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Foto José Lorvão

Rúben Amorim: "Temos tanto a melhorar, que temos de aproveitar este jogo"

Por Sporting CP
13 Dez, 2023

Sporting CP vs. SK Sturm Graz (esta quinta-feira, 20h00) no fecho do grupo da Liga Europa

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe, nesta quinta-feira, o SK Sturm Graz em jogo da sexta e última jornada do grupo D da Liga Europa.

As decisões estão fechadas, o Sporting CP ficou em segundo no grupo e vai jogar o play-off de acesso aos oitavos-de-final da prova, mas Rúben Amorim não desvaloriza este jogo, no qual já contará com Daniel Bragança, ao contrário de Geny Catamo e Jeremiah St. Juste, e disse não ter de fazer nada para motivar a equipa.

“Jogar num clube grande tem muitas coisas boas, mas também tem isso, de não haver dias de folga e de estarmos sempre a ser julgados pelo último jogo. Portanto, temos de ter o foco nisso e os jogadores também já sabem que, de um dia para o outro, mudo de opinião porque um treinou muito bem, por isso imaginem num jogo. Está na mão deles. São eles que fazem o onze para os jogos. Às vezes, há dois para uma posição e ambos merecem, e é um pouco injusto, mas temos um jogo para fazer e muito para melhorar em todos os aspectos: a capacidade defensiva, a capacidade de pressão, a capacidade de jogar entre linhas, coisa que já tivemos muito bem e que agora nos falta um bocadinho, assim como a capacidade de entender os momentos do jogo. Temos tanto a melhorar para o futuro do campeonato que temos de aproveitar ao máximo este jogo e depois teremos tempo para preparar os próximos”, começou por dizer o técnico Leonino, comentando a continuidade na Europa: “Tínhamos a obrigação de seguir em frente pela grandeza do clube, pelos objectivos que temos e porque temos um plantel em que temos de ter jogos para os rodar”.

“Se não estivermos em várias competições, a gestão do grupo torna-se mais difícil. Portanto, atingimos um objectivo, mas não era o que queríamos. Queríamos o primeiro lugar, não conseguimos, mas seguimos em frente e essa era a nossa obrigação mínima no grupo”, disse ainda, revelando o que espera deste último jogo do grupo: “Estamos à espera de um adversário muito pressionante, que vai querer ganhar o jogo. Ao contrário do que pensava na primeira mão, o SK Sturm Graz esperou um bocadinho mais e não saltou logo na pressão, o que não é habitual. Tem jogadores fortes fisicamente e muito rápidos na frente. Acho que vai ser um jogo diferente do da primeira volta. O SK Sturm Graz vai-nos pressionar desde o primeiro minuto, se calhar, até à nossa baliza e nós temos de ter capacidade de sair a jogar como temos tido. Em certos momentos vai ser um jogo diferente e nós teremos de ter respostas diferentes. Por outro lado, acho que poderemos ter um pouco mais de espaço entre linhas e nas costas. Vamos ver o que está preparado para amanhã, mas acho que vai diferente do da primeira jornada”.

Na segunda-feira há Clássico com o FC Porto em Alvalade, mas Rúben Amorim deixou claro que o Sporting CP não pensa já nesse jogo da Liga, ainda que vá ter “atenção a isso”: “Ainda não sei o onze que vamos ter no jogo a seguir porque o foco é este. Há jogadores que vão jogar menos de forma a que a equipa se apresente bem e ganhe o jogo e a que estejam preparados fisicamente. Uns precisam de mais tempo, outros de menos, mas nenhum jogador pode olhar e dizer ‘fiz 90 minutos na quinta-feira, por isso, não posso jogar na segunda'. Se fosse domingo, teria influência. Na segunda-feira, não. Depende do jogo deles, dependa da ideia, depende do jogo de hoje do adversário. Toda essa avaliação vai ser feita, mas garanto a todos os jogadores que não interessa se fizerem 90 minutos agora”.

“Temos de ganhar e temos jogar bem. Só dessa maneira é que estarão aptos para jogar com o FC Porto, mas há jogadores que sei que, fazendo um jogo no fim-de-semana e jogando na quinta-feira, se jogarem o tempo todo neste jogo, no terceiro jogo da semana vão sofrer. São as únicas contas que fiz, mas estão todos aptos para ser titulares frente ao FC Porto”, referiu ainda o treinador verde e branco.

Janeiro também está quase aí e o mercado vai voltar a abrir, por isso Rúben Amorim já voltou a ser questionado sobre entradas e saídas e, em particular, sobre Viktor Gyökeres.

“Tem uma cláusula de rescisão. Foi dito que, principalmente em Janeiro, só saem pela cláusula de rescisão. Se isso acontecer, não poderemos fazer nada. É normal que os clubes estejam atentos ao nível dos jogadores em Portugal porque vão lá para fora e têm grande rendimento. Eles sabem que os jogadores do nosso campeonato estão preparados para as melhores ligas do mundo”, disse, acrescentando: “Está claro que só sai pela cláusula, mas não pensamos nisso [em substituí-lo]. Temos vindo a perder jogadores que eu achava que seria muito difícil substituir como o Matheus Nunes, que nos levava a bola para a frente, o Porro, que só atacávamos pelo lado direito, e agora o Viktor, que é o homem que está em maior destaque, mas temos tido a capacidade de renovar a equipa. Por isso, não perco horas de sono com isso. Perdia antigamente, porque havia sempre aquela ideia de que teríamos de vender para sobreviver, mas, neste momento, não há isso, só há o pagar a cláusula e nesse caso os jogadores têm de ir.  No entanto, arranjaremos solução. Cada vez mais estamos preparados para isso”.

Quase certas serão as ausências de Hidemasa Morita, Geny Catamo e Ousmane Diomande em Janeiro por causa dos compromissos das respectivas selecções, mas Rúben Amorim revelou que o Sporting CP não irá ao mercado para os substituir por causa dessa situação.

“Teremos tempo para pensar nisso, mas não serão reforçados os jogadores que vão para as competições porque é só um mês e depois teríamos de ver o espaço dos jogadores. O que poderemos fazer, dependendo do mercado, é ver jogadores não só para agora, mas a pensar no futuro. É o que temos vindo a fazer e vamos manter a nossa política. Temos esse problema de as competições serem agora, mas temos de pensar no agora e no futuro. Não haverá reforços para substituir esses jogadores, o que poderá haver é um acerto no plantel a pensar no presente e no futuro”, referiu.