​Jogadores felizes pela conquista da WSE Champions League

Assim que ficou confirmada a vitória sobre a UD Oliveirense (2-1), a festa da conquista da WSE Champions League fez-se em tons de verde e branco na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota. Já depois de terem levantado o troféu, os jogadores falaram pela primeira vez ao microfone da Sporting TV ainda na pista do recinto, dando conta da sua felicidade pelo feito alcançado na cidade do Porto.

Ângelo Girão

“Este título é muito importante porque há um ciclo que está quase a fechar-se e esta geração ganhou tudo várias vezes pelo Sporting CP. Conseguimos enriquecer o palmarés do Clube, é impossível ganhar sempre mas esta equipa deixa tudo em campo. Este percurso orgulha-nos muito, disse isso hoje no balneário independentemente do desfecho. Conseguimos voltar a ser um grupo unido e fechado, e isso é o mais importante que levamos daqui. Hoje tivemos aqui uma casa fantástica, há muita gente que conheço que está na bancada e isso é sinal de que as pessoas se identificam connosco. Não prometemos títulos porque isso é impossível, mas queremos continuar a lutar”.

Alessandro Verona

“É uma grande emoção. É difícil falar agora, estamos muito felizes porque vínhamos de um período difícil. Quando perdemos não somos os piores e quando ganhamos não somos os melhores. Agora temos de festejar porque é um grande título. Foi muito difícil chegar aqui porque defrontámos as equipas mais fortes, é merecido. Quero dar os parabéns aos meus colegas, que foram fantásticos, à equipa técnica e ao Sporting CP, que nos dá tudo o que precisamos e nos permite jogar a este nível. Quero agradecer aos adeptos, é a minha segunda Champions no Sporting CP mas a primeira foi com a COVID-19. Esta é completamente diferente, o público ajudou-nos muito quando estávamos a sofrer e quero agradecer a todos os que vieram cá dar-nos força. Trabalhámos muito para isto”.

Facundo Bridge

“Esta Champions tem um sabor muito especial porque é a minha primeira. É o meu primeiro ano no Sporting CP e conseguir ganhar este troféu tão importante é incrível. O espírito de grupo fez a diferença, somos muito unidos e este fim-de-semana viu-se isso, com todos a tentar fazer o mesmo em campo. Essa foi a chave para atingir o objectivo. Agradeço a todos os adeptos que vieram ajudar-nos, é muito importante sentir o apoio deles fora do rinque porque há momentos em que estamos menos bem e eles são muito importantes Obrigado a todos. Ganhar esta taça vai dar-nos um empurrão para o que resta desta temporada”.

João Souto

“A única palavra que me vem à cabeça é que conseguimos. A época pasada foi muito difícil, praticámos um excelente hóquei mas perdemos duas finais ingloriamente. Este ano conseguimos traduzir isso em títulos, o que é muito bom. Já merecíamos voltar a conquistar o título europeu e este foi pelo Alejandro. Vai deixar-nos por motivos pessoais, mas merecia ser recompensado com um título pelo seu trabalho. Obrigado a todos os Sportinguistas, foi um apoio estrondoso num pavilhão fantástico e com um ambiente lindo. Este grupo passou por muito nos últimos anos porque atingimos o topo e é difícil manter lá em cima com o nível que o hóquei português tem actualmente. A união e o espírito de família fez com que ultrapassássemos tudo e voltássemos a conquistar o título europeu”.

Ferran Font

“É muito difícil estar fora da pista, mas acreditei neles. Merecemos pela equipa que temos e eles fizeram um grande jogo. Estamos de parabéns, temos um grupo muito unido. Há alguns anos que não ganhávamos, mas merecíamos uma alegria assim. Quero agradecer a todos os que vieram apoiar-nos ao Porto, quando os adeptos estão presentes nota-se e foi uma grande tarde para o Sporting CP. Ganhar a Champions é especial, seja em que circunstância for, e agora é festejar. Temos de desfrutar pois conseguimos um feito muito grande. Quando chegarmos a Lisboa, espero que esteja muita gente para festejar connosco porque este título também é dos adeptos, eles merecem. Para a semana pensamos no que aí vem”.

