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Foto José Cruz

“Tivemos um ano de ouro, mas não queremos ficar por aqui”

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

Fernando Santos esteve à conversa com o director da Sporting TV, Rui Miguel Mendonça, tendo abordado a conquista do Europeu

Tal como num jogo de futebol, onde existe tempo de compensação, também no congresso organizado pelo Sporting CP isso aconteceu. Que o diga Fernando Santos. O seleccionador nacional esteve à conversa com o director da Sporting TV, Rui Miguel Mendonça, numa entrevista em que era suposto durar 15 minutos, mas que acabou por prolongar-se um pouco mais. O título europeu conquistado no último ano por Portugal, em França, foi marcante e Fernando Santos explicou no que consistia a crença de que era possível vencer a competição.

“A minha convicção de ser campeão europeu era alicerçada na qualidade do futebol português. Essa é a base fundamental. Temos qualidade nos jogadores, nos treinadores e na organização, por isso não havia nenhum motivo para não acreditarmos que não era possível alcançar o título”, assinalou, tendo depois destacado a característica que considera ter feito toda a diferença.

“O pragmatismo. Em outras ocasiões faltou um bocado de pragmatismo no momento certo. Quando estive lá fora, fui reparando nisso e percebendo. Temos de ter a noção exacta de que para ganhar é preciso jogar bem ofensivamente e marcar golos, mas também que é preciso pragmatismo para não sofrer. É preciso criar uma balança equilibrada entre estes dois pontos. No futebol, só há uma certeza: quando não se sofre golos, não se perde”, atirou.

Para concluir, o técnico nacional, admitiu que com a vitória no Euro-2016 os adeptos podem pensar que este é apenas o início de uma era de ouro no futebol português. “Cria-se essa expectativa, é algo normal e legítimo. Quando se ganha, cria-se um hábito e uma fome de vitória. Quer-se sempre ganhar mais. A nível de selecções é um ano de ouro, mas não queremos ficar por aqui”, finalizou. 

Foto José Cruz

“O futebol português conta com o contributo do Sporting CP”

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

Pedro Proença realçou a importância do congresso internacional organizado pelos leões e do papel do Clube no futebol nacional

Após o discurso de abertura do Presidente do Sporting CP, Bruno de Carvalho, também Pedro Proença (presidente da Liga Portuguesa de Futebol), Fernando Gomes (presidente da Federação Portuguesa de Futebol), e João Paulo Rebelo (Secretário de Estado da Juventude e do Desporto), abordaram o que se irá passar ao longo do congresso nos próximos dois dias.

O dirigente da Liga destacou o papel de grande importância que tanto o evento organizado pelo Sporting CP, como o próprio Clube, têm tido para o futebol nacional. “Discutir o futuro do futebol é essencial. Desde o início do século que o futebol português tem gerado muitos talentos. E o Sporting CP é, neste capítulo, um dos mais relevantes clubes desportivos. Nos anos 90, vários jogadores do Clube transferiram-se para grandes clubes, elevando o nome do clube ao alto. Todos eles têm algo em comum: saíram da formação. É assim que se prepara o futuro. Não há dúvidas nenhumas de que o futebol português conta com o contributo de este grande clube. A qualidade dos painéis e a pertinência e a riqueza dos conteúdos será um momento de valorização não só para o clube, mas para todo o futebol português”, começou por dizer, antes de recordar o que faz Portugal ser referido em todo o mundo.

“Continuamos, enquanto país de futebol, a ser os melhores: Cristiano Ronaldo ganhou a quarta Bola de Ouro, fomos campeões europeus de selecções e os nossos treinadores continuam a ser dos mais competentes do Mundo e a estar presentes nos grandes clubes. Por tudo isso, queremos reclamar o nosso lugar na vanguarda do futebol mundial. Um evento com esta qualidade ajuda-nos a manter a rota de sucesso. Só se aprende com os melhores e só se evolui com a experiência de pessoas de grande nível nos mais diferentes assuntos”, salientou.

