui-lo, com cerca de 12 minutos para jogar, através de Mena, que fez o 3-1 num remate pronto e eficaz.

A dois minutos para o intervalo, um lance individual bem conseguido por Gonçalo Alves foi finalizado com um remate forte e colocado para o 4-1, resultado com que se chegou ao intervalo e que era castigo demasiado pesado para o rendimento do emblema de Alvalade em pista.

No segundo tempo e apenas com 40 segundos jogados, o Sporting CP reduziu a desvantagem para 4-2 numa grande execução de Toni Pérez, que, com uma ‘picadinha,’ desfeiteou o guarda-redes do FC Porto, no seguimento de um contra-ataque muito bem conduzido por Gonzalo Romero.

Teve uma excelente entrada em rinque na segunda parte a equipa Leonina, com diversas iniciativas atacantes de enorme perigo que pelo menos duas vezes só não deram em golo devido a grandes defesas de Xavi Malián. 
Com 11'37'' para o final, uma sublime execução de Ferran Font, de costas para a baliza e com oposição de Gonçalo Alves, culminou no 4-3, que relançava as ambições Leoninas em dar a volta ao resultado.

Com 10'48'' para jogar, o Sporting CP atingiu a décima falta, com Gonçalo Alves a não concretizar (Girão defendeu a primeira tentativa, com o árbitro a mandar repetir e o remate do internacional português a sair ao lado).

O Sporting CP acreditou e procurou o empate, com bons remates, como foi o caso de uma execução de Alessandro Verona defendida por Malián, e, com pouco mais de seis minutos para jogar, teve direito a um livre directo pela décima falta do FC Porto, mas João Souto atirou à trave. Quase de seguida e com 5’5666 para jogar, o Sporting CP empatou a quatro num soberbo remate de Rafa Bessa, descaído pela direita, após grande passe de longa distância de Gonzalo Romero.

Praticamente a seguir, Rafael Bessa quase bisava num excelente trabalho, defendido in-extremis por Malián. O jogo foi para prolongamento e, com 50 segundos jogados, Ferran Font bisou em nova grande execução, no seguimento de fantástico passe de João Souto.

Num jogo ‘louco’, Carlo Di Benedetto empatou a 21 segundos para o intervalo do prolongamento (5-5), num remate sem hipóteses para Ângelo Girão. No segundo tempo do prolongamento e após grande equilíbrio, uma investida de Toni Pérez, mesmo no último segundo, embateu no ferro da baliza defendida pelo FC Porto.

No desempate das grandes penalidades, Edu Lamas deu vantagem ao FC Porto na segunda penalidade dos azuis e brancos, Gonçalo Alves transformou a seguinte, o Sporting CP não concretizou nenhuma nem antes, nem depois, com Rafael Bessa a acertar nos ferros na última tentativa para um final inglório e sem a recompensa para o grande trabalho da equipa Leonina, bem como para o fantástico apoio dos adeptos Sportinguistas na Dragão Arena.

Sporting CP: Ângelo Girão [C] [GR], Gonzalo Romero, Alessandro Verona, Rafael Bessa, Matías Platero, Henrique Magalhães, Toni Pérez, Ferran Font, João Souto e Zé Diogo [GR].

​Hóquei em patins joga esta quarta-feira frente ao FC Porto (20h30)

Já está definido o meeting point para os Sportinguistas que se vão deslocar ao Dragão Arena para o jogo entre a equipa principal de hóquei em patins do Sporting CP e o FC Porto, nesta quarta-feira.

O local - escolhido pela Polícia de Segurança Pública (PSP) - situa-se na Rua Jaime Brasil, 4350-005 Porto (junto ao AC Hotel).

O início da concentração está marcado para as 19h30, com a saída para o pavilhão - acompanhada pela PSP - a acontecer entre as 20h15 e as 20h25.

Haverá policiamento no local para salvaguardar as viaturas durante o encontro e no final os Sportinguistas voltarão a ser acompanhados pelas forças policiais até ao meeting point.

Para os adeptos que se queiram deslocar individualmente, as portas do Dragão Arena vão abrir às 19h30, mas o Sporting CP aconselha a preferência pela concentração.

Recorde-se que a partida é referente ao quinto e decisivo jogo das meias-finais do Campeonato Nacional. Neste momento, registam-se duas vitórias para cada lado.

​Alejandro Domínguez antes da quinta e decisiva partida com o FC Porto

Venda feita através do Núcleo Solar do Norte

Já estão à venda (aqui) os bilhetes para o quinto e último jogo das meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional entre a equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal e o FC Porto.

O encontro decisivo está marcado para as 20h30 desta quarta-feira, no Dragão Arena, e os ingressos destinados aos Sócios e adeptos Sportinguistas estão à venda, pelo preço unitário de 10€, através do Núcleo Solar do Norte, localizado na cidade do Porto.

​Técnico elogiou a capacidade táctica e de sofrimento dos jogadores

No rescaldo do triunfo frente ao FC Porto (4-2), que garantiu novo empate (2-2) nas meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional de hóquei em patins, o treinador Alejandro Domínguez fez questão de começar por agradecer aos Sócios e adeptos que estiveram nas bancadas, considerando o seu apoio decisivo.