Rafael Bessa

“Vim para o Sporting CP por isto, para estar mais perto dos títulos, e felizmente logo no meu primeiro ano conseguimos este troféu. É uma felicidade que não cabe em mim, já chorei, ri e gritei. Estou muito contente. A partir do momento em que chegámos à final four, colocámos todas as fichas aqui. O trajecto até chegarmos aqui foi muito complicado, talvez o momento-chave tenha sido os quartos-de-final em que ultrapassámos o FC Barcelona. Além disso, é um sonho jogar neste pavilhão, que é mítico, sou do Porto e é inacreditável. A moldura humana que tivemos, com os adeptos a puxarem por nós, foi realizar um sonho”.

Toni Pérez

“É muito emocionante, estou muito feliz porque lutámos muito. Tivemos uma fase de grupos complicada, os quartos-de-final com o FC Barcelona e as meias-finais com o FC Porto no Porto. Hoje ganhámos graças ao carácter vencedor da equipa. Podemos ter dias melhores ou piores, mas damos sempre tudo e esta equipa luta até ao fim. Os adeptos são sempre incansáveis, um obrigado enorme a eles e agora já estamos à espera de chegar à Alvalade para podermos festejar com eles”.

Gonzalo Romero

“Procurávamos isto há tanto tempo, voltar a competir desta forma e ganhar títulos. Nos últimos dois anos e meio trabalhámos muito, chegámos à final do campeonato e da Taça de Portugal e estivemos sempre à altura. A equipa acreditou e trabalhou muito, quando assim é os frutos aparecem. Estamos muito felizes e agora é continuar pois vem aí o campeonato. Quero agradecer aos Sportinguistas, esperamos contar com eles pois somos a equipa que mais títulos europeus tem. Estamos felizes por esta conquista porque merecemos tudo isto”.

Henrique Magalhães

“É um sentimento incrível, no ano passado perdemos duas finais e queríamos muito voltar a ganhar. Há três anos que chegamos perto e, quando chegam os momentos decisivos, não conseguíamos. Hoje caiu para nós e estamos muito contentes. Agora é desfrutar porque é tão raro estas coisas acontecerem. É um ano de trabalho e momentos que por vezes não caem para o nosso lado, mas desta vez caiu e é um sentimento de alívio. Estamos muito contentes. Foi fantástico os Sportinguistas virem aqui ao Porto fazer a festa connosco, foi muito importante durante o jogo pois passámos por dificuldades. Obrigado pelo apoio que nos deram e agora é desfrutar com os adeptos quando chegarmos a Lisboa”.

​Técnico emocionado após a conquista da WSE Champions League

Confirmada a conquista da WSE Champions League, após o triunfo sobre a UD Oliveirense na grande final (2-1), o treinador Leonino Alejandro Domínguez dirigiu-se à sala de imprensa improvisada da Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, palco da final four da competição, para dar conta das primeiras emoções após este feito.

“O Miguel Afonso [do Conselho Directivo] e o nosso director Quim Pauls confiaram em mim sabendo que eu tinha uma situação pessoal muito complexa. Passámos um ano e meio duro, faltei a muitos jogos por um problema pessoal e não foi fácil conciliar a vida pessoal com a profissional. Este é o melhor tributo que podia prestar-lhes porque, em qualquer outro clube, teria acabado o meu percurso muito antes. Agradecer também ao staff, que suportou isso e trabalha muito, apesar de ser invisível”, começou por dizer na conferência de imprensa, antes de prosseguir.

“Aos jogadores que estão na pista e se comportam como comportam, vou estar eternamente agradecido. São uma equipa extraordinária. Hoje o Ferran Font não participou e foi duríssimo para ele, estava desfeito antes do jogo, mas o capitão ofereceu-lhe a possibilidade de levantar o troféu. Esta equipa tem um espírito especial e quero agradecer-lhes por terem acreditado em mim e continuarem a acreditar”, frisou, deixando ainda uma palavra ao adversário. “Estive muitas vezes na pele da UD Oliveirense e sei o quão duro é. Quero felicitá-los porque são uma grande equipa e fizeram um grande trabalho, merecem o nosso reconhecimento”.