Fernando Gomes, presidente da FPF, também realçou a importância da organização do evento. “Esta casa acolherá a discussão dos caminhos futuros do futebol nacional e internacional. Ao Sporting CP, nosso anfitrião, agradecemos a organização eficiente de mais um congresso, um projecto que tem como objectivo avaliar o nosso próprio percurso e colher os melhores exemplos e conhecimentos”, assinalou.

Por fim, João Paulo Rebelo abordou a evolução que o evento, que já vai na sua terceira edição, tem registado. “Disse aqui há um ano que a avaliar pelo painel, este evento ia continuar a ganhar dimensão e acabar por garantir um patamar de excelência. Pelos vistos não me enganei depois de ver o relevo enorme dos participantes desta edição. Iniciativas como esta são essenciais para o futebol”, concluiu. 

Foto José Cruz

"O Sporting CP contribui para um futebol mais justo"

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

Bruno de Carvalho deu o pontapé de saída na 3.ª edição do 'Future of Football', salientando a importância do congresso internacional no panorama desportivo

Casa cheia. Nem poderia ser de outra forma. Desta vez, não nas bancadas de Alvalade, mas no Auditório Auditório Artur Agostinho, também no reino do leão, onde arrancou esta quarta-feira a terceira edição do 'Future of Football', organizado pelo Sporting Clube de Portugal. O pontapé de saída foi dado pelo Presidente Bruno de Carvalho. E certeiro, a julgar pelos aplausos no final do discurso de abertura.

"Este congresso tem tido uma grande importância para o mundo do futebol. Vamos promover vários assuntos que merecem ser debatidos, tal como as academias de topo, a expansão das marcas, a importância do treino, entre outros. Temos também entre os oradores convidados treinadores que estão entre os melhores do mundo, como o nosso Jorge Jesus, técnico do Sporting CP, Fernando Santos, seleccionador nacional, e Francisco 'Pacho' Maturana, antigo treinador e seleccionador da Colômbia", começou por dizer o líder leonino, que aproveitou ainda a sua intervenção para comentar a actualidade desportiva. Neste caso, as novas tecnologias, um dos temas em discussão ao longo dos dois dias de actividades.

"É para nós um privilégio e responsabilidade podermos contribuir para esta indústria com as nossas propostas. O nosso papel não se resume ao que se passa dentro das quatro linhas. É dever dos clubes e agentes desportivos contribuir com mais propostas. Temos de ter um desígnio que deve ser defendido por todos: a verdade desportiva. Relativamente à introdução das novas tecnologias, ficamos muito felizes por a introdução do vídeo-árbitro ser uma verdade concreta a breve trecho, algo que defendemos há muito tempo. A final da Taça de Portugal vai já contar com essa tecnologia. Congratulamo-nos que a FIFA e a UEFA já defendam também esta introdução. Foi também com o nosso contributo que nasceram propostas e decisões para terminar com os fundos. Com isto, contribuímos para um futebol mais justo", explicou, antes de deixar uma mensagem a todos os presentes.

"Em meu nome pessoal e em nome do Sporting CP, desejo-vos as maiores felicidades para este congresso", rematou.

Foto José Cruz

"É um orgulho representar um Clube que organiza este evento"

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

Os juniores leoninos Gonçalo Vieira e Gil Santos marcaram presença no congresso para "adquirir novos conhecimentos"

Além de Tiago Fernandes, treinador da equipa de juniores do Sporting CP, também Gonçalo Vieira (central) e Gil Santos (avançado), marcaram presença esta quarta-feira no Auditório Joaquim Agostinho, no Estádio José Alvalade, para assistir ao terceiro congresso The Future Of Footbal. Em causa, admitem, está o gosto em "adquirir novos conhecimentos". 