“As primeiras palavras hoje têm de ser para o Pavilhão João Rocha e para os adeptos. Houve alguns momentos do jogo em que o rival esteve muito forte na segunda parte e nós estávamos esgotados, o que é normal, mas a energia do público foi contagiante e levou-nos à vitória”, sublinhou o técnico aos meios de comunicação do Clube, antes de analisar a partida e elogiar os jogadores.

“O esforço que a equipa fez hoje foi muito importante porque, depois da derrota no Dragão Arena, e apesar de sermos lutadores e representarmos o Sporting CP com alma, as sensações não eram muito positivas. No entanto, voltámos a fazer um grande jogo em termos tácticos. A equipa esteve muito bem em praticamente todo o jogo”.

O líder verde e branco admitiu ainda que o adversário causou mais dificuldades na segunda parte, quando tentava reagir, mas lembrou que o principal objectivo foi atingido.

“Quando o FC Porto começou a fazer ataques directos, foi muito difícil contê-los porque são muito bons. Mas conseguimos o objectivo, que era ganhar o quarto jogo, e agora espera-nos uma final em terreno adversário, o que traz uma dificuldade adicional. Ainda assim, merecemos o quinto jogo e vamos lutar pela passagem”.

Também Ferran Font, avançado Leonino que esteve em evidência ao fazer um grande golo que deu o 4-2, não escondeu que a ajuda do público foi fundamental.

“Quando o Pavilhão está como esteve hoje, é muito mais fácil. Fizemos um grande jogo e os adeptos tiveram um grande mérito, é arrepiante jogar aqui. Obrigado a todos os que estiveram presentes e agora vamos ao Dragão Arena para chegarmos à final”, apontou o espanhol, salientando o forte espírito da equipa durante o jogo.

“Sabíamos que em alguns momentos tínhamos de sofrer, o FC Porto tem uma grande equipa. Mas o Girão esteve muito bem e fizemos um bom jogo em termos defensivos, conseguimos sofrer e aguentar o resultado que era o mais importante”.

O atacante direccionou depois o foco para o quinto e decisivo jogo, marcado já para quarta-feira, na cidade Invicta. “Temos de ter o mesmo foco, intensidade e convicção a ir para cima deles. Os Sportinguistas que forem ao Dragão Arena vão ajudar pois são muito importantes e é um pavilhão difícil. Se fizermos o nosso jogo e estivermos focados, podemos ganhar e passar à final”.

​Leões batem FC Porto e forçam quinto jogo nas meias-finais (4-2)

Decisões adiadas! A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal venceu este domingo o FC Porto por 4-1, no quarto jogo das meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional, empatando a eliminatória à melhor de cinco (2-2) e forçando assim a ‘negra’ – que será disputada já esta quarta-feira no Dragão Arena.

No regresso ao Pavilhão João Rocha, que esteve bem composto, os Leões estavam obrigados a ganhar para impedirem a passagem dos dragões à final, objectivo que cumpriram com uma exibição de qualidade. Depois de chegarem ao intervalo na frente por 3-1, aguentaram com todo o mérito a reacção portista no segundo tempo e venceram com justiça.

A partida arrancou intensa, com os ataques a sucederem-se a toda a velocidade para os dois lados, ainda que o Sporting CP se tenha mostrado mais perigoso. A turma de Alvalade - sem Facundo Bridge – somou vários remates prometedores nos minutos inaugurais, apesar de Ângelo Girão também ter sido obrigado a aplicar-se.

No entanto, depois das ameaças, chegou mesmo o golo do 1-0. Aos seis minutos, Gonzalo Romero não perdoou e bateu Xavi Malián de grande penalidade, com uma forte stickada, abrindo o marcador. Pouco depois, Alessandro Verona ficou muito perto de fazer o segundo do meio da rua, e Romero do bis, mas não tiveram sucesso.

Seguiu-se um período quase sem balizas, com as equipas a travarem vários duelos, mas a criarem poucas ocasiões – à excepção de uma muito perigosa de Matías Platero. No entanto, o Sporting CP foi novamente mais eficaz e, aos 16 minutos, Rafa Bessa fez o 2-0 num grande remate ao ângulo que deixou Malián sem reacção.

Numa primeira parte com claro ascendente verde e branco – ainda que com Girão a ser importante na baliza -, os Leões voltaram a marcar aos 23 minutos por João Souto, que assinou o 3-0 após recuperar a bola e tabelar com Gonzalo Romero. Apesar disso, a apenas sete segundos do intervalo, Gonçalo Alves reduziu para 3-1.

No regresso para a segunda metade, o equilíbrio foi palavra de ordem, com as duas equipas em busca do golo através de sucessivas transições rápidas. Desta feita, o Sporting CP, que já tinha sete faltas cometidas contra apenas três do adversário, viu o FC Porto conseguir voltar a aproximar-se aos 33 minutos, por intermédio de Rafa.