Alejandro Domínguez lembrou ainda o brilhante trajecto percorrido pela equipa até este título. “O facto de termos superado SL Benfica, FC Barcelona, FC Porto e UD Oliveirense só dá mais valor a tudo isto. Qualquer Liga Europeia tem o valor que tem, é o principal título a nível Mundial, mas o caminho que fizemos é digno de assinalar. A eliminatória com o FC Barcelona é um momento que vou colocar na minha vitrine de memórias desportivas. Não guardo medalhas, guardo os momentos-chave da minha vida desportiva. Essa eliminatória foi um momento muito especial para nós e serviu de catalisador para a equipa. Encheu-nos de energia e fez-nos acreditar que podíamos fazê-lo. Foi uma Liga Europeia especial”.

Já depois de ter visto os seus jogadores ‘invadirem’ a conferência de imprensa para festejar a conquista, brindando o técnico com um banho, Alejandro Domínguez fez ainda questão de agradecer aos adeptos e sublinhar o papel que estes tiveram.

“Estou muito feliz pelo facto de o Sporting CP, os adeptos e todos no Clube poderem desfrutar deste título. Quando acabou o jogo, vi um pai e uma rapariga que nos seguem sempre para todos os jogos, vão a todo o lado. Ofereci-lhes a minha medalha porque a merecem. Não só eles, mas todos os Sportinguistas”, sublinhou, visivelmente emocionado, quando se sabe que esta é a sua última época no Clube.  

“O título é muito importante para mim, mas é secundário tendo em conta o que vivi. O que é importante é o Clube e o que vivi aqui dentro. Não quero falar muito disto porque me vou emocionar, mas o que vivi aqui é irrepetível a nível humano. Colocar a cereja no topo do bolo é fantástico, mas o principal é a minha passagem por aqui. Sinto um grande alívio pois não queria ir embora sem ter uma alegria assim”, lembrou, convidando os adeptos a juntarem-se à festa que vai ter início a partir das 21h30 no Pavilhão João Rocha: “Que vão todos para lá, vamos divertir-nos juntos”.

​Leões batem UD Oliveirense e conquistam WSE Champions League (2-1)

Campeões Europeus! Pela quarta vez na história, após 2020/2021, 2018/2019 e 1976/1977, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal conquistou a WSE Champions League, este domingo, ao bater a UD Oliveirense na final por 2-1.

Depois de terem eliminado o FC Porto nas meias-finais (6-5), numa final four 100% portuguesa, os Leões levaram a melhor sobre a turma de Oliveira de Azeméis – que afastara o OC Barcelos – e festejaram o título num Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota praticamente esgotado e no qual foram, na maior parte do tempo, superiores.  

Sem Ferran Font, mas com Matías Platero de volta às opções, a turma de Alejandro Domínguez entrou claramente a mandar na partida. Os Leões tiraram várias vezes as medidas à baliza adversária nos momentos iniciais, em busca de inaugurar o marcador, chegando mesmo a acertar na barra por intermédio de Rafael Bessa.

Após os avisos, chegou sem surpresa o 1-0. Gonzalo Romero puxou o stick atrás e, à entrada da área, desferiu um potente remate que abriu a contagem aos quatro minutos, num arranque em que só deu Sporting CP e que só não teve mais golos Leoninos devido às várias defesas providenciais do guarda-redes rival Xano Edo.

À medida que os minutos iam passando, a UD Oliveirense começou a conseguir libertar-se das amarras e, a espaços, também foi testando Ângelo Girão, que se revelou uma muralha. Ainda assim, eram os Leões que continuavam por cima e as tentativas sucediam-se, a mais perigosa delas com Toni Pérez a acertar no ferro.

Na recta final, o ritmo baixou e viram-se menos oportunidades de parte a parte. Aí, a UD Oliveirense conseguiu finalmente equilibrar o tabuleiro da partida e podia mesmo ter empatado nos últimos instantes, mas o Sporting CP mostrou-se sempre seguro a defender e o marcador já não se alterou mesmo até ao tempo de intervalo.

No regresso dos balneários, assistiu-se a um jogo de alta intensidade, com parada e resposta constante. A formação de Oliveira de Azeméis deu mostras de querer reagir e acertou no ferro, por Xavier Cardoso, vendo depois Ângelo Girão começar a destacar-se entre os postes com várias paradas decisivas de elevada dificuldade.

Já com 35 minutos jogados, a UD Oliveirense chegou mesmo ao empate. Matías Platero viu o cartão azul ao travar um ataque perigoso e Lucas Martínez, de livre directo, igualou a final. No entanto, aos 38’, o adversário cometeu a décima falta e João Souto, também de livre directo, devolveu a vantagem ao conjunto de Alvalade.