"Viemos representar a nossa equipa e ouvir personalidades que já deram, e continuam a dar, um grande contributo ao mundo do futebol", começou por afirmar Gil Santos, dando depois a palavra ao seu colega de formação. "Ouvir pessoas mais experientes, ex-futebolistas e treinadores é sinónimo de aprender mais. Trata-se de um orgulho fazer parte de um Clube que organiza este evento de importância internacional", prosseguiu.
 
Quanto aos temas, os dois jogadores assumem interesses distintos. "Estou curioso para ouvir a mental coach de Éder [Susana Torres], pois acaba por ser um assunto mais recente", vincou Gonçalo, enquanto a preferência de Gil recaiu na escolha de um ídolo. "Vou estar atento às palavras de Luís Figo, alguém que sempre admirei. Dentro do futebol, não só como atleta, sempre se apresentou de uma maneira intelectual, a um nível diferente daquele a que estamos habituados", soltou, em jeito de conclusão.
Foto José Cruz

"Sporting CP tem condições de trazer o título para Portugal"

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

À margem do congresso 'The Future of Football', Fernando Gomes deixou uma mensagem para o futsal leonino

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, encontra-se em Alvalade para marcar presença no terceiro congresso 'The Future of Football', organizado pelo Sporting CP. À margem do evento, o dirigente aproveitou a oportunidade para deixar uma mensagem à equipa de futsal leonina, que se encontra em Almaty (Cazaquistão) para disputar a final-four da UEFA Futsal Cup. As palavras foram de ambição.

"O Sporting CP tem condições para trazer o título para Portugal. A formação tem demonstrado, ao longo da época, uma qualidade bastante positiva e, mesmo sabendo que numa fase final existem contingências, estou convicto de que o valor dos jogadores e do treinador vão permitir ao Clube colocar esta taça nas vitrinas do Museu pela primeira vez", vincou, acrescentando ainda que o tipo de actividades como o congresso que decorre entre quarta e quinta-feira no Estádio José Alvalade "são sempre bem-vindas". 
 
"O Sporting CP vai na terceira edição deste seminário e, da nossa parte, não vai deixar de receber incentivos para que leve para cima da mesa temas extremamente importantes do mundo futebolístico", sublinhou, concluindo com a merecida menção aos leões pela qualidade levada às várias modalidades desportivas. "É um Clube que muito tem feito pelo país". 
Foto D.R.

Arranca esta quarta-feira a 3.ª edição do 'Future of Football'

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

O discurso de abertura de Bruno de Carvalho, o debate com o seleccionador Fernando Santos e a expansão da marca Sporting são alguns dos destaques

O congresso 'The Future of Football', organizado pelo Sporting CP, começa esta quarta-feira no Auditório Artur Agostinho. Como é normal nestas ocasiões, o evento inicia-se com um discurso do Presidente leonino, Bruno de Carvalho, marcado para as 14h30. De seguida (15h), o seleccionador nacional, Fernando Santos, explica como foi possível Portugal sagrar-se campeão europeu. A partir das 15h20 vai haver um debate sobre o que faz a diferença no treino, com a perspectiva de jogadores (Luís Figo, por exemplo) e treinadores, tais como Jorge Jesus e uma especialista em coaching desportivo, Susana Torres.

Para fechar o primeiro de dois dias de actividades (17h), responsáveis de clubes como Inter (Itália), Ajax (Holanda), Corinthians (Brasil) e Barcelona (Espanha), vão discutir a estratégia de expansão de marca das academias de futebol de topo.