Ora, apesar da reacção visitante, os Leões não se ressentiram e foi precisamente num contra-ataque que chegaram ao 4-2. Aos 37 minutos, Ferran Font percorreu toda a pista em velocidade, fintou dois adversários e concluiu com sucesso uma jogada de levantar as bancadas, devolvendo a vantagem de dois ao Sporting CP para delírio dos adeptos.

A partir daí, as defesas e os guarda-redes das duas equipas assumiram-se como os principais destaques da partida, ao fecharem os caminhos para as balizas. Nos minutos finais, o Sporting CP preferiu segurar o resultado, como é natural, e foi conseguindo resistir à décima falta, estratégia que surtiu efeito e confirmou o merecido triunfo por 4-2.

Com este resultado, os Leões empatam a eliminatória 2-2 e vão agora discutir o acesso à final no quinto e decisivo jogo esta quarta-feira, dia 12, no Dragão Arena.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Henrique Magalhães, Gonzalo Romero, Rafael Bessa e Alessandro Verona; Zé Diogo [GR], Ferran Font, Matías Platero, João Souto e Toni Pérez.

Leões recebem o FC Porto este domingo no jogo quatro das meias-finais

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebe o FC Porto, este domingo (16h00), no jogo quatro das meias-finais do Campeonato Nacional.

Depois da derrota no Dragão Arena (5-1), na quinta-feira, os Leões encontram-se em desvantagem na eliminatória (2-1) à melhor de cinco partidas e estão obrigados a vencer no Pavilhão João Rocha para adiarem a decisão para o quinto e último jogo.

Na antevisão ao encontro, o treinador Alejandro Domínguez considerou que “há dois factores importantes” que serão decisivos para a equipa alcançar o triunfo.

“O primeiro é o público, jogar num bom ambiente favorece a equipa da casa e temos de aproveitá-lo. Sei que os Sportinguistas vão estar presentes. O segundo é entrar da mesma forma que entrámos na quinta-feira, com uma defesa alta, a ser agressivos e com ataques directos”, começou por afirmar o técnico verde e branco.

“Temos de aprender com as lições dos jogos anteriores para tentar o tudo por tudo e seguir a mesma receita apresentada na quinta-feira porque foi com ela que nos sagrámos Campeões Europeus e que trabalhámos nos últimos dois anos. Se assim for, temos mais do que argumentos suficientes para ganhar o jogo”, sublinhou.

Alejandro Domínguez apelou depois à presença dos adeptos nas bancadas pois isso fará toda a diferença. “Temos de fazer valer o factor casa, o Pavilhão João Rocha tem de estar a rebentar para ganharmos ao FC Porto e forçarmos a ‘negra’”, atirou.

​Técnico lamentou derrota no Dragão Arena e sublinhou boa exibição Leonina

Confirmada a derrota diante do FC Porto (5-1), no jogo três da meia-final dos play-offs do Campeonato Nacional de hóquei em patins, o treinador Alejandro Domínguez mostrou-se “triste, mas também orgulhoso” pois a sua equipa fez um bom jogo e não merecia perder por uma diferença tão expressiva por tudo o que fez.

“O resultado avultado não é justo para o que se viu na pista porque jogámos muito bem em boa parte do jogo. Faltou-nos talvez alguma eficácia porque jogámos um hóquei ofensivo, acertámos quatro, cinco ou seis vezes nos postes. Mas o mais importante é como a equipa jogou, pois entrámos na pista para ganhar e não para especular. Defendemos alto e fizemos um grande jogo”, começou por dizer aos jornalistas na conferência de imprensa após o jogo, prosseguindo com a análise.

“Fico triste pelos jogadores e pelos adeptos, mas também orgulhoso porque a equipa nunca desistiu. Não pude fazer a rotação que queria na segunda parte devido ao resultado e porque alguns jogadores chegaram ao final já sem gasolina. Quando era preciso cerrar os dentes e forçar a décima falta, não tivemos pernas”.

O líder verde e branco garantiu também que o facto de o resultado ter sido tão expressivo “não afecta a equipa pois esta sabe que esteve dentro do jogo até final”.

“Há duas coisas que são fundamentais. A primeira é que marcámos um golo de bola parada quando a equipa tinha criado muito mais hóquei para fazê-lo em bola corrida. A segunda é que os três golos que sofremos na primeira parte foram em transições, foi igual ao jogo em nossa casa mas ao contrário. Isso demonstra que os jogadores sentem uma força-extra em casa que se traduz em eficácia ou em ganhar bolas divididas que permitem chegar à baliza. São os pequenos detalhes”.

Alejandro Domínguez apontou depois as baterias para o quarto jogo, marcado para domingo no Pavilhão João Rocha, no qual os Leões estão obrigados a triunfar.

“Agora os jogadores têm de recuperar desta batalha física no único treino que temos. Não vamos trabalhar nada táctico, mas sim a cabeça e o coração para estarmos a 100%. Voltamos a casa com o objectivo de ganhar para forçar a ‘negra’ aqui no Dragão Arena. Continuo a acreditar que podemos ganhar a eliminatória e os adeptos merecem todo o nosso esforço. Os Sportinguistas que estiveram aqui a apoiar-nos nunca desistiram, por isso vamos tentar novamente ganhar em casa”.