A vencer por 2-1, o Sporting CP estava mais confortável e foi mais paciente a atacar, mas continuou a criar perigo – mais do que a UD Oliveirense. Alessandro Verona ficou perto do golo em duas ocasiões, seguido de Gonzalo Romero, que só não fez o terceiro porque Xano Edo voltou a agigantar-se na baliza, segurando o resultado.

Aos 42 minutos, os Leões também atingiram a décima falta, mas desta vez Ângelo Girão impediu o golo de Lucas Martínez com uma excelente defesa. A recta final, como é natural, revelou uma UD Oliveirense mais ofensiva, em busca de impedir a derrota, mas os Leões foram afastando sempre o perigo com uma defesa sólida.

No último minuto, a UD Oliveirense ainda apostou no guarda-redes avançado para o tudo ou nada, só que nada conseguiu ultrapassar a muralha Ângelo Girão nem os jogadores verde e brancos, que aguentaram até ao fim e conquistaram assim, pela quarta vez na história Leonina, a mais importante competição europeia de clubes.

Os Leões vão agora focar-se nos quartos-de-final dos play-offs do Campeonato Nacional, diante do SC Tomar. O primeiro jogo – de três possíveis – da eliminatória está agendado já para o próximo domingo, dia 19 de Maio, no Pavilhão João Rocha.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Gonzalo Romero, Rafa Bessa, Alessandro Verona e Toni Pérez; Zé Diogo [GR], Matías Platero, João Souto, Facundo Bridge e Henrique Magalhães.

Sporting CP defronta a UD Oliveirense este domingo (15h00)

Os bilhetes para a final da WSE Champions entre o Sporting CP e a UD Oliveirense, marcada para este domingo, às 15h00, no Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, no Porto, podem ser adquiridos aqui.

Os ingressos estarão ainda disponíveis nos Núcleos do Sporting CP do Porto, Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Coimbra ou nas bilheteiras do Pavilhão Rosa Mota.

Recorde-se que a equipa principal de hóquei em patins do Sporting CP garantiu a passagem à final da prova depois de levar a melhor sobre o FC Porto (6-5), este sábado.

​Reacção após a passagem à final da WSE Champions League

No rescaldo do triunfo sobre o FC Porto (6-5), que garantiu a passagem à final da WSE Champions League, o treinador Leonino Alejandro Domínguez fez uma análise à partida e considerou que o Clássico foi “uma montanha-russa táctica”, elogiando ainda assim a capacidade de superação e “garra” dos seus jogadores na pista.

“Entrámos muito bem no jogo, mas o Ricardo [Ares, treinador do FC Porto] pediu o timeout logo aos quatro minutos pois percebeu que havia algo que não estava a funcionar. Depois disso, o FC Porto conseguiu mudar a dinâmica durante a primeira parte”, começou por afirmar o técnico aos jornalistas em conferência de imprensa.

“Na segunda parte não jogámos tão bem como na primeira, mas tivemos uma percentagem de acerto muito alta que nos permitiu gerir contra um rival muito difícil de conter. Quando está a perder, o FC Porto ataca de forma vertical com o Gonçalo [Alves], o Rafa e o [Ezequiel] Mena no um contra um, e com o Carlo [Di Benedetto] a interior”, justificou, elogiando a resiliência de toda a equipa até à última buzina.

“Era muito difícil travar o adversário neste cenário, no Porto e com o seu público, mas conseguimos. O jogo tem uma parte táctica que interpretámos bem, ainda que com algumas falhas, e depois tem outra emocional, em que jogámos com muita garra e espírito. Superámo-nos nos momentos difíceis, hoje fomos muito grandes”.

Depois de revelar que deixou Ferran Font de fora em grande parte do jogo por “opção táctica”, após o espanhol ter visto dois cartões azuis na primeira parte, Alejandro Domínguez destacou ainda a forma como o Sporting CP conseguiu aguentar sempre as situações de inferioridade numérica e não sofrer golos de bola parada.