Veja o plano completo dos dois do Congresso em baixo: 

Crescer preservando a identidade

Por Jornal Sporting
21 Abr, 2016

A estratégia comercial do Atlético de Madrid, explicada por Guillermo Moraleda

O último orador do painel ‘Novas (e convencionais) fontes de receita para os clubes’ do II Congresso ‘The Future of Football’ foi Guillermo Moraleda, director comercial do Atlético de Madrid, que abordou a estratégia comercial do emblema espanhol. O objectivo primordial, e a visão partilhada por todo o clube, é torná-lo numa melhor equipa de futebol dentro e fora das quatro linhas, por forma a ter uma estratégia sustentável a longo prazo. O director enfatizou o facto de o Atlético ser o quarto clube do ranking da UEFA – atrás de Real Madrid, Barcelona e Bayern Munique – mas ter receitas muito aquém dos três líderes, o que dificulta que lhes faça frente.

O crescimento comercial do clube, explica Guillermo Moraleda, tem de assentar e preservar a identidade do clube, nomeadamente a premissa básica de que no Atlético “somos um grupo, não um conjunto de estrelas”, disse. “Queremos ser conhecidos pela nossa união e ser um grupo em que ninguém está acima de ninguém”, acrescentou. Assim, o primeiro eixo da estratégia comercial é o desenvolvimento do talento da academia do clube para extrair o máximo de proveitos da formação. “As estrelas do futuro vão olhar para o Atlético de Madrid como uma plataforma para se lançarem”, explicou o director, que deu o exemplo de alguns jogadores da formação dos ‘colchoneros’, como Fernando Torres, Sergio Aguero ou Diego Costa.

Outro eixo da estratégia, que deriva dos valores do clube, é o trabalho de equipa. Como tal, o clube procura os melhores parceiros do mercado para estabelecer parcerias. “Criámos uma parceria com um dos homens mais ricos da China, que tem 20% de participação no clube e que nos permite entrar no mercado chinês”, explica o orador, que acrescenta que o emblema espanhol dá formação a jovens chineses, com proveitos evidentes: “17 dos 24 internacionais Sub-17 da China são da Academia do Atlético de Madrid na China”. Guillermo Moraleda referiu-se ainda ao caso do Atlético de Kolkata, filial do clube madrileno, que permite tirar partido de um mercado em expansão, com 1,2 mil milhões de habitantes. “Estamos a aportar a nossa experiência para fomentar o futebol na Índia e já estamos a extrair alguns resultados”, explica o director comercial, que dá conta de que os resultados da filial na Super League indiana têm sido positivos: venceram a Liga no primeiro ano e chegaram aos ‘quartos’ no segundo.

Toda esta estratégia, sustenta o orador, tem trazido sucesso desportivo ao clube. “Estamos a viver um momento extraordinário na nossa história”, sublinhou o último interveniente do painel. “Conquistar títulos dá visibilidade e isso é fundamental para gerar receitas com publicidade, direitos televisivos, financiamento e por aí afora”, explicou, retomando a intervenção da oradora anterior, Ebru Koksal, para confirmar que na próxima época os direitos televisivos da La Liga serão negociados, pela primeira vez, de forma centralizada, o que permitirá aos ‘colchoneros’ encaixar mais 30 milhões de euros. Também no mundo digital é visível a estratégia do clube, que visa aproveitar o potencial de interacção com os adeptos. “Temos cinco milhões de seguidores em Espanha e outros países em que este número é significativo. Temos uma estratégia digital muito agressiva”, elucida o orador, que explica que o emblema ‘rojiblanco’ começou “do zero” neste campo há cinco anos e que hoje “é um dos clubes que mais aumentou o número de fãs no mundo digital”.

A International Summer Tour, ou seja, a digressão de pré-época do clube é outro dos eixos da estratégia de expansão comercial, levando o clube pelo Mundo e promovendo a sua imagem. As vendas internacionais são outro dos sustentáculos da estratégia ‘colchonera’ e neste campo, explica Guillermo Moraleda, o Atlético tem uma “visão moderna” para tirar o máximo de proveito deste mercado”, através de uma equipa de 14 pessoas que se dedica, exclusivamente, à abordagem internacional, procurando celebrar acordos e parcerias. “Identificamos oportunidades, enviamos propostas e estamos em contacto com vários ‘players’”, explicou. O objectivo é aquele que dá título ao texto: crescer preservando a identidade do clube.