“Temos mérito por termos analisado bem como eles jogam em superioridade e termos defendido bem. Quanto às bolas paradas, são decisivas e não é uma questão de sorte, treina-se muito. Nesse aspecto, os atacantes hoje não estiveram no seu melhor, mas o Ângelo [Girão] foi soberbo”, sublinhou, deixando também algumas palavras sobre Henrique Magalhães, defesa que foi decisivo com um bis.

“Quero deixar uma menção especial ao Henrique porque, desde que estou no Sporting CP, ele tem passado muitas horas sozinho na pista comigo e estou a obrigá-lo a atacar e a ser mais ofensivo. Não entendo que um jogador não ataque, pelo menos na minha forma de interpretar o jogo. Estou muito contente por ele”.

O líder verde e branco foi também questionado sobre como reagiu após o FC Porto ter conseguido reduzir de 6-3 para 6-5, já na recta final da partida, garantindo que nessa altura nunca lhe passou pela cabeça que “o jogo já estivesse fechado”.

“Se conseguíssemos sair da pressão, talvez pudéssemos ter acabado com o jogo ao marcar mais dois golos. Mas se não acontecesse, eles estavam dentro do jogo. Quando fizeram o 6-5 ainda faltava um minuto e meio, só pensava na possibilidade de eles apostarem no 5x4 e nós termos um dispositivo táctico para defender. Ainda assim, o Carlo [Di Benedetto] teve duas bolas na zona do penálti e foi muito difícil”.

A fechar, Alejandro Domínguez olhou desde logo para a final deste domingo, em que o Sporting CP defrontará UD Oliveirense ou OC Barcelos, considerando que a chave para vencer esta WSE Champions League passará muito pelo “controlo emocional”.

“Estamos muito perto do que todos queremos depois de trabalhar tanto este ano, mas isso não nos pode trair. Amanhã temos de jogar muito bem, muito com o coração, esse é o nosso plano. As emoções no desporto são essenciais para conseguir feitos, mas também podem ser traiçoeiras e temos de gerir bem isso”.

​Hóquei em patins bate FC Porto em meia-final frenética (6-5)

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal carimbou o passaporte para a final da WSE Champions League, este sábado, ao vencer o FC Porto por 6-5 no jogo das meias-finais. Os Leões vão agora esperar para conhecer o adversário na decisão, que será o vencedor do encontro entre UD Oliveirense e OC Barcelos.

Numa final four 100% portuguesa, que tem como palco o Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto, o Clássico foi jogado até ao último segundo. O Sporting CP revelou-se mais forte e, apesar de ter permitido que o actual Campeão Europeu reduzisse de 6-3 para 6-5 já na recta final, conseguiu segurar a vantagem alcançada e confirmou assim a vitória, suada mas merecida.  

Num início de partida muito disputado, o Sporting CP entrou melhor e criou três excelentes ocasiões, mas o FC Porto respondeu na mesma moeda. Os guarda-redes foram conseguindo adiar o inaugurar do marcador, mas aos sete minutos Nolito, com um remate de meia-distância, assinou mesmo o 1-0 para o Sporting CP.

Pouco depois, Ângelo Girão impediu o empate num livre directo de Hélder Nunes, o que deixou o FC Porto em powerplay. Os portistas carregaram no ataque, mas o guardião Leonino destacou-se com várias paradas decisivas. Na resposta, já com 16 minutos, Toni Pérez dilatou a vantagem para 2-0 na recarga a um primeiro remate.

A partir daí, notou-se ainda maior confiança do conjunto verde e branco, que assumiu o leme, mas o FC Porto, na sua fase de menor fulgor, revelou-se eficaz. Aos 21 minutos, Hélder Nunes reduziu para 2-1 e, escassos segundos depois, Carlo Di Benedetto aproveitou o azul mostrado a Ferran Font para repor a igualdade (2-2).

Até ao tempo de intervalo, o ritmo abrandou bastante devido às muitas paragens verificadas, mas mesmo assim foi o Sporting CP que ficou mais perto de voltar a passar para a frente, numa primeira parte em que foi claramente superior. No entanto, a bola não entrou e manteve-se tudo em aberto para a segunda metade.

No reatamento, os Leões entraram a todo o gás. Logo aos três minutos, Alessandro Verona fez o 3-2 ao finalizar à boca da baliza uma brilhante assistência de João Souto, sendo que apesar de o FC Porto ter desperdiçado um livre directo, acertado no poste e beneficiado de novo período em powerplay, o Sporting CP defendeu bem e, aos oito minutos, voltou a aumentar a vantagem, por Henrique Magalhães (4-2).

A vencer por dois golos, o conjunto de Alvalade estava melhor, mesmo com Ângelo Girão a continuar a brilhar entre os postes, desta vez ao defender um penálti de Gonçalo Alves. Ainda assim, aos 41 minutos, Telmo Pinto conseguiu fazer o 4-3 para os portistas, numa altura em que as duas equipas somavam já nove faltas cada.

Apesar de o FC Porto ter tentado nesta fase pressionar cada vez mais, o Sporting CP soube aproveitar isso. Aos 46 minutos, Henrique Magalhães aproveitou uma recuperação de bola e, na sequência do contra-ataque, bisou e fez o 5-3 com uma ‘picadinha’. Um minuto depois, novamente num lance de transição, Rafael Bessa - que já tinha ameaçado pouco antes – fez o 6-3 e deixou tudo bem encaminhado.

Até final, Carlo Di Benedetto ainda fez o 6-4 de livre directo e, logo a seguir, o 6-5, dando esperança aos portistas. Com um minuto e meio para jogar, o FC Porto apostou tudo no guarda-redes avançado, num final de jogo absolutamente frenético, e ainda acertou no poste, mas a vitória já não fugiu mesmo aos Leões.

O Sporting CP garantiu assim a primeira vaga na final e vai à procura do quarto título, depois de 2020/2021, 2018/2019 e 1976/1977. Resta agora conhecer quem será o adversário na decisão deste domingo (15h00), se UD Oliveirense ou OC Barcelos.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR], Gonzalo Romero, Rafa Bessa, Alessandro Verona e João Souto; Zé Diogo [GR], Ferran Font, Toni Pérez, Facundo Bridge e Henrique Magalhães.

Sporting CP e FC Porto em duelo por final europeia (sábado, 12h00)

Na véspera do duelo das meias-finais da WSE Champions League, onde a equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal vai enfrentar o FC Porto, Alejandro Domínguez e Ângelo Girão, respectivamente, treinador e capitão dos Leões, fizeram a antevisão do clássico em conferência de imprensa.

Numa final-four cem por cento portuguesa - UD Oliveirense e OC Barcelos discutem a outra meia-final -, o palco de todas as decisões também será português: o Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto. Um recinto que mereceu elogios, desde logo, por parte de Alejandro Domínguez.

“O hóquei merece palcos como este para continuar a crescer. Quando entrámos, em termos de cenário, luzes, ecrãs, a pista, não recordo um palco tão adaptado aos novos tempos e à forma como se concebe o desporto enquanto espectáculo”, atirou o técnico, antes de desvalorizar, a nível pessoal, a influência da vertente emocional neste fim-de-semana, uma vez que Alejandro Domínguez e o Sporting CP já acordaram a saída no final da temporada por motivos pessoais.

“A equipa está concentrada e a trabalhar como sempre”, apontou, realçando que este será, acima de tudo, “um fim-de-semana para competir”. Por isso, o treinador verde e branco apontou baterias para o duelo com os dragões e projectou aquilo que pode acontecer em pista entre dois conjuntos que se conhecem mutuamente.

“Quando preparamos jogos como este, a nossa maior preocupação é não abandonar o ADN que temos tentado implementar desde que cheguei. Eu e o Ricardo [Ares, treinador do FC Porto] conhecemo-nos há muito tempo e ele sabe que eu não abandono as minhas ideias”, destacou, acrescentando que “não há receitas mágicas”.

“Sabemos que nos enfrentamos ao campeão europeu, que está num grande momento e que tem muitíssimos recursos ofensivos e defensivos, mas as nossas ferramentas têm de nos fazer conseguir a vitória”, indicou, por fim, Alejandro Domínguez.

Ao seu lado, Ângelo Girão, guarda-redes e capitão dos Leões, também considerou que esta final-four vai decorrer num “pavilhão emblemático”, só falta que em pista “seja proporcionado um espectáculo ao nível desta organização e do pavilhão”, completou.

“A pista é boa, claramente diferente das que estamos habituados, mas o nosso foco está no FC Porto. São provavelmente os favoritos pelo momento que estão a atravessar, mas nós não temos medo e vamos à luta. Sabemos o que temos de fazer e vamos dar o nosso máximo”, traçou de seguida, reafirmando a ambição do grupo verde e branco de voltar a disputar uma final europeia.