Um por todos, todos pelo futebol

Por Jornal Sporting
21 Abr, 2016

Ebru Koksal debruçou-se sobre a importância dos direitos televisivos

“Sempre achei que a Turquia e Portugal tinham muitas semelhanças em relação ao futebol. Mas vejo que também no trânsito: demorei uma hora e meia a fazer 30 quilómetros, de Cascais a Lisboa”, atirou Ebru Koksal no início da sua intervenção. A nota de humor abriu a terceira intervenção do painel dedicado às ‘Novas (e convencionais) fontes de receita para os clubes’, do II Congresso ‘The Future of Football’, no qual a consultora da FIFA e da UEFA abordou os direitos televisivos.

A intervenção, logo após Steve Rickless (CEO da Triple Play), que se debruçou sobre as novas fontes de receita ancoradas na tecnologia, veio colocar a ênfase numa das tradicionais formas de obter receitas para os clubes. E sustentada em números: nos principais cinco mercados (ligas inglesa, alemã, espanhola, italiana e francesa), 48% do total das receitas cem dos contratos com as televisões, o que representou, em 2013/14, 5,4 mil milhões de euros. “Hoje é mais e na próxima época vai ser ainda mais, quando o novo acordo for assinado”, apontou a oradora, que deu a Premier League como líder destacado neste tipo de receitas: a título de exemplo, o clube da principal divisão inglesa que menos ganhou em direitos televisivos em 2013/14 ganhou mais, ainda assim, do que a maioria dos clubes europeus, com excepção de cinco.

Ebru Koksal debruçou-se, em seguida, sobre a questão da centralização dos direitos televisivos. “Sei que Portugal é um dos poucos países na Europa em que os direitos não são comercializados de forma centralizada”, disse a oradora, que enunciou as vantagens da centralização. “Permite tirar o maior partido possível. Se todos agirem em conjunto, isso leva a um aumento do interesse do público, do interesse comercial e os clubes mais juntos têm mais massa crítica e força do que isoladamente. Mas tudo isto só faz sentido se todos os clubes participarem nesse objectivo comum de fazerem dinheiro juntando forças”, declarou.

A consultora FIFA e UEFA referiu-se ainda aos modelos de distribuição, salientando que a prioridade deve ser o benefício de todos e aumentar o ‘bolo’ global. “A ideia é que com a centralização todos fiquem a ganhar e é importante assegurar que quando se envolvem todos os clubes do sistema ninguém fique a perder”. Outra questão controversa é a percentagem de receitas que os organizadores das competições retêm – que é importante minimizar, segundo a oradora. Na Noruega, por exemplo, esse valor é de 32% e em França 19%. Na Grécia, 10% das receitas vão para o fundo de polícia. “Os gregos lá saberão porquê...”, atira Ebru Koksal. Depois de enunciar o modelo de distribuição de algumas das principais ligas – por exemplo, em Espanha 50% das receitas são distribuídas equitativamente, 25% em função da notoriedade e os outros 25% de acordo com os resultados das últimas cinco épocas – a oradora deu o exemplo de modelos de ligas mais pequenas, que poderiam servir de exemplo para Portugal, como a Áustria (50% distribuídos equitativamente e outros 50% de acordo com minutos jogados por jogadores austríacos), a Holanda (100% em função dos resultados dos últimos dez anos) ou a Suíça (50% distribuídos equitativamente, 25% pelos resultados e os outros 25% de acordo com o valor comercial dos clubes, avaliado por uma entidade independente).

Em jeito de conclusão, o desafio é que “os clubes se juntem e encontrem a fórmula de distribuição mais conveniente para todos, nomeadamente sem prejudicar os maiores clubes”.