“Sabemos de todas as dificuldades que vamos ter para estar na final, mas chegámos com esse objectivo de ganhar”, concluiu Girão.

Tanto o Sporting como o FC Porto já venceram por três vezes a máxima prova continental de hóquei em patins e nesta edição só um poderá alcançar uma vaga no jogo decisivo. Até lá, a única certeza é que o título ficará em Portugal.

Reacção do técnico Leonino após a derrota em Barcelos

Alejandro Domínguez não escondeu o desagrado com a derrota em Barcelos e os erros, não só do Sporting CP, que ditaram o resultado, considerando que os Leões poderiam ter conseguido outro resultado.

“Sabíamos que OC Barcelos era muito forte em casa, mas também sabíamos que se fossemos valentes e determinados, sem cometer erros, conseguiríamos vencer. Fizemos uma segunda parte extraordinária, muito, muito boa, mas na primeira parte não estivemos tão bem e isso prejudicou-nos. Ainda assim, depois de conseguirmos o empate (3-3), tivemos jogo para ganhar, mas houve questões de arbitragem muito questionáveis e depois um erro no cronómetro, com o OC Barcelos a marcar ao cair do pano. São coisas que nos aborrecem, obviamente, porque afectam o nosso trabalho, o nosso esforço. Trabalhámos muito para conseguir aqui um resultado positivo e fomos penalizados”, disse o treinador Leonino, acrescentando: “Mas, enfim, temos de nos preocupar mais com o que controlamos e, por isso, não podemos cometer os erros que cometemos aqui. No próximo fim-de-semana temos um dos nossos grandes objectivos da época, a WSE Champions League, e temos de estar bem”.

Já no campeonato, o que se segue é o SC Tomar nos quartos-de-final. Alejandro Domínguez não espera facilidades, mas acredita que, tal como na temporada passada, os Leões superarão a formação de Tomar. “No ano passado foi duro, mas conseguimos resolver a eliminatória em dois jogos e este ano queremos fazer o mesmo, sabendo também as dificuldades que vamos encontrar. É um adversário sempre muito difícil e muito físico. Será importante vencer o primeiro jogo, em casa, mas teremos tempo de pensar nisso”, referiu o técnico verde e branco.

4-3 no fecho da fase regular do Campeonato Nacional

A equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal perdeu, neste sábado, em casa do OC Barcelos por 4-3 no fecho da fase regular do Campeonato Nacional.

Os Leões fecharam assim esta fase da prova em quarto lugar e, por isso, vão defrontar o SC Tomar nos quartos-de-final da prova, que arrancarão no dia 19 de Maio.

Em Barcelos, foi a equipa da casa a colocar-se na frente do marcador, aos oito minutos, e a chegar depois ao 2-0, com a turma Leonina a ter assim de correr atrás do resultado.

Gonzalo Romero teve a oportunidade de reduzir, a dois minutos do intervalo, numa grande penalidade, mas o guardião da equipa da casa segurou a vantagem.

Logo depois, também Ângelo Girão levou a melhor no frente-a-frente com Alvarinho, num livre directo, após um lance em que Ferran Font viu cartão azul, mas o 3-0 do OC Barcelos acabou por surgir a seguir, através de Miguel Rocha.

Assim, o Sporting CP entrou na segunda metade com 3-0 de desvantagem, mas a resposta não podia ter sido melhor. Gonzalo Romero reduziu logo no primeiro minuto, Rafael Bessa fez o 3-2 aos 11 minutos e segundos depois foi Facundo Bridge a marcar e a empatar a partida, confirmando uma segunda parte de grande nível dos Leões.

Ficou assim tudo em aberto para os últimos 15 minutos, mas o último minuto acabou por alterar o jogo e o resultado.

Gonzalo Romero viu cartão azul e o Sporting CP ficou a jogar em inferioridade, valendo Ângelo Girão a segurar o 3-3, num livre directo. Ferran Font teve depois a oportunidade de fazer o 3-4, após a 10.ª falta do OC Barcelos, mas o guardião da equipa da casa também levou a melhor e mesmo ao cair de pano, após um erro no cronómetro, quem marcou foi a equipa adversária, sentenciando o resultado.

Um resultado injusto para os Leões, mas agora as atenções viram-se para a WSE Champions League, que se joga no próximo fim-de-semana no Porto. Na meia-final o Sporting CP vai defrontar o FC Porto, com a partida a ter início às 12h00 de sábado.

Sporting CP joga este sábado em casa do OC Barcelos

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal desloca-se, este sábado (18h00), a casa do Óquei Clube de Barcelos para a última jornada da primeira fase do Campeonato Nacional. O técnico Leonino, Alejandro Domínguez, vincou total confiança na qualidade da equipa que orienta para trazer os três pontos do recinto da equipa minhota para que o Sporting CP termine o mais acima na classificação, rumo aos play-offs.

“Este campeonato é fantástico pelo que vai acontecer na última jornada. O que teremos pela frente será um adversário dificílimo, que vai jogar a final-four da Liga dos Campeões, que acaba de jogar a final-four da Taça de Portugal, que está na luta por tudo e que joga em casa. A grandeza do campeonato é a de que, dependendo do que se passar na última jornada, podemos ganhar a Liga regular ou sermos quartos, ou segundos ou terceiros. Tudo pode acontecer. Mas a realidade é que nós temos de fazer o nosso trabalho frente a um rival muito difícil, que está muito estudado. Temos um objectivo claro que é conseguir os três pontos para que as opções sejam: ficar em terceiro porque as coisas não se deram como queríamos, ficar em segundo porque alguém tropeçou ou ficar em primeiro porque os astros se juntaram todos e tudo coincide para seja assim, mas o nosso [foco] é ganhar em Barcelos. É um adversário muito complicado, que foi jogar ao Dragão [casa do FC Porto] sem Rampulla e Vieirinha e foram capazes de conseguir um empate. É uma equipa que mudou coisas e será muito complicado ganhar lá”, referiu aos meios de comunicação do Clube.

Entrar com uma atitude de fome insaciável de vitória é a receita para ganhar em Barcelos e nos jogos de decisão que se aproximam em competições diferentes, mas sempre com o mesmo propósito, apontou o treinador verde e branco.

“A nossa equipa está numa dinâmica de jogo muito boa, estamos equilibrados, o hóquei tem isto de se nos desequilibrarmos em algum aspecto isso nota-se muito no marcador e, mais ainda, praticando o hóquei que nós jogamos. Para ganhar no sábado, na Champions e no campeonato, temos de sair para a pista com aquela personalidade avassaladora que tem esta equipa quando estamos todos em sintonia, de ir a cada bola como se nos fosse a vida nisso, não dar nada como perdido e não haver nada que fuja do plano. Temos de conseguir essas coisas e estamos nesse ponto, porque eu quero ganhar, todos os Sportinguistas querem ganhar e os jogadores ainda mais", frisou Alejandro Domínguez, lembrando os bons momentos que a equipa já demonstrou nesta temporada. "O importante é termos todos esta ideia de querer conseguir, ganhar e seguir o plano. Quando fomos uma equipa capaz de qualquer coisa, como no Palau Blaugrana [casa do FC Barcelona], fizemo-lo como uma equipa, com uma só ideia e ninguém fugiu daquela ideia. Se a equipa estiver unida, com aquele espírito de Leão de que ‘comemos tudo’, somos capazes de qualquer coisa. Essa é a única receita, a única, porque o resto do trabalho está feito e a equipa está preparada”, sublinhou.

Depois da vitória por 8-5 frente ao Riba d´Ave HC, Alejandro Domínguez retirou muito boas ilações quanto ao desempenho do conjunto Leonino.

“Em linhas gerais, a equipa jogou muito bem todo o jogo, o Riba d´Ave HC é um grande rival, uma equipa muito boa. No início da segunda parte, estávamos condicionados porque tínhamos nove faltas e acumulámos dois, três erros consecutivos que aproximaram um pouco mais o resultado, mas estou muito satisfeito com o nosso jogo. Defensivamente estivemos muito fortes, salvo esses minutos não consentimos muita coisa e ofensivamente fomos eficazes, gerindo bem a posse. Acho que foi um jogo bem conseguido da nossa parte, o resultado foi de 8-5, alguns golos sofridos, mas se formos ao detalhe fizemos um bom jogo”.