Só o talento não chega mas África tem o mais importante

Por Jornal Sporting
21 Abr, 2016

Anthony Baffoe explicou quais os desafios de África no desenvolvimento do seu futebol

A última palestra do painel ‘Mercados Emergentes’, dedicada ao continente africano, contou com a presença do actual secretário-geral da Associação Profissional dos Jogadores do Gana, Anthony Baffoe, que foi também futebolista e ex-internacional ganês. A apresentação de Anthony baseou-se na exposição da evolução do futebol africano nos últimos anos e nos largos desafios que ainda persistem para o progresso do futebol de África.

Até 1966, constatou o antigo futebolista, nenhuma selecção do continente africano havia marcado presença num Campeonato do Mundo. Só em 1978, através da Tunísia, conseguiram vencer um jogo na competição e só mais tarde, em 1986, Marrocos ultrapassou a fase de grupos, tendo-se tornado a primeira equipa africana a fazer tal feito. Os dados apresentados elucidavam bem o que foi o futebol de África até há bem pouco tempo atrás, e o facto de recentemente o Gana ter chegado aos quartos-de-final, onde só foi eliminado com muita dificuldade pelo Uruguai, também revela facilmente a evolução existente. Ao contrário daquilo que se passa na Ásia ou nos Estados Unidos, em África o futebol é não só a modalidade rainha como uma religião, como afirmou o orador. As crianças jogam futebol, os adultos gostam de ver os jogos. O talento existe e isso fica patente no número de jogadores africanos na ‘Premier League’: 125.

O desafio, então, passa por construir bases consolidadas através de infra-estruturas que permitam às federações aproveitar o talento emergente existente. O contexto económico deficitário e as dificuldades estruturais que, entre outros problemas, impedem o livre transporte entre países como sucede na Europa, são problemas adicionais que terão de ser contornados, mas Anthony Baffoe acredita que no futuro o futebol poder-se-á fortalecer de forma significativa. 

Jackson Martinez foi só o primeiro: a Ásia está a chegar

Por Jornal Sporting
21 Abr, 2016

Julian Kam, da ProEvents, apresentou o futebol asiático e deixou claro: “Estamos no início”

Julian Kam, o orador representativo do continente asiático no painel ‘Mercados Emergentes’, leva mais de 32 anos de experiência na indústria do ‘marketing’ desportivo mas ainda assim afirmou declaradamente que o futebol na Ásia só agora começará em larga escala.

A China, país mais populoso do mundo que conta com mais de um bilião de habitantes, anunciou recentemente, através do seu presidente, que deseja a curto-prazo vir a organizar um Campeonato do Mundo de futebol e fazer da modalidade uma das mais praticadas no país. “Lá, o que o líder diz faz-se”, sublinhou Julian Kam na sua palestra. Para confirmar isso mesmo, a República Popular da China já anunciou a criação da modalidade de futebol nas escolas e a construcção e investimento em academias, recursos humanos que transmitam o ‘know-how’ necessário e sobretudo jogadores para dar ao futebol chinês a projecção e a possibilidade de crescimento ambicionado pelo presidente Xi Jinping.

No mercado de janeiro viu-se o primeiro grande ataque ao mercado europeu por parte das equipas chinesas, levando entre outros Jackson Martinez, Ramires, Gervinho ou Luiz Adriano, e gastando no total cerca de 300 milhões de euros. A perspectiva é que o futuro não venha a ser muito diferente, até porque nos estádios, explicou Julian Kam, o entusiasmo também é crescente: na época que vai começando, os estádios contam com uma média de 25 mil adeptos presentes nas bancadas, números bem superiores aos que se vêem por Portugal, por exemplo.

Por cá, a segunda liga acordou recentemente o patrocínio com a empresa chinesa Ledman, em que se prevê um intercâmbio de jogadores e treinadores, com vários chineses a integrar as equipas portuguesas e com a partilha de ‘know-how’ a ser paradigmática em relação à vontade dos asiáticos na área do futebol.

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